"Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo," (Efésios 4.13)
06 maio, 2012
Ressurreição 8 - Romeu Bornelli
João, cap 21. Vamos ler a partir do primeiro versículo.
1 ¶ Depois disto, tornou Jesus a manifestar-se aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e foi assim que ele se manifestou: 2 estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e mais dois dos seus discípulos. 3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Disseram-lhe os outros: Também nós vamos contigo. Saíram, e entraram no barco, e, naquela noite, nada apanharam. 4 Mas, ao clarear da madrugada, estava Jesus na praia; todavia, os discípulos não reconheceram que era ele. 5 Perguntou-lhes Jesus: Filhos, tendes aí alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não. 6 Então, lhes disse: Lançai a rede à direita do barco e achareis. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes. 7 Aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor! Simão Pedro, ouvindo que era o Senhor, cingiu-se com sua veste, porque se havia despido, e lançou-se ao mar; 8 mas os outros discípulos vieram no barquinho puxando a rede com os peixes; porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados. 9 Ao saltarem em terra, viram ali umas brasas e, em cima, peixes; e havia também pão. 10 Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar. 11 Simão Pedro entrou no barco e arrastou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e, não obstante serem tantos, a rede não se rompeu. 12 Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Porque sabiam que era o Senhor. 13 Veio Jesus, tomou o pão, e lhes deu, e, de igual modo, o peixe. 14 E já era esta a terceira vez que Jesus se manifestava aos discípulos, depois de ressuscitado dentre os mortos. 15 ¶ Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. 16 Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. 17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. 18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde
querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres. 19 Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me. 20 ¶ Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor? 21 Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? 22 Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me. 23 Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?
Pai, nós pedimos a Ti que nos conceda, mais uma vez, a graça de estarmos contemplando algo mais do Senhor na Tua palavra. Muito obrigado porque é através dela que o Senhor tem edificado nossas vidas. Agradecemos a Ti, pelo cuidado amoroso do Senhor em plantar a Tua palavra nos nossos corações. Como semeador, lançando a semente, arando a terra, nós desejamos em Ti Senhor, produzir fruto, mais fruto, muito fruto. Pedimos ao Senhor possa mais uma vez arar os nossos corações, as nossas mentes, os nossos espíritos para que o Senhor mesmo seja visto na Tua palavra. Desejamos a Ti mesmo. Em nome de Jesus Ti pedimos. Amém.
Irmãos, nós vamos ainda considerar três ocasiões em que o Senhor se manifestou após a ressurreição aos seus discípulos. Esse texto de João 21, ele seria então o antepenúltimo texto que nós vamos considerar juntos. Ele é de uma riqueza muito grande, essa manifestação do Senhor a esses discípulos. Se os irmãos olharem aí o início do texto, quando eles são nomeados no verso 2, os irmãos vão ver que são sete discípulos. O Senhor se manifesta de uma maneira especial agora, a sete discípulo. Não estava ali todo o colégio apostólico, não era aquele o momento em que ele apareceu apenas a Tiago, aquele momento em que Ele apareceu apenas a Simão, e outros relatos que nós já vimos. Estavam ali apenas os sete. Existem alguns detalhes nesse texto que então nos ajudam a ver, como tenho procurado mostrar aos irmãos, nuances a respeito da ressurreição que são muito lindas, aspectos práticos e implicações a respeito da ressurreição do Senhor que nós precisamos muito compreender, porque é motivo de muita gratidão e adoração aos nossos corações. Cada revelação do Senhor após a sua morte, então após a sua ressurreição, ela tem um significado especial. Por isso é que elas são todas diferentes. Não apenas lançar, como eu falei, um sólido fundamento histórico,
mas mais do que isso, mas lançar também raízes doutrinárias, raízes de ensino que nos mostram o valor, o poder, o vigor, a abrangência do resultado da ressurreição do Senhor Jesus. Na última reunião nós estivemos avaliando o texto logo anterior a esse, que está aí mesmo, João cap 20:24 e 25, quando o Senhor se revela a Tomé. E os irmãos viram então quais são as implicações especificamente relacionadas a Tomé. Então, os irmãos observem que em cada aparição do Senhor, em cada manifestação do Senhor há aspectos singulares, muito singulares. Eu penso que uma palavra em primeiro lugar que nós precisamos ter em mente ao analisarmos este texto de João 21, nós precisamos fazer aqui, montar um quadro talvez com as duas aparições anteriores para percebermos qual é a ênfase desta revelação do Senhor específica de João 21 a sete dos seus discípulos. Os irmãos se lembram que nós citamos que quando aquelas mulheres, Maria Madalena, a outra Maria mãe de Tiago, Salomé, que receberam aquela notícia do anjo, assentado sobre a pedra, que o Senhor havia ressuscitado, elas saíram para encontrar os discípulos na Galiléia, segundo a orientação daquele anjo, para dizerem a eles que o Senhor os encontraria lá, para eles irem para a Galiléia, que lá, o Senhor os encontraria. Não foi assim? Então quando estavam de caminho, o Senhor se revelou a elas. Já examinamos isso e Ele disse uma palavra e a palavra foi: Salve, ou Regozijai. Então, quando analisamos este texto nós mostramos para os irmãos essa implicação. Regozijai. O apóstolo Paulo em Romanos diz assim: o reino de Deus, que é uma realidade espiritual em Cristo, o reino de Deus é uma realidade na qual nós estamos pelo Novo Nascimento, não é uma realidade que nós entramos pela vontade da carne e do sangue, como João diz lá no seu Evangelho, no cap 1, não nasceram da vontade da carne, não nasceram da vontade do homem, mas nasceram de Deus. Deus deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber os que crêem no seu nome. Então quando Paulo fala em Romanos 14 que esses reino de Deus, descreve reino de Deus, ele diz assim: esse reino não é comida nem bebida. Paulo está dizendo que ele não se compõe essencialmente de coisas naturais, materiais, mas então diz assim: justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Então essa palavra alegria foi exatamente a que o Senhor usou com essas irmãs, quando elas estavam ali correndo para avisar os discípulo na Galiléia que o Senhor havia ressuscitado: Regozijai. Alegrai-vos. Esse é um resultado precioso da ressurreição do Senhor. Paulo escreve toda uma Epístola aos Filipenses para falar da alegria. Alegrai-vos sempre no Senhor. Eu aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Paulo fala de um tipo de alegria ali que tem uma fonte muito profunda. Paulo fala de um tipo de alegria ali que em hipótese alguma é movida por circunstâncias. Paulo fala de uma alegria ali que tem uma fonte muito funda na epístola aos Filipenses. É uma alegria segundo uma versão
alternativa daquele texto tão conhecido de Filipenses 4 onde ele diz: aprendi a viver contente em toda a situação Sei estar humilhado, honrado, aquele contexto de Filipenses 4 de 10 a 13. Há uma versão alternativa daquele contexto que diz assim: eu aprendi que os meus recursos, em Cristo, são inesgotáveis. Paulo está dizendo isso. E eu aprendi que o meu descanso Nele é imperturbável. Que tradução linda, não é, daquele contexto. Na nossa versão diz: tanto sei estar humilhado como estar honrado; sei ter abundância, sei ter escassez. Então essa versão alternativa interpretou o grego original dessa forma. Paulo diz assim: aprendi duas coisas. Que os meus recursos em Cristo são inesgotáveis, e eu também aprendi – segunda coisa - que o meu descanso Nele é imperturbável. Que tremenda vida, irmão, que esse homem de Deus viveu. Um pecador como nós, mas trabalhado pelo Espírito, pela Palavra e pela Graça, da mesma maneira que nós o temos sido. Então, essa primeira palavrinha, alegria, ela está ligada àquela aparição do Senhor àquelas mulheres. O reino de Deus é alegria. Alegria significa tudo isso, significa esse contentamento, significa esse aprender que em Cristo os meus recursos são inesgotáveis. Aprender que em Cristo o meu descanso é imperturbável. Isso é alegria no sentido Bíblico. Não é alegria no sentido humano. Porque alegria no sentido humano é sempre, circunstancial. Então os irmãos vejam que naquela revelação do Senhor às mulheres há uma nota importante, essa nota do Regozijai.
