18 abril, 2024

O Novo Homem Sob o Reinado da Graça


*A graça que reina pela justiça*

“Primeiramente o pecado reinou sobre todos os homens e os levou à morte, mas agora reina em seu lugar a graça de Deus, pela justiça, e como resultado a vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Rm 5:21 - NBV)

Vimos anteriormente o impacto da graça eficaz na alma produzindo uma salvação radical. Glória a Deus! Sob o reinado da graça "toda a perspectiva muda: o pecado costumava ser o senhor dos homens e, no final, entregava-os à morte; agora, a graça é o fator determinante, sendo seu propósito tornar justos os homens diante de Deus e, sua finalidade, conduzi-los à vida eterna por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor." (cf. Rm 5:21 - JBP) 
“A justiça é o pedestal, a base e o meio que Deus usa para Se dispensar a nós como graça (cf. Jo 1:16). A justiça nos dá a base para reivindicar Cristo como nossa graça. Dando-nos graça, Deus manifesta a Sua justiça (ver Romanos 1:17).
Além disso, o poder da graça opera em nós e produz a justiça subjetiva, fazendo com que estejamos de bem com Deus, com os outros e conosco; e não somente subjuga o pecado, mas também vence Satanás e a morte em nosso ser. Assim, a graça reina mediante a justiça o que resulta em vida eterna.”¹
“Sob a graça tudo está invertido de um modo bendito e glorioso. O ego é posto de lado como crucificado, morto e sepultado. O velho "eu" desaparece, e o novo "eu" está perante Deus em toda a aceitação e valor de Cristo (Gl 2:20). Ele é a nossa vida, a nossa justiça, a nossa santidade, o nosso objetivo, o nosso modelo, tudo. Está em nós e nós estamos n'Ele; e a nossa vida diária, prática, tem de ser simplesmente Cristo reproduzido em nós, pelo poder do Espírito Santo. 
Por isso, nós somos chamados não apenas para amar o nosso semelhante, mas o nosso inimigo; e isto, não para operar a justiça porque temos sido feitos justiça de Deus em Cristo; é simplesmente o fluxo da vida que possuímos, que está em nós; e esta vida é Cristo. 
O viver do cristão deve ser Cristo. Não é nem judeu, "debaixo da lei", nem "gentio sem lei"; mas "um homem em Cristo", permanecendo na graça, chamado ao mesmo caráter de obediência que foi manifestado pelo Senhor Jesus mesmo.”²
De fato, a graça reina pela justiça para a vida eterna! Louvado seja Deus por tão precioso dom!

(¹ Comentário Bíblico BVR; ² Charles H. Mackintosh)

17 abril, 2024

O Impacto da Graça Eficaz na Alma: Salvação Radical


O homem natural é um deus para si mesmo; além disso, possui muitos outros deuses. Quer seja a justiça própria, o agradar a si mesmo, o mundo, as riquezas, a família, em qualquer forma que tudo isso apareça, “outros senhores têm exercido domínio sobre ele”, exceto o Deus vivo e verdadeiro. A mente humana possui tal natureza que deve amar e adorar algum objeto. Em seu estado de inocência, a criatura tinha o Senhor como seu único objeto de amor e adoração. Caídos desse estado de afeição simples e suprema, mediante a promessa do tentador (a promessa de que, se comessem do fruto da árvore proibida, seriam como Deus — Gn 3.5), lançaram fora, num momento, sua dedicação ao Senhor, rejeitaram-No como objeto de seu amor supremo, como o centro de suas afeições mais santas e tornaram-se deuses para si mesmos. O templo foi arruinado, o altar, derrubado, a chama pura, apagada. Deus afastou-se, e “outros senhores” entraram e tomaram posse da alma do ser humano.

