07 julho, 2012

A Igreja - O Corpo de Cristo (Romeu Bornelli)





Irmãos. Vamos abrir no cap. 26 do Livro de Atos.
12 ¶ Com estes intuitos, parti para Damasco, levando autorização dos principais sacerdotes e por eles comissionado. 13 Ao meio-dia, ó rei, indo eu caminho fora, vi uma luz no céu, mais resplandecente que o sol, que brilhou ao redor de mim e dos que iam comigo. 14 E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões. 15 Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. 16 Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, 17 livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, 18 para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim. 19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.

"Querido Pai, nós mais uma vez nós confiamos totalmente a Ti esse tempo que queremos gastar em torno da Tua palavra. Colocamos nas tuas mãos porque precisamos de Ti. Precisamos da assistência do Teu Espírito nos dando sabedoria e revelação. Precisamos ter o véu de nosso entendimento rasgado, precisamos ver com os olhos de nosso Espírito, ver melhor a tua face, conhecer-te mais de perto, seguir-te com maior determinação para que sejamos transformados na Tua própria imagem. Nos ajuda nessa noite Senhor. Nada somos e por isso esperamos tudo de Ti. De Ti, por meio de Ti e para Ti. Em nome de Jesus. Amém."

Irmãos, o desejo do meu coração tem sido partilhar alguns aspectos na seqüência do que já temos visto, com relação ao Corpo de Cristo. Nós dissemos aos irmãos que esse seria então, dentro da linha que temos seguido, o sétimo grande alicerce, fundamento da revelação bíblica. Um claro entendimento a respeito do corpo de Cristo, tão importante, quanto os outros alicerces que já temos tocado. Nós já passamos por três mensagens nesse assunto, as duas primeiras mais panorâmicas, e na última nos entramos averiguando um pouco da visão de Pedro a respeito do significado do Corpo de Cristo, também no livro de Atos, especialmente no cap. 10, através daquela visão em Jope, quando ele viu aquele objeto como um grande lençol descendo do céu, baixado pelas suas quatro pontas. E nós temos visto que a visão de Pedro, ela constitui aquilo que é o fundamento da visão da igreja, aquilo que é o fundamento do Corpo de Cristo. Nós já examinamos com detalhes essa visão na reunião anterior. Os irmãos que tiveram presentes, tem a fita gravada.
Hoje eu gostaria de dar um passo além, e caminharmos para a visão de Paulo a respeito do corpo de Cristo, já que nós falamos para os irmãos que a visão de Pedro, a visão de Paulo e a visão de João, elas são na verdade três aspectos de uma mesma visão.
Os irmãos observem que Paulo nesse texto que acabei de ler de Atos 26, quando ele conclui o seu testemunho para o rei Agripa, veja no versículo 19, ele usa uma expressão no singular. Ele diz: 19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial. Mas se os irmãos lerem 2ª Coríntios, cap. 12, os irmãos vão ver que Paulo usa essa expressão no plural. Ele diz que por causa da fraqueza da carne daqueles Coríntios, era necessário que ele então falasse com eles a respeito da grandiosidade das suas visões (plural) e revelações (no plural) do Senhor. Os irmãos se lembram no cap. 12 de 2ª Coríntios? Como Paulo coloca por um lado visões-plural, por outro lado, visão-singular? É claro porque nós temos vários aspectos envolvidos em uma mesma visão. Mas o propósito de Deus não é como um quebra cabeças. Creio que seria melhor comparado a uma roda, com aqueles diversos raios, ou raias, que convergem para um único foco, um único centro, como ele diz
em Efésios, cap. 1, que todas as todas no propósito de Deus convergirão, ou se resumirão em Cristo. Então Paulo, por um lado, poderia falar da visão no singular. E Paulo, por outro lado poderia falar das visões, no plural. Então é nosso entendimento que a visão de Pedro, de Paulo e de João, são três visões que enfatizam cada uma delas um aspecto em especial, mas que convergem para um mesmo foco. É claro. Como é que poderia ser diferente? Como que Paulo poderia pregar um Cristo, Pedro outro Cristo, e João outro Cristo? Como Paulo poderia ter uma visão, Pedro outra visão e João outra visão, se eles estão falando a respeito de um mesmo Deus, de um mesmo Cristo e de um mesmo propósito eterno? Isso seria impossível, movidos por um mesmo Espírito. Não é? Então, movidos por um mesmo Espírito, esses três irmãos, demonstram três aspectos de uma grandiosa visão, que Paulo aqui em Atos 26 chama de “a visão”. Veja que expressão significativa essa de Paulo para o rei Agripa. A visão. Para Paulo aquilo não era um quebra-cabeça. Para Paulo eram diversas raias. Existem vários aspectos dentro da visão. Existem vários alicerces dentro da visão. Mas há uma única visão.