Depois nós vimos a segunda, só para lembrar, que a gente vai fazer analogia aqui com João 21, a segunda nós vimos as duas aparições do Senhor em um domingo e depois no outro domingo àquele grupo apostólico. No domingo da ressurreição estavam todos, menos Tomé. E oito dias depois estavam todos, inclusive Tomé. Foi o texto que nós analisamos na reunião anterior e nas duas vezes o Senhor usou mais uma palavra. Muito importante, completamente ligada ao fato da ressurreição. Também já vimos porquê. Foi a palavra paz. Ele se colocou no meio deles e disse: Paz seja convosco. O ensino bíblico a respeito de paz é totalmente derivado da questão da justificação pela graça por meio da fé. Justificados pois pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, que é o que Paulo diz em Romanos e como já falei tantas vezes, por que é que nós fomos justificados? Porque o Senhor Jesus, ressurgiu. Se Ele não tivesse ressuscitado não poderíamos ter sido justificados. Então Paz, segunda palavra importante que eu queria relembrar hoje, diante desse contexto. Agora, se alegria é a palavra com relação àquelas mulheres, aquela ocasião das mulheres, paz, por sua vez, é a palavra com relação aos discípulos naqueles dois domingos, qual então seria a palavra relacionada a João 21? A palavra seria amor. Amor. Irmão, essa revelação do Senhor Jesus em João 21, ela é uma revelação que enfoca
Pedro. Nós falamos na reunião anterior que aquela revelação oito dias depois do domingo da ressurreição, enfocou Tomé. Não foi assim? O Senhor se apresentou naquele domingo oito dias depois da ressurreição aos discípulos e Ele diz Paz seja convosco e imediatamente se dirigiu a Tomé. O foco é Tomé. Se você ler aí em João 20, nos versículos 24, 25, 26, versículo especificamente 27. Logo disse a Tomé. Os versos 24 e 25 mostra o domingo da ressurreição. O 26 e o 27, oito dias depois. É assim que começa o 26: passado oito dias, estavam outra vez reunidos e veja que a ênfase vai logo a Tomé. Tomé com eles e depois no final do verso 27 o Senhor repete Paz. E depois no verso 27: e logo disse a Tomé. Está vendo? Então os irmãos vejam que esses detalhes não podem ser perdidos de vista. Não podem porque eles vão compor o texto, o que é que o Senhor quer falar naquele texto. O texto tem um foco, tem uma direção. Então agora a gente vai para o cap 21, o início do cap o apóstolo João, pelo Espírito Santo começa a narrar, ele nomeia sete discípulos, no verso 2 e acabamos de ler o contexto inteiro, praticamente todo o capítulo e os irmãos viram em quem o Senhor se enfoca. E não há dúvida nenhuma que é em Pedro. Mas irmão, você se lembra que há uma citação anterior, não desmarque este texto por favor, nós vamos voltar imediatamente nele, mas só para você relembrar, vou localizar aqui para os irmãos, qual é o texto, Lucas, cap 24, o mesmo texto de Mateus, o mesmo relato, Lucas 24. Olhem o que é que diz o verso 34. 34 os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então nós mostramos em uma ocasião específica, e a Bíblia não entra em detalhes, em que o Senhor se revela especificamente a Simão Pedro, mas não há mais detalhes sobre esse encontro, sobre essa revelação do Senhor. Agora, João 21, é o texto que nós estamos analisando hoje, os irmãos estão vendo, como eu já falei, que o foco é Pedro de novo, mas qual que é a diferença entre um relato e outro? No primeiro relato nós não temos nenhuma insinuação a mais do que aconteceu ali. Mas nós podemos dizer que na primeira aparição, o Senhor está cumprindo aquilo que o anjo disse através das mulheres para ser dito aos discípulos. Que eles fossem para a Galiléia e lá encontrariam ao Senhor. E na narrativa de Marcos que é uma narrativa do ponto de vista de Pedro, porque é Pedro quem está por trás do Evangelho de Marcos, então somente no nesse Evangelho tem uma notazinha. Quando o anjo dá essa notícia para as mulheres, há um acréscimo que nenhum outro Evangelho coloca. Só Marcos, porque há a mão de Pedro por trás e esse relato tem a ver com ele mesmo, Pedro. O relato diz assim: Vai dizer aos meus discípulos e a Pedro. Esse relato de Lucas diz que o Senhor se revelou a Simão sem entrar em detalhes. Então irmãos, possivelmente esse primeiro encontro do Senhor com Simão, tenha sido uma restauração digamos, de forma muito pessoal. Pedro e o Senhor. Não há nada a mais, relatado na
Bíblia, a respeito deste encontro, senão esse pequeno versículo de Lucas 24: 34 os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Mas esse versículo 34, não tem ver com João 21. João 21 é um outro texto. João 21 é uma outra ocasião. Na cronologia vem bem depois. Os irmãos estão vendo que são sete discípulos junto do mar. Agora, se os irmãos observarem essa narrativa, observe que no versículo 3, depois de nomear os sete discípulos, veja que Pedro começa, desde o início a se sobressair. Quem escreve esse Evangelho não é Pedro e sim João. Não é? Pelo Espírito Santo. Mas veja que desde o início o foco é Pedro e é Pedro quem diz no versículo 3: eu vou pescar. Mas irmãos, segundo Lucas como nós vimos, o Senhor já tinha aparecido a Simão. Já houve, de alguma forma um contato pessoal do Senhor com Simão. Então nós podemos e devemos, penso eu, colocar o contexto de João 21 dentro da restauração de Pedro no serviço apostólico. Não algo propriamente ou essencialmente pessoal, embora haja de muito pessoal nesse texto, nós vamos ver, mas o foco deste texto de João 21 é a restauração de Pedro no que concerne ao seu encargo apostólico. Porque irmão, quando do versículo 3, João pelo Espírito Santo, narra essas palavras de Pedro, elas são muito significativas. Porque já havia tido então um encontro pessoal do Senhor com Pedro, mas por que é que Pedro, que foi escolhido, segundo relato de todos os Evangelho diz que ele deixou a rede, deixou o barco, ele deixou seu pai, ele estava lançando as redes ao mar e ele deixou tudo para seguir ao Senhor, por que é que esse homem, com tanta experiência de Cristo, porque esse homem que andou tão passo a passo com o Senhor, dos doze fazia parte daqueles três tão especiais? Pedro Tiago e João. Por que é que esse homem, até mesmo depois de haver visto o Senhor