*Mas, que admirável mudança a graça produz!* Ela repara o templo, reconstrói o altar, reacende a chama e traz a Deus de volta ao homem! Deus em Cristo é agora o principal objeto do amor, da adoração e do culto do homem. O ídolo do eu foi subjugado, a justiça própria, renunciada, a auto-exaltação, crucificada. O “valente, bem armado” entrou, expulsou o usurpador e, “fazendo novas todas as coisas”, recuperou a supremacia que, por direito, era dEle mesmo. As afeições, livres de sua falsa deidade e renovadas pelo Espírito, agora voltam-se para Deus e descansam nEle. Deus em Cristo! Quão glorioso Ele se mostra agora! De fato, a alma é levada a conhecer e amar um novo Deus. Ela nunca tinha visto em Deus tanta beleza, excelência e bem-aventurança como vê agora. Qualquer outra glória fenece e morre perante a insuperável glória do caráter, dos atributos, da autoridade e da lei de Deus. Agora, a alma se vê reconciliada com Deus, em Cristo; a inimizade cessa, o ódio desaparece, a hostilidade abandona suas armas, bem como os pensamentos injustos sobre a lei dEle; findam-se os sentimentos rebeldes contra a autoridade de Deus, e o amor surge na alma. E, no precioso Cristo, o único Mediador, Deus e o pecador se encontram, recebem um ao outro e passam a viver em harmonia. Verdadeiramente, eles se tornam um. Deus diz à alma: “Tu és minha”. Esta responde: “Tu és o meu Deus — outros deuses tiveram domínio sobre mim, mas, daqui por diante, servirei somente a Ti, amarei somente a Ti . ‘A minha alma apega-se a ti; a tua destra me ampara’ (Sl 63.8). ‘Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo’ (Sl 27.4)”.

(Octavius Winslow) 