Então irmão, em primeiro lugar, você deve considerar no seu coração a seguinte pergunta: você já foi capturado pela visão? Você já foi capturado pela visão? Ou você tem quem sabe, congregado em torno de outras coisas? Ou quem sabe você tem rodopiado em torno de falso centros? Você tem sido capturado pela visão - no singular? Você tem tido uma clareza de entendimento a respeito de Cristo e da Igreja? É claro que esse entendimento é progressivo. Claro. Mas você de alguma forma tem tocado no significado dessa visão? Você tem entendido que todo o seu chamamento celestial se resume nisso? Em conhecer bem a Cristo - primeiro lugar. Conhecer bem a sua própria alma - segundo lugar. E em terceiro, conhecer bem o supremo propósito de Deus, no que diz respeito a Cristo e à igreja. Irmãos. Eu creio que essas três coisas são centrais na nossa visão. Nós precisamos conhecer bem a Cristo, nós precisamos conhecer bem nossas próprias almas para que não gloriemo-nos em nós mesmos, não confiemos em nós mesmos. Nós sabemos que em nós mesmos, não habita bem algum. Nós experimentarmos aquele decreto de morte sobre tudo o que
somos, dia a dia. 1 Coríntios 15:31 Dia após dia, morro! Lembra que Paulo dizia isso? Lembra que o Senhor Jesus disse que aquele que quiser vir após mim, dia a dia tome a sua cruz? Então nós precisamos conhecer bem a nós mesmos. E isso se processa na mesma medida em que conhecemos bem a Cristo. Então são dois aspectos. Mas nós temos aqui um terceiro aspecto. Nós precisamos conhecer bem a igreja. Sabe por que irmão? Porque a igreja é aquilo que está no coração de Deus. Irmão. Ele poderia fazer tudo sozinho. Ele não precisa de homens, assim como não precisa de anjos, assim como não precisa de nada. Nem mesmo a nossa adoração, o nosso louvor pode acrescentar algo a Deus, porque um Deus que pode ser acrescentado não pode ser perfeito. Ele de nada precisa. Nós temos ouvido um tipo de Evangelho que mostra um Deus com necessidades, e nós temos, através desse outro Evangelho que nós temos ouvido, procurado descobrir maneiras de manipular esse Deus, esse Deus que tem necessidades. Então cada um prega uma maneira de você manipular esse Deus. É um Deus de coleira, um Deus domesticado, mas esse não é o Deus da Bíblia. O Deus da Bíblia é o Deus de toda a graça, que em Cristo nos chamou para a sua eterna glória. Lembra que Pedro diz isso? (2 Pedro 1:3) Então esse é o Deus da Bíblia, esse é o Deus que nós precisamos ver, esse é o Deus pelo qual precisamos ser capturados. Capturados, cativados. Irmão. Nossa vida carece de um centro. A natureza espiritual é como a natureza física. A natureza física não suporta o vácuo. Hoje, muitas coisas são fechadas a vácuo, não é assim? Você compra um vidro de requeijão, e aí tem uma tampinha daquele material sintético, bem no meio. Como é que você faz para abrir aquilo? Você tira aquele selinho e quando você tira, o ar entra lá. A natureza não suporta o vácuo. A natureza preenche imediatamente o vácuo. Não é assim? Essa é a natureza física. A natureza espiritual é a mesma coisa. Se você tem andado em vacuidade, você será preenchido por outras coisas, porque a natureza espiritual também não suporta o vácuo. Então, se nós não temos sido capturados por Cristo, e por meio de Cristo a igreja, a visão da igreja, nós seremos capturados por outras coisas. Você vai ser capturado pelo trabalho, capturado pelo dinheiro, capturado por ambições, capturado por ideais
menores, capturado pelo aspecto social, quem sabe, até do reunir da igreja, uma burocracia religiosa, mas você não foi capturado por Cristo. Irmãos. Essa visão ela é tão cativante, que o Apóstolo Paulo disse tantas vezes nas suas epístolas, que ele estava se gastando nela. Ele fala assim: Eu já me tenho gasto e ainda me deixarei gastar em prol das vossas almas. (2 Coríntios 12:15 Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma. Se mais vos amo, serei menos amado?) Paulo sabia que estava investindo certo no bom sentido da palavra. Não estava investindo para tentar obter recompensa. Esse não era o coração de Paulo, mas no bom sentido da palavra, ele sabia que estava investindo de forma eterna, porque ele estava investindo na edificação da igreja, naquilo que agrada o coração de Deus. Ele se gastava. Ele diz assim: eu me fiz fraco para com os fracos. Eu me fiz tudo para com todos, para de alguma maneira ganhar alguns. E com isso ele quer dizer que ele não estava se conformando ao mundo para tentar ganhar pessoas. Esse tem sido um texto usado por aqueles que pregam um outro Evangelho, mas não é isso que Paulo está dizendo. Paulo diz que ele aprendeu a ser tudo. Ele aprendeu a suportar, aprendeu a viver com irmãos mais fracos, com aqueles que tinham quem sabe uma consciência mais fragilizada. Ele aprendeu a viver de uma tal forma que pudesse servir àqueles irmãos, sem ofendê-los. Ele diz tanto isso, para que então ele pudesse ganhar aquelas pessoas para Cristo, fortalecê-los em Cristo, levá-los a uma consciência mais amadurecida, mais forte. Então ele diz assim: fiz-me de tudo para com todos, para de alguma maneira ganhar alguns. (1 Coríntios 9:22 Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.)
Irmãos, esse homem transformado pela graça de Deus, ele é um profundo testemunho para as nossas vidas. Por isso nós estamos dando esse segundo passo hoje, com a ajuda do Senhor. Na reunião passada nós vimos um pouquinho de Pedro. Pedro lançando esse fundamento sobre a visão da igreja. Hoje nós vamos ver um pouco de Paulo. Paulo é o arquiteto do Senhor Jesus. Ele é aquele que vai falar da superestrutura, ou da supra estrutura. Se Pedro lançou o fundamento, Paulo vai
falar da superestrutura. Depois nós vamos ver que a visão de João vai falar da consumação. Como que Deus vai dar um fecho em tudo isso. Então quando João escreve o seu Evangelho ele é o último a falar sobre o Senhor Jesus. É o último e então ele apresenta aquela visão tão elevada sobre o Senhor Jesus, de que Ele é Deus, o próprio Deus em carne. Ele escreve o último dos Evangelhos. Quando João vai escrever as epístolas, ele também é o último e ele escreve as últimas das epístolas. E quando João vai então escrever aquele seu livro da revelação, o Apocalipse, ele também é o último, o que dá um fecho em toda a Bíblia. João é o apóstolo das últimas coisas. João é quem fala da consumação. João é aquele que quando foi chamado pelo Senhor Jesus, ele estava remendando redes. Você se lembra? Isso é significativo, porque isso fala do próprio ministério espiritual dele. João é aquele quem conserta, aquele que chama para o eixo novo, aquele que chama para o centro de novo. João nos ajuda tanto naquele Evangelho, nos ajuda tanto naquelas três epístolas, e João nos ajuda tanto no Apocalipse, mostrando que nós teremos um futuro, uma consumação, porque o Senhor Jesus teve um futuro. Que nós assentaremos naquele trono, porque Ele está assentado naquele trono, e Ele venceu; porque Ele estenderá o seu Tabernáculo sobre os homens - cap. 21 de Apocalipse - porque Ele é o Cordeiro de Deus. Então João vai fazer um fecho em toda essa visão. Então irmãos, nós estamos agora no ponto intermediário. Nós estamos vendo um pouco sobre a visão de Paulo a respeito do corpo de Cristo. Então o desejo do meu coração é que o Senhor, com a sua graça, com a sua ajuda, com relação a todos os nossos corações, ele possa abrir o nosso entendimento de todos nós, meu e dos irmãos, para que seja cada vez mais alargada a nossa visão de Cristo e da Igreja.