ressuscitado, segundo o que Lucas 24 diz, o texto que eu acabei de citar - o Senhor apareceu a Simão - por que é que ainda assim esse homem está vivendo um momento que ele diz assim: vou pescar. Você não encontra Pedro dizendo isso em nenhum lugar dos Evangelhos, porque pescar é coisa do passado para ele. Pescar é um assunto encerrado para Pedro. O Senhor quando chamou Pedro disse: Vinde após mim e Eu vos farei pescadores de homens. Pescar peixe para Pedro, é um assunto do passado. Então os irmãos vejam que os detalhes do texto são importantes. Por que é que Pedro diz: vou pescar. Porque embora ele já tenha tido aquele encontro pessoal com o Senhor, continua faltando algo. É claro irmãos que nós estamos fazendo sugestões aqui, mas são sugestões com base bíblica. Não são sugestões mirabolantes, não é? São sugestões com base nos textos bíblicos. Então, penso que nós podemos, sem sombra de dúvida, considerar que faltava ainda algo para ser restaurado em Pedro, que era exatamente a sua função apostólica. Era a sua vida não somente de filho, mas a sua vida de servo. Era a sua vida no serviço. Era a sua vida de pescador de
homens, era a sua vida no que concerne agora ao seu ministério. Não no que concerne à sua vida pessoal, mas irmãos, sempre em uma vida, pessoa e obra andam juntas. Por isso que eu disse para os irmãos serem cautelosos. Você não pode dizer que não há nada de pessoal nesse texto de João 21. Muito pelo contrário, há muito de pessoal, porque toda verdadeira obra é aquela que emana da vida. Se você inverter isso, você vai ter problema. Isso é religião. A religião coloca a obra na frente da vida. Obras, obras e obras até para tentar ser justificado e aceito diante de Deus. É o fundamento da religião. A graça é exatamente o contrário. A graça mostra que nós fomos aceitos e coloca a vida antes da obra. O Senhor quando prometeu a Nova Aliança desde os profetas, desde Ezequiel por exemplo, no cap 36 ele diz assim que Ele firmaria uma Nova Aliança, não aquela aliança que Ele fez com o povo de Israel nos dias de Moisés, nos dias de Orebe, porque eles não continuaram na sua aliança, o Senhor disse, e eu não atentei para eles e Eu firmarei uma nova aliança. Como que ela seria? Eu colocarei no coração deles as minhas leis. Está vendo como é vida? Eu colocarei no coração deles as minhas leis. Isso não é religião. Isso não é lei escrita em tábua de pedra, mas é como Paulo diz em Coríntios, é lei escrita em tábua de carne, ou seja, nos corações. Não são regulamentos, regras e preceitos exteriores. É uma vida regida por uma comunhão interior. 1ª João cap 2 o Espírito Santo, através de João nos diz que nós temos a unção que vem do santo e todos temos conhecimento. Essa unção nos ensina a permanecer Nele, não é? Então os irmãos vejam que a vida sempre vem antes e primeiro que a obra. Então nesse texto, nós não podemos separar as duas coisas, mas nós podemos ver claramente que há um foco na questão ministerial. Mas então, como em todo ministério é conseqüente da vida, da pessoa, essas duas coisas então vão andar juntas e como vão nesse texto. Então observe em primeiro lugar esse detalhe que o Espírito deixou aqui para nós, no versículo 3: eu vou pescar.
Irmão a ressurreição do Senhor Jesus ela decretou a sua vocação natural como sendo então a vocação de completo segundo plano. A ressurreição do Senhor Jesus tornou você, usando a linguagem de Hebreus, cap 3, participantes da vocação celestial. Lembra? Santos irmãos. O que é santo? Separados. Por isso, santos irmãos, que participais - participar, essa palavra aparece sete vezes no livro de Hebreus – sempre significa o que ela quer dizer mesmo, tomar parte. Não é ser um assistente não. Você não é um assistente, você toma parte. Então Pedro diz assim: Santos irmãos, que tomam parte, são integrantes – esse é o sentido - de uma vocação celestial. Não é assim que fala? 3:1. Paulo fala em Filipenses 3. Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. E todos que somos perfeitos, tenhamos esse mesmo sentimento e se algum de vós pensa de outra forma,
Deus os esclarecerá. Lembra Paulo falando em Filipenses 3? Então você pensa de outra forma irmão? Queira Deus te esclarecer, para que você veja que a ressurreição de Cristo ela colocou um ponto final na sua vida, no que concerne à questão vocacional. Você agora tem uma vocação suprema e essa vocação a Bíblia chama de vocação celestial, nas palavras de Hebreus, e de soberana vocação nas palavras de Filipenses. Soberana vocação. Então quando você vê Pedro dizendo aqui: vou pescar, você vai ver onde é que o Espírito Santo está colocando ele. Você e eu temos uma profissão. Você e eu temos uma ocupação natural. Irmão, mas que você saiba, que você esteja aprendendo no Senhor a lidar com ela, a viver com ela, a exercê-la para que você nunca permita que de alguma maneira ela seja a sua suprema vocação. Em nenhum momento e por nenhum motivo. Agora irmão é muito fácil nós sermos levianos nesse assunto. É muito fácil e é fácil nós também sermos enganados sutilmente. Eu penso que se nós queremos verdadeiramente sondar os nossos corações, nós temos que ser mais específicos ao orar ao Senhor, pedir ao Senhor que nos dê mais clareza sobre como nós usamos o nosso tempo, pedir que o Senhor nos dê mais clareza sobre aquilo que realmente tem dado prazer aos nossos corações. Pedir ao Senhor que faça essa sondagem interior em nós, que não é introspectiva apenas, isso não leva a lugar nenhum, mas é na sua luz vemos a luz. Que o Senhor, na sua vida especificamente, mostre para você qual é a sua situação, se você se enquadra aqui no versículo 3 de João 21: vou pescar. Você é um discípulo. Não tenha dúvida com relação a isso. Você como Pedro, teve uma revelação pessoal do Senhor Jesus. Lucas 24 já citou: o Senhor apareceu a Simão, mas faltava algo, e antes que esse algo fosse mexido mais profundamente na vida de Pedro, a situação não estaria adequado aos olhos do Senhor. E agora irmãos, nós começamos a afinar o funil. Qual situação precisava ser mexida no coração de Pedro para que essa questão então vocacional pudesse ser apurada na sua vida? A questão tem um nome, uma palavra: amor. Amor.