O CORDEIRO E SUA NOIVA


"... a noiva, a esposa do Cordeiro" Ap.21.9


As Escrituras Sagradas são a auto-revelação de Deus e apresentam-nos todo o plano e desígnio de Deus, que se resumem em Cristo e nele convergem.
Cristo é a chave para a compreensão de toda a Palavra de Deus, através da qual a Palavra pode ser aberta aos nossos corações. Muitos tipos, figuras, símbolos, parábolas, alegorias e profecias nos foram dados nas Escrituras, para nos falar de Cristo.
A grande maioria deles, diz respeito não apenas à pessoa de Cristo, como cabeça, mas também à Igreja, a qual é o seu corpo. Isto significa que Cristo e os seus, estão no centro de todo o propósito de Deus.
A Igreja foi chamada do mundo para Cristo, como a sua Noiva. Isto é que concede à igreja a sublimidade e conteúdo total da sua vocação e chamamento, ou seja, que ela possa ser semelhante a Cristo, estando a Ele unida, como uma esposa idônea com relação ao seu Marido celestial.
O propósito da Igreja é ser conformada a Cristo. A glória de Cristo deve ser vista na Igreja, a sua noiva. Tudo o que a Igreja é e faz é puramente derivado de sua relação com Cristo, ou, pelo menos, assim deve ser.
Deus elegeu, desde à eternidade, uma noiva para o Seu Filho, e a Sua graça chamou, justificou e glorificou os que foram chamados ( Rm 8.29,30).
Tudo isto é fato consumado. O Senhor Jesus quando bradou da cruz aquelas palavras: “está consumado”, Ele realmente completou a obra que lhe foi confiada para fazer ( Jo 17.4 ) . Quando, após a ressurreição, apareceu muitas vezes, aos discípulos, Ele exibiu as marcas da crucificação, para que eles não temessem achando que Ele era um fantasma, mas tivessem total segurança no fato de que o Seu Mestre os redimira para Deus.
Ele apareceu-lhes durante 40 dias ( At 1.3 ) para apresentar-lhes provas incontestáveis da Sua ressurreição corpórea, e, por isso, comeu com eles.
Após este período veio o Pentecostes, a descida do Espírito Santo. Cristo agora, estava também na Igreja pelo Espírito Santo, além de estar no trono de Deus como o Cordeiro exaltado. A Igreja agora, estava em Cristo, assentada nos lugares celestiais, além de estar na terra como peregrina e forasteira.
Jesus havia dito: “Naquele dia vós conhecereis que eu estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós”( Jo 14.20 ). O Espírito Santo veio habitar na Igreja para torná-la na prática o que ela realmente já era, ou seja, uma igreja gloriosa, a noiva, a esposa do Cordeiro.
Hoje, como em outras épocas da história da Igreja, carecemos de renovada visão de Cristo, a visão apostólica e bíblica trazida com novo frescor e realidade aos nossos corações. Precisamos de vozes proféticas, que se levantem contra a maré do cristianismo prevalecente, para proclamarem que o Reino de Deus não consiste em comida e bebida, em rigor ascético, em sinais e prodígios, em experiências místicas e emocionais, em culto a anjos ou em prosperidade material.
Todas estas proposições estão sendo largamente pregadas como verdades de Deus hoje à Igreja. Amados, se mesmo quando vemos a centralidade de Cristo e da Sua palavra como nossa necessidade individual e coletiva, e prosseguimos para conhecê-lo de forma mais íntima, real e profunda, se ainda assim, vemos como nosso crescimento é lento e difícil, como nossa infantilidade espiritual nos acusa em nossa casa, e como somos amantes de nós mesmos, imaginem nosso estado espiritual então, se formos levados por sofismas e distrações de toda espécie!
O Reino de Deus só é manifestado praticamente e visivelmente, na esfera onde a glória de Cristo é vista, onde o senhorio de Cristo é não só reconhecido mas também almejado, e onde há semelhança moral com o Cordeiro de Deus. O Reino de Deus, no qual fomos introduzidos pelo novo nascimento, compõe-se dos seguidores do Cordeiro ( Ap 14.4 ), daqueles que têm sido conformados à Sua imagem (Jo 3.5 e 2 Co 3.18 ).
Gostaria, brevemente, de considerar a preciosa figura do Cordeiro usada no V.T para tipificar nosso Senhor e, no N.T, para apresentá-Lo aos homens, para que vejamos que o Cordeiro de Deus, Cristo, é o foco de atração do coração de Deus, devendo ser também o nosso foco, para que a Igreja, a esposa do Cordeiro, possa ter a Sua imagem e expressão.
A figura do cordeiro pode ser acompanhada nas Escrituras como se fosse um “fio de prata”, revelando-nos o coração redentor de Deus, desde o Gênesis até o Apocalipse.
Vejamos:
1- em Gênesis 3 – Podemos dizer que aqui o Cordeiro de Deus, Cristo, estava sendo anunciado. Quando Deus fez vestimentas de pele para Adão e sua mulher, e os vestiu ( Gn 3.21 ), figuradamente, Deus mostrou-lhes que somente Ele poderia proporcionar-lhes uma cobertura para sua condição decaída e alienada. Deus os vestiu. Para isso, uma vida inocente foi oferecida para fornecer-lhes cobertura.
2- em Êxodo 12 – Aqui, o Cordeiro de Deus é tipificado. Este cordeiro devia ser aprisionado, examinado e aprovado para ser oferecido como substituto de cada primogênito do povo de Israel. Deus novamente estava olhando para o cordeiro. Ele estava concedendo um tipo de Cristo, o Seu Cordeiro, ao Seu povo. Por causa do sangue desse cordeiro, Deus podia “passar por cima” (significado literal de “páscoa”) do Seu povo e não ferir os primogênitos do povo de Israel. No capítulo seguinte, Deus dá um passo além e diz a Moisés que todo primogênito dentre o povo (e até dos animais) era consagrado a Ele. Isto nos leva além na revelação do Cordeiro de Deus, sugerindo que a morte do Cordeiro era não apenas substitutiva mas redentora, ou seja, fomos comprados para o Cordeiro e não apenas pelo Cordeiro. Conforme a linguagem neotestamentária de Paulo em Efésios 5 : “Cristo amou a Igreja e a Si mesmo se entregou por ela .. para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa... ( Ef 5: 25 a 27 – grifo meu ).
3- em Isaías 53 – Aqui vemos o Cordeiro de Deus profetizado. O servo sofredor é o Cordeiro de Deus. Outros aspectos de Sua pessoa e obra são aqui revelados de forma vívida e comovente. Ele é o Cordeiro desprezado, castigado, oprimido, moído, humilhado, injustiçado, rejeitado e ferido por causa da transgressão dos transgressores, pelos quais intercedeu e justificou diante de Deus. A glória desse Cordeiro é glória coberta com véu, e só pode ser conhecida por revelação do próprio Deus, para que possamos crer nele ( Is 53:1 – “Quem creu...?” e “a quem foi revelado...?”) Os sofrimentos do Cordeiro resultariam em um fruto, o fruto do penoso trabalho de Sua alma, a Sua noiva, a esposa do Cordeiro, com a qual Ele ficaria satisfeito! ( Is 53:11)
4- em João 1 – João Batista proclama: “Eis o Cordeiro de Deus”. O Cordeiro aqui é revelado. O caráter do Cordeiro é agora plenamente manifestado. Ele é manso e humilde de coração. Ele é o Filho amado do Pai. Através dele, Deus conduzirá muitos filhos à glória ( Hb 2:10 ). Estes filhos trarão em si a imagem do Filho, pois foram comprados pelo Cordeiro para tal ( 1 Co 15: 49 ). Toda a mensagem do sermão do monte ( Mt 5, 6 e 7 ) revela o caráter do Cordeiro: a sua vida interior, as suas ações e reações, a sua pureza sublime, a sua devoção, etc. Os seguidores do Cordeiro, em união com Ele, devem revelar o mesmo caráter e conduta.
5- em Apocalipse 5 – O apóstolo João vê , no meio do trono, de pé, um cordeiro “como que recentemente imolado” ( tradução alternativa). Aqui temos o Cordeiro entronizado. Aquele que foi obediente até a morte de cruz, aprovado por Deus, efetuou uma eterna redenção cujo frescor diante de Deus nunca será apagado. O sangue do Cordeiro, fruto da vida santa de devoção a Deus, nunca será ultrapassado ou esquecido. O Cordeiro de pé, ressuscitado, mas com as marcas de que foi imolado, é a fonte de eterna adoração e bendita segurança para os remidos.
6- em Ap 21 – Nesta visão final de João a respeito da Nova Jerusalém, novamente vemos o Cordeiro. O versículo 23 diz: “A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe dar claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada”. Aqui vemos o Cordeiro como o foco da glória, contemplação, adoração e serviço na cidade santa. A Nova Jerusalém, composta de todos os redimidos do Cordeiro desde Adão, é aqui revelada como sendo “a noiva, a esposa do Cordeiro” (v. 9). Ela “tem a glória de Deus. O seu aspecto era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina” (v.11). Este aspecto glorioso da noiva é um reflexo da sua gloriosa união com o Noivo, o Cordeiro, que é descrito em Ap 4:3 com a mesma aparência de jaspe. Cristo foi formado na Sua noiva. A Igreja reflete a Sua glória. Esta é nossa soberana vocação. Vigiemos nossos corações para que nada nos separe da contemplação do Cordeiro. Nada.

