Tipologia Bíblica (parte 2)
"Como vimos anteriormente, "os "tipos" são, na verdade, um grupo de figuras ou emblemas, vindos diretamente da mão de Deus, para, por meio deles, ensinar aos Seus filhos coisas que, de outra forma, seriam incompreensíveis."
Isso está ilustrado claramente em 1ª Corintios 10:6,11.
Alguém também definiu um tipo como sendo "uma ilustração divinamente designada para alguma verdade da Escritura." Portanto, a verdade é ensinada nos tipos, por meio de símbolos e figuras. Os tipos nunca devem ser usados para ensinar doutrina, mas apenas para ilustrar verdades explicitamente ensinadas em outras partes. Em Colossenses 2:16 e 17 Paulo disse que as cerimônias judaicas eram "sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." Não podemos ter uma sombra sem um objeto que lance tal sombra.
Cristo é o corpo que lança as sombras que vemos no Velho
Testamento. (Veja também Heb. 8:5, 9:9, 10:1)"
Nesta segunda parte consideraremos alguns tipos e seu contexto neotestamentário.
*A libertação do povo de Deus*
"O Senhor Deus intentou ir e tomar para si um povo do meio de outro povo..." (Dt 4:34)
Primariamente esse "povo tomado do meio de outro povo" refere-se ao povo Hebreu/Israel (o povo da aliança) tomado do meio do Egito e contextualiza a libertação da igreja (Ekklesia), o povo da nova aliança, tomado do mundo para Deus.
Uma observação importante:
O "sangue do cordeiro pascal" (Ex 12:13-14) fez separação entre o povo da aliança e os egípcios antes mesmo da sua libertação do Egito. Igualmente, "o sangue de Cristo (1 Pe 1:18-20), conhecido antes da fundação do mundo" fez separação entre o povo da nova aliança antes mesmo de sua libertação do mundo (Ef 1:4).
*Moisés e Cristo*
Para a missão veterotestamentário Deus envia um libertador, “Moisés”, o profeta e libertador do povo Hebreu e o mediador entre Deus e o Seu povo - um perfeito tipo de Cristo Jesus, o libertador da igreja, o Mediador da nova aliança (At 3:22; 1ª Co 10:2; 1ª Tm 2:5).
Israel estava em escravidão no Egito e debaixo do poder de Faraó e dos egípcios. (Ex 5:1-15) Os resgatados por Cristo estavam em escravidão no mundo debaixo do poder do diabo e de suas hostes. (Ef 2:2-3; Cl 1:13)
Para essa libertação era necessário uma separação definitiva, ou seja, uma morte para Faraó e seus exércitos e o Egito.(Ex 14:13-14)
Isso só foi possível através da passagem pelo Mar vermelho: O batismo na morte em Cristo (1ª Co 10:1-2; Rm 6:3-7; Hb 2:14-15; Gl 1:4)
E, glória a Deus, segue-se o cântico de vitória (Ex 15; Rm 11:33-36)
(...)
"e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!"
(Ap 1:5-6)
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