Irmão, eu creio que já citei para você mas vou repetir. Agostinho, um homem de Deus, do quarto século, ele fala muito sobre o amor de Deus. Ele usa uma ilustração, uma figura para nos ajudarmos a sondar qual a medida do nosso amor pelo Senhor. E ele diz assim: Se o Senhor se revelasse a você, agora, instantaneamente, assim como Ele se mostrou a Pedro, ressurreto, o próprio Senhor, Ele se apresentasse a você, na sua comunhão pessoal com ele, e fizesse uma sugestão para você da seguinte forma: eu quero te conceder, agora, tudo aquilo que o seu coração mais deseja, com apenas uma única condição. Após eu conceder isso para você, você nunca mais verá o meu rosto. Então Agostinho disse que aquele tremor interior que nós sentirmos diante dessa sugestão do Senhor, é a exata medida do nosso amor por Ele. Porque
irmão, amar ao Senhor é estar com Ele, é amar a sua presença, é amar vê-lo, conhecê-lo, é ter Nele a fonte de toda a nossa satisfação, todo o nosso prazer. Então nós somos capazes, naturalmente falando, de trocar o Senhor não apenas por pequenas coisas, mas muito mais capazes de trocar por grandes. Quando Satanás se apresentou ao Senhor Jesus, no deserto, nos relatos da tentação, você vê que uma das sugestões foi exatamente essa. “Tudo isso te darei, se prostrado me adorares”. E o Senhor Jesus disse então o quê? Exatamente o que Agostinho falou, em outras palavras. “Só o Senhor teu Deus adorarás, só a Ele darás culto”. Ele disse: Minha vida humana é completamente voltada para o meu Pai. Eu sou o Seu Filho amado. Sempre sou o Seu Filho, sempre fui o Seu Filho e continuo sendo o seu Filho. O desejo do meu coração não mudou desde a eternidade. O Senhor, em outras palavras disse isso a Satanás. Porque Eu estou em carne, o meu coração não mudou. Porque Eu estou em carne, o meu desejo não mudou. Porque Eu estou em carne, o meu foco não mudou. Mas Satanás se apresentou diante Dele, Deus homem, Deus encarnado, na perspectiva de que então pudesse derrubá-lo, pois Ele estava em carne humana, em semelhança de carne pecaminosa. Não é? Satanás então se apresenta a Ele, como também o mundo se apresenta a nós. “Tudo isso te darei se prostrado me adorares”. Irmão. O mundo nesse aspecto ele é igual ao Senhor, sabia? O mundo requer a mesma coisa do Senhor. Os dois requerem devoção integral. Foi por causa disso que o Senhor disse que nessa geração, que os filhos das trevas seriam mais sábios que os filhos da luz. Nesta geração. Ele não se refere a nós. Ele se refere a esta geração, ou seja, aos ímpios. Ele está dizendo que os ímpios, na vida ímpia, eles se entregam totalmente àquilo que eles entendem que é a vocação. Então Ele disse, que os filhos das trevas, serão nessa geração, mais sábios que os filhos da luz. Você percebe a implicação do que o Senhor disse? Ele está dizendo: Haverá muito mais devoção no coração dos ímpios para as coisas dos ímpios, do que no coração dos santos para comigo. Foi por isso que Mateus 24, no Sermão do Monte das Oliveiras, o Senhor falou que antes da sua vinda, o amor por Ele se esfriaria de quase todos. Então irmão, quanto mais, quanto nós temos tocado nisso, mais o dia do Senhor se aproxima, eu penso que mais essas verdades devem soar como um trombone nos nossos ouvidos. Onde tem estado o nosso coração? Qual é a nossa soberana vocação? Porque isso vai determinar tudo. Não basta ser discípulo. Pedro também era. Não basta certo conhecimento pessoal do Senhor ressurreto. Pedro também tinha. Faltava algo na vida de Pedro. Pedro precisava ser ajustado na vocação. Nós precisamos ser ajustados na vocação. Porque se nós não formos ajustados na vocação, nós perdemos tudo o mais. Aquelas outras vocações que são de Deus, e que tem então implicações derivadas, derivativas, elas se tornam
completamente sem sentido. Quando nós não temos essa vocação suprema realmente restaurada em nossas vidas, nós vamos ver como, qual o meio disso, então as vocações menores que são também de Deus, elas perdem o propósito e se tornam frustrantes. Ser pai se torna muito frustrante. Muito desgastante. Ser mãe, ser filho. Ser patrão, ser empregado, ser profissional. Seja o que for, se torna vazio, frustrante, sem sentido. Mas quando essa vocação é ajustada, as outras vocações ganham beleza, as outras vocações passam a expressar o próprio Cristo. Elas ganham significado transcendental em Cristo. Sempre em Cristo. Então os irmãos vêem a diferença? Então não há como olhar para esse relato de João 21, sem ver essa situação, por muitos motivos. Já citei vários aqui. Primeiro o Senhor já havia aparecido a Pedro, mas ainda faltava algo para resolver. No versículo 3 Pedro diz que vai pescar. É uma frase assim absurda. Eu já citei também o motivo porque, porque Pedro já tinha sido afastado completamente da sua vocação de pescador. Não É? Então irmão, estava faltando propósito vocacional para a vida de Pedro, uma restauração desse propósito vocacional. Agora irmãos, vocação não é uma coisa. Vocação é resultado de devoção. Então para que a questão vocacional possa ser restaurada, o Senhor tem necessidade de ir mais fundo na nossa vida afetiva, na nossa vida espiritual. E afetiva e interior, afinal de contas. Pense um pouquinho sobre isso. Não ache você que o Senhor poderá dar passos na sua vida, seja para que lado for, sem entrar nessas questões mais profundas. Ele não pode. Ele tem que tocá-las. Então se Ele há de colocar você de forma mais intensa no serviço da igreja, no ministrar a ele e uns aos outros, se Ele há de estar trabalhando a sua vida para a edificação de outras vidas, seja em que esfera for, a sua primeira esfera é o seu lar, aqueles que estão dentro da sua própria casa, o Senhor não poderá atingir esse nível sem caminhar com você, em princípio, da mesma forma que ele caminhou com Pedro. Então a gente vai dar uma olhadinha como é que Ele caminhou com Pedro. Eu mesmo já partilhei esse texto com os irmãos mais de uma vez. Mas a palavra de Deus é inesgotável, e então nós vamos olhar de novo, alguns detalhes importante nesse texto.