Na verdade irmãos, é uma única visão. Se você ler o texto que acabamos de ler que Paulo diz no verso 19 Não fui desobediente à visão – ele coloca no singular - observe o primeiro detalhe aí geral. Nós não vamos entrar em muitos detalhes específicos, mas olhe um detalhe geral. Olhe que no versículo 14 e 15, ele vai falar sobre Cristo. Na verdade no verso 14, ele fala sobre Cristo, e no verso 15, ele fala sobre Cristo na primeira parte do versículo, e imediatamente sobre a
igreja na segunda parte. Você está vendo como essa “À visão” do versículo 19 é uma visão na verdade plural que é uma mas que são duas? Dois aspectos. É uma única visão mas que diz respeito a um corpo coletivo do qual Cristo é o cabeça e a Igreja é o corpo. Uma união orgânica. Você não pode arrancar a cabeça do corpo, sem que haja morte. Então quando Paulo vê essa visão celestial, ele vê uma coisa em dois aspectos. Ele vê um homem coletivo, ele vê um homem corporativo. Ele vê Cristo a cabeça e a igreja o seu corpo. Ele vê que esse Cristo, se você observar a epístola aos Efésios, queria colocar um detalhe importante aqui, ainda geral, panorâmico, para te ajudar no seu estudo, no seu estudo particular, você vai ver que Paulo em Efésios, ele é governado também por duas visões. Paulo em Efésios, ele vê que Cristo tem duas relações com Deus. Ele vê que Cristo é ao mesmo tempo - pense sobre isso irmão - Cristo é ao mesmo tempo um homem perfeito diante de Deus, e Cristo é ao mesmo tempo, o Filho amado diante do Pai. Se nós tivermos oportunidade hoje, se não na próxima reunião, nós vamos entrar em mais detalhes sobre isso. Paulo tem uma clareza de entendimento que Ele é o Homem perfeito diante de Deus, especialmente no cap. 2, quando ele diz que Deus por meio de Cristo, esse homem perfeito, Ele nos reconciliou com Deus, porque Ele é um varão aprovado por Deus, Ele cumpriu toda a lei, cumpriu toda a justiça. Então por Ele - como é que Paulo fala em Efésios 2? - por Ele, esse homem perfeito que é o nosso representante, nós temos acesso ao Pai. Mas antes dele entrar na questão do Pai, ele fala da questão de Deus. Ele diz assim: Ele nos reconciliou com Deus. Ele é a nossa paz, o qual de ambos, tanto judeu quanto gentios, agora isso não interessa, tanto judeus quanto gentios, fez um. Ele nos reconciliou com Deus, porque Ele é o homem perfeito diante de Deus. Então esse é um dos aspectos da visão de Paulo. Mas há um outro aspecto, também expresso no cap. 2 de Efésios por exemplo. Ele diz que esse Homem perfeito que nos reconciliou com Deus é o mesmo homem que é também o filho amado do Pai e por ele ser o filho amado do Pai, quando Ele nos reconciliou com Deus o que é que nós ganhamos? Uma relação com Deus que ele mesmo tem, porque Ele é o Filho amado do Pai. Lembra quando os céus se abriram no batismo do Senhor? Este é o
meu único, o meu filho amado, em quem eu me comprazo. Então quando o homem perfeito nos reconciliou com Deus, nós já vimos esse assunto quando falamos de justificação, o alicerce da justificação – tudo está feito, tudo está consumado – quando esse homem perfeito nos reconciliou com Deus, nós tivemos algo mais do que reconciliação, porque reconciliação fala de uma situação de inimizade. Nós éramos inimigos de Deus. Quando fomos reconciliados, a situação de inimizade foi tratada. Mas sõ isso? Não. Muito mais do que isso. Porque Ele não é só o homem perfeito diante de Deus. Ele é o Filho amado diante do Pai. Então, quando você ler o cap. 2 de Efésios, vai ler assim: Por ele, esse homem perfeito, diante de Deus, que nos reconciliou, que quebrou a inimizade, então por Ele mesmo – agora ele vai em outro aspecto - nós temos acesso ao Pai em um Espírito.( Efésios 2:18 ) E aí ele entra com uma primeira metáfora que eu gostaria de compartilhar um pouquinho nessa noite. Ele fala assim, tirando conclusões e daqui a pouco vamos ler o texto lá para você ver, você mesmo, vamos agora mesmo. Ele diz que esse homem que nos reconciliou, nos deu acesso ao Pai em Espírito, agora, por causa dessa acesso, somos concidadãos do santos e somos família de Deus. Efésios 2:19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, então eu gostaria de tomar essa visão celestial que Paulo expressa aqui em Atos 25, no verso 19: eu não fui desobediente à visão. Eu gostaria com a ajuda do Senhor procurar sem bem didático nessas próximas reuniões e colocar para os irmãos, quais seriam os aspectos talvez mais importante da visão de Paulo, nesse assunto da estrutura do corpo de Cristo, da superestrutura. Já que Pedro lançou o fundamento, já que Pedro mostrou que a igreja são esses animais que descem do céu, aqueles que foram purificados, aqueles que eram imundos, foram purificados pelo sangue do Senhor, foram separados, que não são mais comuns, já saíram da generalidade, passaram para a particularidade, como nós falamos na reunião passada, então se Pedro lança todo esse fundamento, Paulo vai começar a construir em cima. Paulo vai lançar as colunas. Colunas em cima dos fundamentos e ele faz isso usando metáforas, figuras de linguagem, lindas metáforas. Paulo usa a metáfora da