Veja o versículo 7. Aquele discípulo a quem Jesus amava - esse é sempre João – ele se refere assim a ele no seu Evangelho - disse a Pedro: É o Senhor! Simão Pedro, ouvindo que era o Senhor, cingiu-se com sua veste, porque se havia despido, e lançou-se ao mar; 8 mas os outros discípulos vieram no barquinho puxando a rede com os peixes; porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados. Vamos parar aí um pouquinho. Se você olhar o contexto até aí, versículo 3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Disseram-lhe os outros: Também nós vamos contigo. Saíram, e entraram no barco, e, naquela noite, nada apanharam. Observem
essa expressão: nada apanharam. Importantíssimo essa expressão. Nada apanharam. Irmão. Se não houver uma restauração dessa visão, de vocação soberana, de vocação suprema, de vocação em Cristo na sua vida, essa é a frase que vai se aplicar a você. “nada apanharam”. Seu esforço é vão. Você vai cavar um poço sem fundo. Nunca vai achar. Você vai semear à beira do caminho - as figuras que o Senhor usou. Nada apanharam. Pedro tinha um propósito muito claro. Quem sabe ele pensou assim: “O Senhor já apareceu a mim, mas de alguma maneira ficou faltando alguma coisa, e essa coisa está faltando dentro de mim, eu não vou conseguir prosseguir como discípulo com essa coisa faltando, e então o meu caminho é voltar ao que eu sei fazer. “Vou pescar”. Então irmão, nesse texto você precisa ver a primeira frase e a última, com muita profundidade. A primeira é a determinação de Pedro, porque se existe alguém determinado é Pedro. Se você ver a personalidade dele nos Evangelhos você vê isso. Ele é um líder nato. Então quando ele falou que ia pescar os seis saíram atrás, porque ele é líder por natureza, mas isso não serve para o Senhor. Isso não significa nada para o Senhor. Foi esse líder quem negou o Senhor três vezes. Não é? Então a primeira frase, Eu vou pescar, fala da determinação de Pedro. Isso fala da nossa determinação em exercermos a nossa vocação fora desse prisma, a facilidade que temos em distorcer esse foca da vocação celestial. Mas irmão, o final do versículo 3, o início fala do temperamento e da determinação de Pedro, e o final do versículo 3 fala do temperamento e da determinação do Senhor: nada apanharam.
João cap 15, o Senhor quando fala sobre a videira verdadeira, Ele diz assim: João 15:5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Então o início do verso 3, o homem natural, a determinação de Pedro, Eu vou. O final do verso 3: a terminação do Senhor: Nada. Irmão. E o que é que fez essa separação? A morte e a ressurreição de Cristo. O Senhor quando tirou o povo do Egito, ele levou o povo para o deserto, o Mar Vermelho é exatamente a figura disso. O Mar Vermelho mostra esse nada. Não adianta. Você pode até sentir saudade de tudo o que era fedorento. Cebola, alho, pepino, melão, aquelas coisas que diz no texto, que tipifica o mundo. Então o povo no deserto tinha saudade de tudo aquilo que era mau cheiroso do Egito, mas não podiam voltar para lá, porque não tinha caminho de volta naquela separação que o Senhor fez. Muita corrupção no coração deles no deserto, muito erro, muito engano, muito pecado, idolatria, capazes até de levantar um bezerro de ouro para colocar no lugar do Senhor para adorá-lo. Capazes de orgia e imoralidade, de tudo que é possível ao homem natural, aquele povo fez no deserto, não fez? No que concerne à sua experiência espiritual, mas irmãos no que concerne à salvação no Senhor, não puderam fazer nada. Eles não
voltaram para o Egito, porque a saída deles do Egito não foi nada determinado pelo que eles fizeram ou não fizeram. A saída deles do Egito não foi uma aliança de lei. A lei veio três meses depois lá em Orebe. A saída deles do Egito foi baseada em uma aliança da graça. O sangue do cordeiro foi derramado e o sangue passado nas portas. Então você vê esse versículo 3 dentro desse ponto de vista? Você vê o Pedro determinado dizendo que eu vou fazer, eu vou pescar e você vê o Senhor dizendo não, nada. Você vê o Senhor dizendo: para você não tem jeito? Você vê o Senhor dizendo: não foi você que escolheu a mim, mas eu quem escolhi você. Você vê o Senhor dizendo: você - na figura que eu já usei aqui muitas vezes – você é como uma chave com aqueles dentes quebrados. Você não funciona mais, não abre porta nenhuma. Não adianta você tentar voltar, não vai funcionar. Irmão. O Senhor quando nos chamou em Cristo, ele nos colocou na mesa de comunhão. O Senhor sabe que nós somos muito difíceis, muito duros. O Senhor sabe que esse “eu vou” é a nossa marca. “Eu vou”. Esse somos nós, por temperamento, mas o Senhor nos amarrou na mesa da comunhão, só que Ele nos amarrou de uma forma muito graciosa. Ele amarrou a cada um de nós com uma corda especial. A corda de alguns não tem meio metro. A corda de outros tem cinqüenta metros. Quando mais metragem de corda você tiver, mais sofrimento para você, porque mais você vai se afastar da mesa. Então alguns o Senhor permite que se afastem dez metros, vinte metros, outros cinqüenta metros. Quanto mais se afastam, mais feridos retornam, mais cheios de seqüelas, mais doídos, mais dentro da soberania e da graça do Senhor, muitas vezes mais bem tratados, mais quebrados, uma visão mais clara de arrependimento. Mas irmãos, nós nunca devemos interpretar essa situação tentando vasculhar a soberania de Deus. Quantos metros de corda Ele me deu? Isso faz parte da soberania Dele. O que você deve ter no coração é que você não deve ter nem meio metro de corda. Que você deve desejar estar algemado à mesa de comunhão. Paulo quando ele escreve aos Coríntios, ele usa essa figura e diz assim: fiel é Deus pelo qual fostes chamados à comunhão do seu Filho Jesus Cristo. Não é comunhão com o seu Filho. É comunhão do seu Filho. 1ª Coríntios 1, verso 9 se não me engano. Está dizendo que o Senhor colocou uma mesa para nós, em um banquete, e esse banquete é o Seu Filho. O Seu Filho é o banquete. O seu Filho é a comida, Ele é a comunhão. Ele não nos chamou para a comunhão “com” Ele, mas para a comunhão “Dele”. 1 Coríntios 1:9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. Isso significa a mesma comunhão que o Filho Jesus tem com o Pai. A comunhão de seu filho. A comunhão que é o próprio Filho. Então essa expressão do Senhor “nada apanharam é tremenda”. Agora então o texto prossegue mostrando o que é que