família e hoje eu gostaria de compartilhar sobre ela. Depois nós vamos falar um pouco sobre a metáfora do corpo, propriamente dito, um corpo, como ele fala em Coríntios. Lembra de 1ª Coríntios 12? Um corpo que tem muitos membros, tremenda visão. Então ele compara, usa figuras de linguagem, metáforas, para nos falar sobre a beleza do corpo, para nos dizer que Cristo não é só o fundamento, Cristo não é apenas a pedra angular como Pedro diz e Paulo também. Paulo fala que ninguém pode lançar outro fundamento além do que foi posto o qual é Jesus Cristo. Mas Paulo vai nos dizer que Cristo não é somente o fundamento. Paulo vai nos dizer que Cristo é a própria estrutura. Que Ele é quem edifica a estrutura. Paulo vai nos mostrar diversos aspectos dessa estrutura e nós temos que nos agarrar a isso porque a visão institucional da igreja, ela tem feito com que essas metáforas se obscureçam. A visão institucional, a visão estrutural, como eu falei na reunião passada. Você abre igreja, você fecha igreja. Igreja virou meio de vida. As pessoas ganham dinheiro com esse negócio. Não é? E não é bom usarmos a palavra igreja nesse sentido, porque a palavra igreja é muito significativa para ser usada nesse sentido. As pessoas abrem então umas coisas por aí, de modo geral, abrem e fecham pelo seu bel prazer, na maioria dos casos e não digo isso nem por cinismo, nem com sarcasmo, e muito menos com alegria, mas com dor. Fazem isso em prol de suas próprias almas, para colher benefício da vida dos outros, de muitas maneiras. Seja glória pessoal, seja dinheiro, seja o que for. Então essa visão estrutural, institucional, tem trazido sombras na verdadeira visão do corpo da igreja e hoje nós estávamos compartilhando um pouquinho, rapidamente, à tarde sobre isso, que tem sido entendimento de alguns que o Senhor realmente tem desejado irmão, sinto isso com tanta clareza no meu próprio coração, o Senhor tem desejado trazer para nós nesses últimos dias, e quando eu digo nós, não estou dizendo nós aqui não. Nós na igreja, a Sua igreja nessa terra, Ele tem desejado trazer para nós uma consciência coletiva a respeito do corpo de Cristo. O que é o corpo de Cristo? O que Paulo falou em 1ª Coríntios cap. 11? Aquele que come - falando da mesa do Senhor - e bebe do pão e do vinho sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Você vê a
importância disso? Você vê que quando nós estamos tocando o corpo e a mesa do Senhor nós estamos tocando uma realidade espiritual? Nós não estamos tocando apenas símbolos. Mais do que símbolos. Por isso, isso provocou tanta controvérsia na história da igreja, por isso você tem os católicos falando sobre a transubstanciação, que naquele ofício sacerdotal da missa, aquele pão se transforma no corpo de Cristo. Quando você come aquele pão, você está comendo o corpo de Cristo. Não é assim? E a transubstanciação. E aí você tem os luteranos. Inicialmente Lutero e depois luteranos dizendo que não. Não é bem assim. Isso é muito forte dizer assim. Na verdade aquilo não é o corpo, porque o corpo do Senhor está entronizado, o corpo do Senhor entrou na morte, saiu da morte e hoje está nos céus, em glória. Seu corpo glorificado está lá. Não está no pão. Então Lutero tentou equilibrar essa visão, e disse: é uma consubstanciação. O que na verdade, não é muito diferente da transubstanciação. Seria um meio termo mas também não é aceitável a visão de Lutero sobre a consubstanciação. Mas irmãos, existe uma terceira visão nesse assunto do corpo. Uma é a transubstanciação do catolicismo romano. Outra é a consubstanciação, que de alguma maneira há algo místico em torno daquele pão e daquele cálice. Mas essa também creio, não é a visão bíblica adequada. Eu creio que a visão bíblica adequada é vermos que aquilo não é apenas um símbolo e esse seria então é o terceiro erro. O terceiro erro é você dizer assim: Não é uma transubstanciação. Aquilo não se transforma em um corpo. Não é uma consubstanciação. Não há algo místico no pão ou algo místico no cálice. Na verdade aquilo é só um símbolo, somente um símbolo. Então nós vamos cair no terceiro erro, no qual a maioria dos protestantes caem, a maioria dos evangélicos. É somente um símbolo. Na verdade é mais do que um símbolo. Na verdade há uma realidade espiritual por trás da mesa do Senhor. E quando nós tocamos na mesa do Senhor nós estamos tocando uma realidade espiritual. Sabe por que é que nós estamos dizendo isso? Porque um símbolo, não é capaz de trazer juízo sobre você. Um símbolo não é capaz de trazer até mesmo morte sobre você. Mas quando aqueles irmãos de Corinto, estavam tomando a ceia inadequadamente, Paulo diz que eles estavam comendo e
bebendo juízo para si e Paulo disse que era por isso que havia entre eles muitos fracos, muitos doentes, e não poucos os que já morreram. Paulo entendeu que de alguma maneira eles estavam corrompendo a realidade espiritual da mesa do Senhor. Você vê o que é o corpo de Cristo? E através da mesa do Senhor nós estamos tendo apenas uma expressão dessa realidade espiritual. Apenas uma expressão, porque nós sabemos que o corpo de Cristo vai muito além da mesa do Senhor, do que expressa a mesa do Senhor. Não é? Nós somos, individualmente, o corpo de Cristo. E há uma realidade espiritual nisso. Nós não somos um grupo em torno de uma idéia. Nós não somos pessoas que acharam interessante se reunirem de uma certa maneira. “Aquela reunião me agrada muito. Nós temos ali alguns minutos de louvor, nós temos ali um tipo de louvor que me agrada, é tranqüilo, não é muito barulhento, me dou bem a li. Já fui a outros lugares, não gostei, é muito barulhento, muito tumulto”. Então você vai procurar um lugar que te agrade reunir, mas isso não é o corpo de Cristo. Mas isso não é a realidade espiritual do corpo de Cristo. Nós precisamos entender que há uma realidade espiritual por detrás do corpo de Cristo. E quando nós tocamos essa realidade espiritual, nós então somos verdadeiramente comprometidos, compromissados com o Senhor. Irmão, é tão importante vermos isso. Essa visão capturou Paulo. Por isso que ele fala com tanta propriedade em 1ª Coríntios 11 sobre a mesa do Senhor. Ele diz: discirnam o corpo. Você não estão apenas comendo o pão e tomando o vinho. Esperem uns pelos outros. Lembra como ele dizia? Esperem uns pelos outros. Aquele que tem fome, coma em casa. Lembra que Paulo orientou assim? Porque eles estavam fazendo da mesa do Senhor um tumulto. Não ache que a mesa do Senhor é o lugar de você matar a fome, porque vocês não vieram comer pão. Vocês estão expressando uma realidade espiritual. 1ª Coríntios cap. 11. Então, quando nós estamos falando desse sétimo alicerce - o Corpo de Cristo - nós estamos tocando uma realidade espiritual porque nós precisamos ser recapturados por ela. Profundamente. Nós precisamos ver a igreja muito melhor do que nós a já temos visto. Assim como ver a Cristo muito melhor. Que o Senhor nos ajude a ganhar essa
consciência corporativa. O seu irmão não é descartável para você. O que acontece com ele não pouco te interessa. Muito te interessa. Lembra quando Paulo fala em 1ª Coríntios 12? Quando chegarmos na metáfora do corpo propriamente dita, nós vamos falar sobre isso. Ele fala assim: quando um membro sofre, todos sofrem. Isso não é realidade espiritual? Não é? Porque ele nem mesmo seu vizinho é. Quem sabe ele mora lá do outro lado da cidade? Você nem se encontra muito com ele. Não é assim? Mas não importa. A realidade espiritual é imensamente maior do que você cruzar ou não com algum irmão. Há uma realidade espiritual por trás do corpo de Cristo, por dentro do corpo de Cristo que afeta a todos nós ao mesmo tempo. Quando um membro sofre, todos sofrem. Quando um se alegra com ele, todos se regozijam. Então, confessai os vossos pecados uns aos outros. Então orai uns pelos outros para serdes curados. Então exortai-vos mutuamente cada dia durante o tempo que se chama hoje. Então o corpo de Cristo vai sendo afetado na sua realidade espiritual. E não só no que diz respeito a congregar, mas na vida da igreja. Vinte e quatro horas por dia. É quando você encontra o seu irmão na rua, é quando você vai na casa dele, é quando ele vem na sua casa. Estamos experimentando uma realidade espiritual. 1 ¶ Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! Lembra quando compartilhamos o Salmo 133? 1 ¶ Oh! Como é bom e agradável. Irmão. Seja honesto com você Claro que não quero ouvir nada, mas seja honesto com você. Você ama a igreja? Você ama o corpo de Cristo? Quando você olha para o semblante de todos os irmãos, e checa isso com o seu ponto de vista natural e talvez você fale assim: “Aquele ali eu tenho mais afinidade. Aquele outro menos afinidade. Aquele talvez eu não saiba nem o nome. Aquele outro tenho uma certa dificuldade real.” Isso não importa o mínimo. Nada. O Senhor viveu com Judas três anos e meio. Judas o traidor e o ladrão. Três anos e meio. O Senhor viveu com Pedro problemático, intempestivo, também três anos e meio. Viveu com os filhos do trovão, Tiago e João, querendo fazer descer fogo do céu para destruir a aldeia de Samaritanos. Três anos e meio. Tempo todo discipulando aquelas vidas. Então isso não importa o mínimo irmão quem você acha simpático ou não. Isso não importa o mínimo.
Romanos 15 diz assim: Acolhei-vos uns aos outros, assim como Deus, em Cristo, vos acolheu. Você acha que você é simpático para todo mundo? Você acha que todo mundo acha que você é uma gracinha? Mas isso não tem a menor importância. Graças a Deus, porque nós estamos experimentando uma realidade espiritual. Irmão. Nós precisamos ser trazidos de volta a essa realidade. Não é? Nós precisamos demais, demais. Precisamos demais ganhar essa consciência corporativa de que nós somos corpo de Cristo. Há uma realidade espiritual. Não é símbolo. Nós iremos ver com os nosso olhos, com clareza, que isso não é um símbolo, quando o Senhor Jesus voltar. Queira o Senhor nós estejamos vendo agora. Mas se não estivermos vendo agora, nós veremos quando Ele voltar. Sabe por que? Você vai ver quando o Senhor voltar, o Senhor arrebatando todos os seus. Mesmo os que você não goste. Quem sabe você vai ter muitas supresas. “Esse aqui também está sendo arrebatado? Este aqui também está na mesma viagem, na mesma canoa”? Acolhei-vos uns aos outros como Deus - esse é o padrão - como Deus, em Cristo, vos acolheu. Como que Ele nos acolheu? Incondicionalmente. Ele não acolheu os mais bonitinhos. Segundo Paulo diz aos Coríntios, ele fala assim: Deus escolheu as coisas fracas. Nós somos os fracos. Deus escolheu as coisas pobres. Nós somos os pobres. Deus escolheu as coisas loucas. Nós somos loucos. E Deus escolheu as coisas desprezíveis do mundo para envergonhar aquelas que acham que são alguma coisa. Então quem somos nós segundo Paulo diz em Coríntios? Os loucos, os fracos, os pobres e os desprezíveis, ou seja, a Caverna de Adulão, de Davi. Irmão, se nós não formos ganhos pelo corpo de Cristo, nós iremos procurar a comunidade perfeita e a hora em que você entrar nela, ela vai deixar de ser perfeita, porque você entrou. Então que o Senhor nos ajude a ganhar uma visão espiritual a respeito do corpo de Cristo. Então, Paulo vai nos ajudar exatamente aí. Ele vai nos ajudar na superestrutura. Ele nos ajuda, como eu falei, com metáforas. A visão é tão ampla, os aspectos são tão lindos que Paulo tem que usar várias metáforas. Ele precisa mostrar o corpo como família, ele precisa mostrar o corpo como corpo propriamente dito, se o Senhor permitir vamos ver isso mais para frente; ele precisa mostrar o
corpo como noiva; ele precisa mostrar o corpo como guerreiro – cap. 6 de Efésios - ele precisa mostrar o corpo como um exército ou guerreiro, e então ele vai usar várias metáforas para falar a respeito do corpo de Cristo, e nós precisamos estudar um pouquinho sobre cada uma delas, para que nós possamos ser ajudados no nosso entendimento a respeito do corpo de Cristo. Vamos ver hoje, até onde nós pudermos a respeito de família, a primeira metáfora: a família. Vamos ler Efésios.