aconteceu aí, o Senhor no versículo 6, se você observar aí, vamos olhar aí um pouco, também porque tem um sentido muito lindo, alguma coisinha rápida aqui, histórica, os irmãos sabem que esse mar, ele é na verdade, um lago de água doce. Ele não é de água salgada. É o lago de Genezaré, Lago de Tiberíades, uma das regiões de maiores abundância de peixes do mundo, e quem estava se lançando à tarefa de pescar aqui eram profissionais. Não eram amadores. E eles estavam fazendo isso de madrugada, no melhor horário do dia. Você vê como que o Espírito Santo ajunta tudo isso? É no melhor lugar para pescar, é o pescador profissional, e é na melhor hora do dia. Impressionante. Mas irmãos, quem estava lidando com aquelas vidas, era o Senhor dos peixes e dos pescadores, é o Senhor da criação. É aquele que falou para a “peixarada”: não vá ninguém para aquelas redes. Não é? E não foi nem um lambarizinho. „Nada apanharam”. Porque o Senhor queria dar uma lição sobre vocação muito séria para eles, uma lição da separação da cruz, uma lição do significado da ressurreição, uma lição da implicação da ressurreição, como se Ele estivesse dizendo: “Vocês acham que a minha ressurreição deixou vocês viverem do jeito que vocês quiserem? Vocês acham que a minha ressurreição ela é de tal forma que ela dá a vida para vocês viverem como quiserem? Ou vocês acham que a minha ressurreição ela deu vida para vocês, mas não só vida, mas viver, porque agora eu não sou só a vida de vocês mas o viver também. Agora eu não sou apenas o que deu vida para vocês, eu sou aquele que é a vida de vocês. Você quer ver onde é que fala isso na palavra de Deus além de outros lugares? Deixe o texto de João 21 marcado, e abra o texto de 2ª Coríntios cap 5. Irmão, vá com esse texto no seu coração, para casa hoje, porque Ele está falando exatamente isso. É uma ilustração de João 21. 2ª Coríntios cap. 5 :14 Pois o amor (é o foco de João 21: amor. Pedro, tu me amas? Pedro tu me amas? Pedro tu me amas? Três vezes) de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. O sentido original é colocar cadeias e levar cativos – nos constrange. Paulo está falando de um cativeiro de amarras, de algemas, mas cujas algemas são amor. Não são leis, não são ordenanças. Não são regulamentos. Não são mandamentos religiosos. Ele está dizendo: o amor de Cristo nos constrange. É uma amarra de amor o texto que ele está usando. Olhe onde ele vai chegar. julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.. Essa frase “todos morreram”, é ilustração de João 21:3. Naquela noite, nada apanharam. E Ele morreu por todos para os que vivem, o que é que acontece? Não vivam mais para si mesmos. Então Pedro não pode dizer: vou pescar. Até que pode, só que Ele não vai pescar nada. Não é? Não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele, para Aquele, que por eles morreu. Mas Ele ressuscitou para que Ele fosse a nossa vida. Paulo fala em
Filipenses que: Para mim o viver é Cristo. Cristo se tornou a nossa vocação. Ele morreu e ressuscitou para que os vivem não vivam mais para si. Então irmãos, vocês não tem liberdade de trabalhar do jeito que você quiser. Não senhor. Você não tem liberdade de ser pai do jeito que você quiser. Não senhor. Você não tem liberdade de ser empregado do jeito que você quiser. Não senhor. Você é pai para Cristo. Você é mãe para Cristo, você é patrão para Cristo, você é empregado para Cristo. Você foi chamado de tal forma e separado de uma tal forma que se você recalcitrar contra isso, você estará recalcitrando contra os aguilhões, na linguagem de Paulo em Coríntios. Você vai ser como aquele boi tonto que fica achando por ser muito fortão, que dá coice no ferrão ele vai conseguir alguma coisa. E quanto mais coice ele dá, mais ele se fere. Mais ele se machuca. O Senhor falou para Paulo que era outro obstinado, assim como Pedro. Quando o Senhor chamou Paulo, Ele disse: Saulo, Saulo. Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões. Então o Senhor quebrou Saulo e tornou Saulo, Paulo, esse que escreveu que o amor de Cristo me constrange. O que é que quebrou Paulo? Irmãos. Paulo estava acostumado com religião e religião nunca quebrou Paulo. Paulo estava acostumado com legalismo. Era muito legalista e legalismo nunca foi problema para Paulo, nem ascetismo. Paulo era um asceta, por natureza. O que quebrou Paulo foi o amor de Cristo. E é Paulo quem escreve este texto de Coríntios. O amor de Cristo, aquele que morreu – não só morreu – mas ressuscitou. E ressuscitou para que os que vivem, não vivam mais para si e viver para si significa isso. Viver para si significa que é acordar de manhã e tomar as suas decisões. Tiago diz assim: Que os ímpios falam no seu coração que amanhã iremos para a cidade tal, e lá negociaremos e teremos lucro. E ele responde assim: que sois vós. Vós sois como a neblina que o vento dissipa. Ao invés disso devias dizer: Se o Senhor permitir, iremos fazer isso ou aquilo. Está vendo? Isso é vocação. Então irmão, se essa questão não for sondada nas nossas vidas, estamos dando coices contra os aguilhões e nos ferimos. Não é? Então, o que é que nós vamos experimentar? Frustração, angustia, medo, vergonha muitas vezes, um senso de insatisfação muito terrível, porque nós conhecemos o Senhor, somos discípulos Dele, temos o conhecimento de Cristo, sabemos que já somos ramos da videira, mas está faltando algo, como estava faltando para Pedro. E esse algo, essa relação, esse toque do Senhor, esse vasculhar do Senhor lá no âmago, no íntimo do coração, sondando a questão devoção, sondando a questão amor, de uma tal forma que talvez, você ou eu, nunca tenhamos experimentado. E não é questão de uma experiência espiritual. Não. É uma questão de estarmos sendo mexidos pelo Senhor, nesse assunto diariamente. Não é questão de um toque, dois toques, e nem três toques. Não. Eu sei que podem haver ocasiões especiais, como houve
para Pedro uma ocasião muito especial. Amém se tem havido para você. Amém se ainda houver para você. Mas isso deve ser algo diário, o coração ser sondado. Onde está o seu coração? Qual é a sua suprema vocação? O que mais te alegra? O que mais requer, requisita energia de você? Onde você coloca mais rapidamente o seu coração, a sua mente? Não é? Ao que você se agarra com mais gana? É isso que o Senhor está lidando em João 21. As afeições de Pedro. A gente está no restinho do tempo, vamos correr um pouquinho lá para vermos mais alguma coisa. Bem rápido. Lá em João 21.