Efésios cap. 2. Vamos ler a partir do verso 11. Por favor prestem bem atenção nas palavras desses versos tão tremendos. 11 ¶ Portanto, lembrai-vos. Olhe essa palavrinha tão cheia de significado. O Espírito Santo, através de Paulo quer que algo não escape das nossas mentes. Esse é um dos nossos problemas na vida espiritual Nós sempre nos lembramos de coisas que devíamos esquecer, e sempre esquecemos de coisas que devíamos lembrar. Não é? Se algum irmão te ofender, você tem dificuldade de esquecer. Você sempre está lembrando de algo que você deveria esquecer. Não é? Mas o Senhor te mandou lembrar de algo que você sempre esquece. Então Paulo diz assim: Portanto, lembrai-vos. de que, outrora, vós, gentios na carne (alienados, separados), chamados incircuncisão. Não pertenciam ao povoa aliança, ao povo de Jeová, que significa Deus da aliança. Nós estávamos de fora, porque Jeová fez aliança com judeu e você não é judeu. Você estava fora da aliança. Incircunciso. Esse éramos nós. por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, Não que circuncisão ou incircuncisão signifique alguma coisa diante de Deus, mas Paulo está mostrando o quanto os gentios foram abençoados, porque eles, inicialmente, não eram o povo a aliança de Jeová. Então ele diz: chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos. Aí para dizer que a circuncisão não significa nada ele diz: na carne, por mãos humanas. Não é? Ele está mostrando que não tem muito significado aquela circuncisão no sentido espiritual. Olhe o verso 12. 12 naquele tempo (lembrai-vos), estáveis sem Cristo. Não precisava dizer mais nada. Já disse tudo. Estáveis sem Cristo. separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança (como Pedro não é? O máximo da sua esperança era uma lápide no seu túmulo.
Aqui jaz o grande Simão, o melhor pescador que a Galiléia já teve e ponto final. Mas o Senhor tomou aquele homem do pó, transformou aquele homem em uma pedra bruta, de uma pedra bruta em uma pedra preciosa. Não foi assim? Quando você olha na Nova Jerusalém, você vai ver aquela pedra de jaspe, primeiro fundamento. Em todas listas dos apóstolos, Pedro aparece em primeiro lugar. Pedro ganhou aquela semelhança com Cristo. Ele não ganhou o título de apóstolo da igreja, como diz o catolicismo romano, mas ele foi transformado na imagem de Cristo. E então não tendo esperança e sem Deus no mundo. E aí Paulo mais uma vez, assim como ele fez no verso 4, olhe lá verso 4 do cap. 2: 4 ¶ Mas Deus, Que glória tem esse “Mas”. Ele usa de novo no versículo13 Mas, agora, Graças a Deus por esse “mas”. Agora você vai ver a frase favorita de Paulo. Olhe ela aí: em Cristo Jesus, A gente vai precisar parar um pouquinho nessa frase, porque Paulo usa essa frase mais ou menos duzentas e cinqüenta vezes nas suas epístolas. Duzentas e cinqüenta vezes; Em Cristo, em Cristo, em Cristo, em Cristo. Para Paulo um cristão era alguém que foi colocado “em Cristo”. Não é alguém que estava originalmente em Cristo, mas alguém que estava apartado Cristo, mas alguém que foi colocado em Cristo. E em Cristo ele tem justiça. Ele não é justo, mas em Cristo ele tem justiça, justificação pela graça por meio da fé. Em Cristo ele tem sabedoria. Um louco, um tolo, mas Cristo é a sua sabedoria. Ele tem discernimento espiritual. O mais simples dos cristãos, é mais sábio do que qualquer filósofo do que qualquer erudito, porque ele tem discernimento de Cristo, da unção que ensina a respeito de todas as coisas. Então Paulo usa essa expressão “em Cristo”, que para ele é tão cheia de significado. Ele não se gloriava nele. Ele dizia que “eu, de mim mesmo, nada sou, mas Cristo é tudo e em todos. Cristo se tornou para nós, da parte de Deus, sabedoria, justiça, santificação, redenção. Tudo”. O irmão vê porque que Paulo podia se alegrar no sofrimento? Porque quando ele sofria, Paulo era atingido, mas não Cristo. Quando ele sofria tribulação, Paulo era atingido, mas não Cristo. E Paulo aprendeu o segredo daquela vida oculta em Cristo. Então ele fala assim: eu aprendi a viver contente em toda e qualquer situação (Filipenses 4:11). Esse é o nosso problema. Nós ainda não aprendemos. Paulo já
tinha aprendido. Então ele sua essa frase “em Cristo”. vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. 14 ¶ Porque ele é. Não Ele fez, mas Ele é. O quê? a nossa paz. Está vendo? Cristo não nos deu paz. Ele é a nossa paz. Se Ele deu Ele poderia tirar um dia. A nossa paz não é um dom. A nossa paz é uma pessoa, na qual nós estamos eternamente. Irmão, nada, essencialmente falando, nada pode perturbar a nossa paz. Nossa paz é perturbada porque nós não somos ainda crescidos em Cristo. Nossa paz é muito perturbada. Nós somos perturbados até pelo tempo. Nós somos perturbados por uma simples dor no estômago. Nós somos perturbados por um irmão que não nos cumprimentou. Nós somos perturbados pelas mínimas coisas, porque nós estamos aprendendo a encontrar esse refúgio em Cristo, de ter nossa suficiência em Cristo, somente em Cristo. Ele é a nossa paz. o qual de ambos ( O Deus dos gentios) fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, 15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois - judeus e gentios, dois povos tão separados, que se odiavam - criasse, em si mesmo,(olhe o em Cristo de novo aí) um novo homem, fazendo a paz, Maravilha irmão. Essa foi a visão que capturou Paulo. A primeira parte da voz que ele ouviu em Damasco. Lembra? Quando ele voltou para aquela luz, ele ouviu uma resposta dupla. Ele ouviu primeiro: “Eu sou Jesus”. Então ele compreendeu que Jeová se encarnou, que o Verbo se fez carne. “Eu sou Jesus”. Jesus é Deus. E não apenas um modelo, um filantropo, um político, um psicólogo, um líder espiritual, um iluminado. Jesus é Deus. “Eu sou Jesus”. E depois ele ouviu na seqüência: “a quem você persegue”. Então ele viu duas coisas ao mesmo tempo. Ele viu que Jesus é Deus, e ele viu de uma forma tremenda, que, com certeza ele não compreendeu ali em Damasco. Ele veio a compreender depois. Mas ele ouviu do Senhor que aquele povo a quem ele perseguia, ao perseguir aquele povo ele estava tocando em uma realidade espiritual, o próprio Cristo. “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”. Corpo de Cristo. Quando Paulo prendia cristãos, mandava cristãos para a cadeia, diz a palavra que quando Estevão estava sendo apedrejado, Saulo, consentia na sua morte. Possivelmente ele
tenha sido o mandante, porque a palavra diz que eles pegaram a capa de Estevão e puseram aonde a capa? Nos pés de Saulo. E Saulo foi tão impressionado com aquele testemunho de Estevão irmão, que eu penso Saulo foi para casa e não conseguiu dormir naquela noite por causa do que ele viu na vida de Estevão. Aquele rosto de Estevão contemplando o céus abertos, e o Filho do Homem sentado à destra de Deus. Ouvindo aquele testemunho de Estevâo, Saulo tão impactado, e nós sabemos, muito bem, que aquele testemunho de Estevão impressionou a Saulo, porque de alguma maneira ele pode compreender depois que o Senhor o ganhou, que o corpo de Cristo continha a realidade espiritual do próprio Cristo. Cristo não é uma coisa pequena. Os homens podem se ajuntar em diversas sociedades, para muitos propósitos. Ajudar os outros, filantropia, para compartilhar dos mesmos ideais filosóficos, os homens podem se ajuntar por muitos motivos, mas a igreja é um corpo reunido por Cristo. Ninguém pode ajuntar a igreja. A igreja é chamada por Cristo. Ela é “eclésia”. Cada um de nós teve de ter um chamamento pessoal. Se não o que é que você esta fazendo aqui? Está perdendo o seu tempo. Cada um de nós teve de ter um chamamento pessoal. Ele reuniu. “EC clésia” Chamou para fora. Ele chamou você e a mim. Sem merecermos. Então ele nos reconciliou com Deus. Derrubou a parede de separação. Eu sou Jesus a quem tu persegues. Veja que aqui em Efésios 2 ele está agora dissecando um pouco mais dessa visão. Vamos continuar aqui um pouquinho mais. 15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, Agora eu queria que você fosse cuidadoso aqui. Preste atenção. Quando a Bíblia fala de “um novo homem”, irmão, você precisa ver o homem coletivo, porque esse “um novo homem”, não se refere apenas ao homem Jesus Cristo. Não. Esse “um novo homem” se refere a um homem coletivo, do qual Jesus Cristo é a cabeça e nós somos o corpo. Esse é o novo homem. O novo homem não é Jesus Cristo homem, apenas. Ele como cabeça e a igreja como seu corpo unida a Ele vitalmente. A vida da cabeça, a ordem da cabeça, o governo da cabeça é experimentado pelo corpo. Que maravilhosa metáfora. Quando nós fomos estudar 1ª Coríntios
12, a metáfora do corpo propriamente dita, nós vamos falar um pouquinho mais sobre isso. Então esse é o novo homem fazendo a paz 16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. 17 E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; Preste atenção nessa palavrinha vindo. Não acha interessante essa palavra? E vindo. Ele está falando de quem nesse contexto? De Cristo, não é? Ele diz: Vindo. Quando que Cristo veio e evangelizou paz? Quando? Pentecostes. Quando Ele derramou o seu Espírito. O seu Espírito é para o desfrute da sua própria presença, pelo Espírito, o outro Consolador, em nós, e através do Espírito Ele veio para que nós pudéssemos gozá-lo. Eu e o Pai viemos para ele e faremos nele morada, pelo Espírito. Pericoreses. Então, versículo 17 E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe (gentios) e paz também aos que estavam perto; Os judeus, que era um povo da aliança, mas estava sem paz, porque Cristo ainda não tinha sido revelado. 18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Então irmão, no verso 16, reconciliasse ambos com Deus. Paulo está mostrando aquela primeira visão que eu disse a você, que ele vê que Jesus é o homem perfeito diante de Deus. Ele cumpriu toda a lei e pode nos resgatar, nos salvar. Mas Paulo também vê no verso 18, esse mesmo homem perfeito é também o Filho amado. E esse homem perfeito, quando realizou essa obra perfeita, ele nos deu acesso ao Pai. Ele não apenas disse assim: agora eu morri por vocês e podem ficar tranqüilos. Vocês já estão reconciliados, não tem mais inimizade. Ele fez muito mais do que isso. Ele como homem perfeito, nos resgatou e Ele como Filho amado, nos trouxe ao seio. Lembra que João diz isso? O seio do Pai. Paulo diz em Colossenses: o reino do Filho do seu amor. Lembra dessa linda expressão? Ele nos libertou do império das trevas para o reino do Filho. Mas não só Reino do Filho. Tem um aspecto especial aí. É o Reino do Filho do Seu Amor. Que maravilha não é? Então agora Paulo vai entrar agora na metáfora da família. Nós vamos ter que falar sobre ela na outra reunião, pois não vamos ter tempo. Na outra, eu queria destacar quatro aspectos, pelo menos dessa metáfora da família. Vamos só terminar de ler o texto. 19 Assim, já não
sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, Primeira metáfora que vamos então compartilhar a partir da próxima reunião. Linda metáfora. Nós vamos ver então o que é que a família humana, constituída por Deus tem para nos ensinar sobre as verdades espirituais. Claro que tem muitos aspectos. Mas eu queria destacar quatro. Nós vamos ver o compartilhar da natureza. Família compartilha é natureza. Só a família compartilha a natureza e obviamente a igreja. Você pode ter um amigo, um vizinho, ter a maior afeição, mas você não compartilha natureza com ele. Não é verdade? Ele tem uma outra ascendência. Mas, na família se compartilha natureza. É pai, filho, irmão. Se compartilha a natureza. Primeira metáfora importante. Pedro fala que nós somos co-participantes da natureza divina. Então essa é uma questão significativa que nós vamos ter que destacar nas próximas reuniões. Então ele diz: sois família de Deus. Compartilhar de natureza (1); compartilhar de propósito (2) – família que não compartilha propósito é família dividida. Igreja que não compartilha um único propósito, é igreja dividida. Então família compartilha propósito. Família compartilha amizade. A que não compartilha amizade é uma pseudo-família, porque a família é um lugar de celebração e de festa. Família é um lugar amável aos olhos do Senhor. E por último vamos ver serviço. Natureza, propósito, amizade e serviço. Na família nós compartilhamos serviço. Na família nós devemos ter prazer em servir, prazer em buscar o bem estar uns dos outros, prazer em nos gastar dentro da família. Talvez uma das melhores lições que você pode ensinar aos seus filhos é servir. Fazer atos de serviço, atos de bondade, para a família, porque os filhos é claro, assim como nós, eles mais ainda, por serem trabalhados por Deus, são ilhas egocêntricas, cada um só pensa em si, cada um quer a sua vontade, do seu jeito, do seu modo. Então uma das grandes lições da família é o serviço, porque a família compartilha serviço. Quando você olha para o seu filho pequenininho, como nós já falamos tantas vezes, não pense que você tem ali um anjinho. Você tem ali uma ilha egocêntrica, um senhor do universo, que quer todas as coisas para si e por si. Então você vai trabalhar aquela vida ensinando a ele servir, tratando-o debaixo de autoridade, ensinando a ele submissão,
num ambiente de amor, de alegria, de festa. Então irmãos, a metáfora da família tem muita coisa para nos ensinar, muita coisa. Propósito; natureza; amizade e serviço, pelo menos esses quatro itens. A igreja precisa recuperar essa realidade espiritual. Você não acha? Você não acha que a igreja precisa recuperar o fato de compartilhar da mesma natureza? As vezes nós achamos que nós somos apenas bons amigos, mas é muito mais do que isso. Nós somos irmãos. Nós teremos toda uma eternidade ao lado uns dos outros. Você tem sido capaz de suportar o seu irmão aqui? Ele vai estar com você por toda a eternidade na Nova Jerusalém. A igreja compartilha natureza, a igreja compartilha propósito; a igreja compartilha amizade. Se a igreja não for um lugar de fraternidade e de amizade, o que é a igreja? A pericorese de Deus é amizade. Deus é amizade. Deus é amizade. O Pai é para o Filho, o Filho é para o Pai, o Espírito está no Pai, o Espírito está no Filho, o Pai está no Filho. A pericoreses. A dança de Deus. Deus é amizade. Se a igreja não compartilha amizade, ela é uma pseudo igreja. E a igreja também compartilha serviço. Se nós não servimos uns aos outros, então nós estamos aqui para ser servidos. Irmão, eu já ouvi muitas vezes, pessoas murmurando na vida da igreja dizendo assim: “Eu desanimei de reunir porque ninguém vai me visitar.” E sempre aspectos são mencionados a respeito dos outros. E a própria pessoa é a vítima. Quando eu fui lá, uma ou duas vezes, terminada a reunião, nem boa noite me deram. Eu fui muito mal recebido. Esse está procurando um grupo social. Agora irmãos, é claro. Vamos ver o outro lado dessa verdade. A igreja que está vivendo a realidade espiritual do significado do corpo de Cristo, acolhe. Ela é acolhedora. Ela busca os que chegam. Ela quer procurar conhecê-los, tocá-los. Mas nós não podemos cobrar isso de outros. Temos de dar isso aos outros. E não cobrar de outros. Não é? Então que o Senhor nos ajude a recuperar a realidade espiritual da igreja. Precisamos muito nesse tempo de tanta nebulosidade e depois então de falarmos de família, nesses quatro aspectos que eu citei nós vamos entrar nas outras metáforas. Do corpo, do exército, da noiva, porque eu penso que tem muito a nos dizer na visão de Paulo, sobre essa estrutura do corpo de Cristo. O que é o corpo de Cristo, para que nós não nos percamos em
tanto entendimento confuso nesses dias. Quando não confuso, entendimento parcial. Entendimento limitado. O Senhor tenha misericórdia de nós irmãos. E nos ajude, amém. Vamos orar.
Ó Pai. Nos ajude na nossa pequenez Senhor. Nós somos tão débeis, tão fraquinhos, nós precisamos tanto do Senhor. Precisamos ser livrados dessa terrível vida egocêntrica, que busca os seus próprios interesses, que não sofrem com os que sofrem, que se alegram com os que se alegram. Senhor. Muda a nossa realidade. Nós queremos ver algo além da beleza do corpo de Cristo que é a igreja. Nós queremos dizer também como o Salmista Oh! Quão bom e agradável é viverem unidos os irmãos. Senhor. Ajude a não nos escandalizarmos no corpo de Cristo. Nos ajude a acolhermos uns aos outros assim como o Senhor nos acolheu. Nos ajuda a nos sentirmos responsáveis pelos pecados dos irmãos, assim como pelos nossos próprios. Nos ajuda a exortarmos uns aos outros cada dia para que ninguém seja endurecido pelo engano do pecado. Ah Senhor. Nós precisamos tanto da tua ajuda Senhor, para que nós recuperemos a realidade espiritual. Senhor, nos livra de pseudo visões, nos livra de compreensões limitadas, nos livre de religiosidades, de apego a estruturas. Vem nos ajudar Senhor. Vem nos dar um caráter espiritual verdadeiro. Vem nos dar um caráter adequado ao teu Senhor. Nos ajuda Pai. O Senhor já tem nos suportado tanto, porque o Senhor é um Deus de amor, um Deus de plena consolação, um Deus de toda misericórdia. Nós te agradecemos porque o Senhor em Cristo nos suporta como somos, e até mesmo em Cristo o Senhor tem alegria em nós, tem prazer em nós. Mas nós queremos agradar o Teu coração com as nossas motivações, com os nossos pensamentos, com aquilo que passa aqui no nosso interior que ninguém sabe. Nós queremos ser agradáveis ao Senhor. Nos ajuda Senhor. Nos purifique lá no nosso âmago, no nosso íntimo. Nós te pedimos em nome de Jesus. Amém.
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Extraído de uma série de estudos com o tema "FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO"(Romeu Bornelli) 

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