Um texto tão lindo, cheio de significado. No versículo 9 desse texto, eu também já comentei, vou só recordar, é bem rápido para você lembrar. No cap 18 de João, vou localizar aqui para depois você ler, versículo 18. Depois você confira. 18 Ora, os servos e os guardas estavam ali, tendo acendido um braseiro, por causa do frio, e aquentavam-se. Pedro estava no meio deles, aquentando-se também. Você vai ver que aparece uma expressãozinha ali, quando Pedro estava junto daquele braseiro no pátio do sumo sacerdote, esperando aquela argüição do Senhor pelo sumo sacerdote Anãs. Ele está ali perto da fogueira e nega o Senhor três vezes. Diante do guarda, depois diante da criada aquela situação ali. E você vê que o Espírito Santo registra que naquele momento final da negação de Pedro ele estava diante do braseiro. João 18:18. Você vai encontrar a palavrinha lá. Braseiro. No versículo 9 de João 21, é a única outra vez no Evangelho de João que aparece a palavra no original, no grego: braseiro. Então como, segundo os que conhecem o grego, o Espírito Santo fez isso no Evangelho de João várias vezes, ele usa parelhas de palavras, muitas vezes a expressão que eu já citei inúmeras vezes: seio. O Filho no seio do Pai, João no seio do Filho. Aparece duas vezes. Essa também: braseiro. Então essas parelhas elas precisam ser vistas juntas, porque elas dão quadros muito bonitos. Então essa palavra braseiro aparece em João 18:18 e João 21:9. Coloque as duas juntas e você vai ver o quadro. Vai ver que na primeira menção de João 18:18 Pedro nega o Senhor. Ele chega literalmente ao fim dele mesmo. Então você vê que o Senhor não fala para Pedro, Ele olha de longe para Pedro, e diz a palavra que Pedro se retira e chora amargamente, diz a palavra. Ele chega ao fim dele mesmo, chorando amargamente, porque ele negou o Senhor. Ele viu que ele era um nada. Agora, irmão, em João 21:9, quem monta a cena é o Senhor Jesus. Então você vê que essa questão amor, ela domina não só os escritos de João, mas ela domina o cap 21 de João de uma forma muito linda, porque é o Senhor Jesus quem arma a cena. Ele agora é que é o ator principal aí. É Ele quem está na praia, os discípulos estão lá pescando, nada apanharam, manda lançar a rede à direita do barco, e João reconhece que é o Senhor, Pedro se lança rapidamente lá no mar, na frente deles, para encontrar o Senhor e o Senhor arma uma cena
na praia. A cena do braseiro. Muito lindo. Porque Ele deseja que a mente de Pedro volte àquela situação do pátio do sumo sacerdote. Ele quer fazer Pedro voltar, voltar na sua mente, voltar na sua memória, nas suas afeições, voltar no seu nada. Então no versículo João 21:9 Ao saltarem em terra, viram ali umas brasas e, em cima, peixes; e havia também pão. No original, um braseiro. Quem que armou esse braseiro? O Senhor. 10 Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar. Peixes que eles só apanharam por determinação do Senhor. Enquanto Pedro falou: vou pescar, nada apanhou. A hora que o Senhor falou lá da praia lance à direita do barco, eles apanharam cento e cinqüenta e três grandes peixes. Não é? A vocação no Senhor. Então você vê que no versículo 9, o Senhor preparou essa refeição. E Ele disse para trazer alguns dos peixes que haviam acabado de apanhar. Lindo o verso 10, porque no versículo 10, na linguagem figurada há mais ensino importante do que você vê por todo o Novo Testamento, que Deus agora, pela graça em Cristo, Ele não nos tornou marionetes na mão dele. Ele quer homens voluntários: trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar. Paulo escreveu assim aos Coríntios: 1 Coríntios 3:9 Porque de Deus somos cooperadores; Quando você não era do Senhor você não era cooperador de nada, no que concerne a Ele. Você não podia fazer nada para herdar a vida em Cristo. Você recebeu de graça pela palavra da verdade do Evangelho, mas à medida em que você nasceu de novo e a vida de Deus foi infundida em você, você foi tornado não uma marionete, mas um cooperador de Deus. Você pode responder sim ou pode responder não. O Senhor pode falar com você e você falar não. A Bíblia tem exemplos disso: quando desceu aquele lençol do céu, para que Pedro entendesse que Evangelho não era só para judeu, que o Evangelho era para gentios, todos os eleitos de Deus, então desce aquele lençol do céu, na visão de Pedro com animais imundos, de toda espécie e quando aquele lençol desce vem uma ordem do Senhor e a ordem é: Pedro, mata e come. E Pedro responde usando duas palavras impossíveis de serem colocadas juntas. Ele fala: Não, Senhor. Ou ele fala só não, e não chama o Senhor de Senhor, ou então ele fala Sim, Senhor. Não é? Porque no Senhor, não tem não. Mas Pedro disse: Não, Senhor. Esse era Pedro e esse somos nós. Então o Senhor teve que tratar com Pedro três vezes. Aquele lençol desceu três vezes. Pedro: mata e come, até que Pedro pudesse obedecer a visão, e o Senhor deixasse claro para ele o Evangelho para os gentios. Irmão eu e você também podemos dizer não Senhor. Não Senhor, agora não. Não Senhor. Amanhã vou fazer. Amanhã eu tomo essa atitude, amanhã resolvo esse assunto. Amanhã eu falo com o meu filho. Amanhã eu vou dar um jeito de consertar esse hábito da minha vida. Amanhã eu rompo esse relacionamento que não está me fazendo bem. Não é? Você também pode
dizer não Senhor. Só que você vai colher todas as conseqüências. Então você vê que o Senhor prepara essa refeição de comunhão e chama os cooperadores. “Trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar” O livro de Hebreus diz assim: Hoje, se ouvirdes a sua voz não endureçais os vossos corações. Não é?
No versículo 12, para a gente terminar. Não posso deixar de comentar uma palavra aqui com os irmãos, muito linda também, no versículo 12. Vinde e comei. Vinde, comei. Essa palavrinha, no original, significa a primeira refeição do dia. Café da manhã. Vinde, comei. Finalzinho de Romanos 13, o apóstolo Paulo diz assim que Romanos 13:12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. E o nosso dever como cristãos é deixarmos as obras das trevas e revestirmo-nos das armas da luz, não dispondo para a carne nada no tocante às suas concupiscência. Paulo ensina tão bem ali em Romanos 13. Vai alta a noite. Quando o Senhor chamou os discípulos de madrugada, e preparou lá na praia a refeição de comunhão, pediu algum dos peixes que eles apanharam, Ele usa essa frase: vinde, comei. Ele está se referindo a esse café da manhã. É como se Ele tivesse dizendo: “Venham cá. Preparei um café da manhã para vocês”. Irmão, essa é uma outra implicação muito linda na palavra de Deus, porque quando da segunda vinda do Senhor Jesus, quando nós estivermos com Ele, esse arrebatar do Senhor para aqueles que são dele, isso vai funcionar espiritualmente como nosso desjejum, porque a igreja tem vivido exatamente essa “alta noite”. Pedro fala a mesma coisa na sua epístola. Pedro fala assim: 2 Pedro 1:19 Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração,. Lembra Pedro falando? Foi a palavra que o Senhor Jesus usou aí. Espiritualmente falando é isso que nós vamos experimentar naquele dia com o Senhor, uma primeira refeição de comunhão, um desjejum, depois de uma longa noite, uma escura noite. Vinde, comei. Linda frase.
Irmão. Um último termo para terminarmos. Como que o Senhor condescende com Pedro nessa narrativa. Também é uma implicação muito linda desse relato. Ele pergunta três vezes para Pedro. Pedro. Tu me amas? A primeira vez que Ele pergunta, usa a palavra Ágape, que se refere no original a um amor sem reservas, um amor que se dá sacrificialmente. Pedro, tu me amas? Agapal. Pedro, você tem um amor por mim, que é um amor que vai até o fim, até a morte? Ele pergunta, usando essa palavra. Agapal. E Pedro responde usando a palavra de significado inferior, Fileo. Um amor que se refere à amizade. Então Pedro, agora não confia mais em si mesmo, ele já passou de novo pela cena do braseiro, a memória da sua negação esta muito fresca. Ele já chorou amargamente, ele agora chegou ao fim dele mesmo. Então ele responde: Senhor, tu sabes que eu te amo. Ele não diz que não ama,
porque seria uma mentira. Eu creio que você também não pode dizer isso para o Senhor. Senhor eu não te amo. Mas talvez nós possamos dizer como Pedro. Pedro eu tenho Fileo por você, um amor em um nível que não é um nível de entrega absoluta. É um nível inferior. Fileo. Então o Senhor pergunta uma segunda vez. Pedro, de novo, tu me amas? Usando Agapal. E de novo Pedro responde usando a palavra Fileo. E depois o Senhor pergunta uma terceira vez e quando isso acontece, Ele desce no nível de Pedro, e usa a palavra Fileo. Então Ele pergunta: Pedro. Você tem esse Fileo? Então Pedro fala: Senhor, tu sabes todas as coisas. Tu sabes que eu te amo. Agora, vamos ver na seqüência do relato. Se você ver a seqüência do relato, você vai ver que Pedro, quando ele olhava para ele mesmo, o que ele via era um amor Fileo. Mas quando agora o Senhor olhava para Pedro, o que ele via era um amor Agapal. Você vê isso no texto em João 21? Está muito claro. Ele fala assim: quando você era mais moço, você se cingia e ia para onde você queria. Mas quando você for mais velho, outro te cingirá e te levará para onde não queres, e João explica, não deixa enigma nesse texto, dizendo que o Senhor disse isso significando que gênero de morte Pedro ia morrer para glorificar a Deus. Irmão. Morrer qualquer gênero de morte para glorificar a Deus é Agapal. Não é Fileo. Não é? Então o Senhor Jesus está dizendo para Pedro que esse Agapal que Ele é, seria então dado a Pedro, e que Pedro iria glorificá-lo com esse Agapal. Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro. Então veja que detalhe lindo nesse texto. A ressurreição do Senhor Jesus, o poder da vida ressurreta do Senhor Jesus, nos deu capacidade de amá-lo, como Ele nos ama. Ou com o seu próprio amor. Quando você olhar para você, sempre você vai achar que é Fileo. E é bom que seja assim. Sempre você vai achar que é inferior. Mas se o Senhor tem trabalhado em você, quando Ele olha para você, Ele sabe que Ele tem colocado essa amor Agapal em você. E com a capacitação Dele, você é capaz de dar testemunho desse amor. Irmãos. Quantos santos, quando olhavam para si mesmo, sabia que o melhor que eles tinham era esse Fileo. Não é? Se você ler a história dos mártires na história da igreja você vê isso. O máximo que eles sabiam era que o amor deles era esse. Fileo. Eles não confiavam no seu próprio amor. Eles estavam vivendo situações muito difíceis de opressão, de perseguição, situações muito penosas, situações que eles preferiam ser torturados eles mesmos do que ver os seus filhos serem torturados. E grande parte deles estavam vendo os seus filhos serem torturados. Então eles sabiam que não tinham condição em si mesmos de suportar tudo aquilo. Eles só podiam suportar pelo Agapal, pelo amor de Cristo, pelo amor que é Cristo. Então irmão, você vê nesse texto de 21, exatamente isso, você vê Pedro não confiando no amor dele. Ele insiste o tempo todo que o meu amor não é Ágape, não é Ágape, não é Ágape, mas eu
não posso dizer que eu não te amo, Senhor. Ele já tinha dito isso antes, você se lembra? Ele fala assim: para quem iremos nós. Só Tu tens as palavras da vida eterna. A situação era muito definida para ele, com relação ao Senhor Jesus. Ele não tinha dúvida, mas ele sabia que não tinha Ágape, neste momento. Até o momento da negação ele achava que tinha e assim é conosco. Então para que o Senhor possa ajustar essa questão da vocação na nossa vida, qual é a pedra de toque? Amor. É aí que Ele vai mexer, Ele vai mostrar para você, o que você mais ama. Ele vai mostrar para você o que é que ocupa o centro, o foco no seu coração. Se você quiser, se você pedir a Ele. E Ele vai transformar o seu Fileo em Ágape, da mesma maneira que Ele fez com Pedro. João 21:19 Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Isso é Ágape. O amor do Senhor em Pedro, manifestado através de Pedro. Você sabe muito bem pela história que Pedro foi tão cheio desse Ágape, que quando chegou a sua hora de martírio, ele também foi crucificado, ele então disse aos seus executores que o crucificassem de cabeça para baixo, tão cheio desse Ágape. Ele disse: não. Eu não sou digno de morrer como o meu Senhor. E pediu que fosse crucificado de cabeça para baixo, tão cheio do Ágape do Senhor. Irmão. Não há essa capacidade nem em você nem em mim, mas há no Senhor. Nós amamos porque Ele nos amou primeiro. Ele nos tomou como pedras brutas assim como com Pedro. Ele ressuscitou para nos dar vida e essa vida ressurreta tem trabalhado em nós incansavelmente para trocar o nosso amor, para nos substituir. Não vivo eu, mas Cristo vive em mim. Graças a Deus por este trabalho da graça. A nossa confiança de que Ele que começou essa boa obra em nós, há de completá-la. Mas irmãos, que o Senhor desperte em nós, um maior desejo de cooperarmos e sermos de Deus cooperadores. Você também seja impactado por essa expressão dele para os discípulos. “trazei alguns dos peixes que acabaram de apanhar”. O que é que você tem aí na sua mão que você pode me dar? Ou você acha que o Senhor não se alegra quando você dá as coisas para ele? Ele se alegra quando você dá tempo para Ele, porque tempo é questão de prioridade. Ele se alegra quando você contribui no reunir da igreja, na edificação dos irmãos, uns com os outros. Ele se alegra quando você dá a palavra Dele para um irmão, para um outro, para um vizinho. Ele se alegra quando você dá para ele, seja o que for. Não é? Que o Senhor nos ajude irmãos em sermos verdadeiros cooperadores. Amém.
Pai, obrigado porque nós confiamos totalmente no Teu amor. Obrigado porque nós sabemos que de nós mesmos, não somos suficientes. Sabemos que o nosso amor é fraco e pobre mas Senhor, nós somos verdadeiramente constrangidos quando nós contemplamos o Teu amor. O Teu amor é sem
reserva, é por inteiro. O Senhor se entregou por nós. Como te agradecemos pelo poder da tua vida ressurreta em nós. Como agradecemos porque essa Tua vida é capaz de mudar a nossa vida. Como agradecemos porque essa vida do Senhor é capaz de mudar a nossa vocação, as nossas afeições, o nosso foco, o nosso desejo e como precisamos disso Senhor. Pedimos ao Senhor que resgate em nós, tudo para Ti. Temos tanta necessidade Senhor nesse momento em que a noite vai tão alta, em que o Senhor esteja preservando, guardando os nossos corações para Ti, em amor. Nós não queremos estar entre aqueles que terão corações frios para contigo. Pedimos que o Senhor nos preserve, nos preserve aquecidos pelo Teu amor. Muito obrigado porque é o Senhor quem nos restaura a comunhão. É o Senhor quem nos chama para o calor desse braseiro, é o Senhor quem nos serve peixe e pão. Muito obrigado porque é o Senhor quem nos nutre, mas nós pedimos a Ti Senhor que realmente alcance esferas mais profundas de nosso coração. Precisamos disso e nós confiamos as nossas vidas, mais uma vez, aos teus cuidados para que o Senhor faça isso. E pedimos e agradecemos em Teu nome. Amém.
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Extraído de uma série de estudos com o tema "FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO"(Romeu Bornelli)
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