14 abril, 2024

Somente uma Visão



O que é um cristão? 


Um cristão é alguém que está em Cristo. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. 2 Coríntios 5:17. Quando nascemos de novo, ganhamos em nosso interior a vida de Cristo e essa vida é que deve exercer em nós o governo. Tal experiência é também chamada de visão celestial, a saber, o nascido de novo é governado pelo Céu.


Quando o apóstolo Paulo, a caminho de Damasco, viu a Luz, isto significou que ele viu Jesus; numa linguagem simples, Paulo ganhou em seu espírito a presença de Cristo. Por isso, ele pôde dizer: não mais eu, mas Cristo. É uma visão espiritual, uma visão celestial. E esta visão o governou por toda a sua vida. Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial. Atos 26:19.


Ele pôde testificar diante do rei que não foi desobediente à visão celestial, ou seja, ele não foi desobediente a Cristo. Isto explica Paulo, explica sua vida, isto explica seu ministério. Isto nos fala do segredo de como ele enfrentou todas as dificuldades.


Mesmo no mundo natural, ninguém pode ter sucesso sem uma visão, sem um sonho. Se uma pessoa não tem visão, um sonho ou uma ambição, ela estará sem rumo, apenas vagueando ao longo da correnteza, sem propósito em sua vida.


O homem mais sábio do mundo, Salomão, escreveu um verso em provérbios 29:18, que diz: Sem visão o povo perece. Lance Lambert nos disse que o verbo perecer no hebraico simplesmente significa “desatar um nó” ou “desprender o cabelo e deixá-lo cair”. Em outras palavras, sem visão as pessoas perdem o controle e ficam perdidas.


No mundo espiritual é essencial termos visão. No sentido “religioso”, Paulo era um homem com sonhos, com ambições. Ele queria ser fariseu dos fariseus, o rabi dos rabinos. Mas tudo mudou, ele foi impactado com outra visão. Uma luz brilhou sobre ele, e ele caiu por terra.


Ele ouviu uma voz dizendo: Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegue. Atos 9:3-5.


No caminho para Damasco você pode ter duas visões em colisão. De um lado uma visão terrena ou religiosa e, do outro, uma visão celestial. Quando a “Luz” celestial atingiu o apóstolo Paulo, a visão “religiosa” caiu por terra. Quando uma pessoa nasce de novo, isto significa que o velho homem foi vencido por Cristo. A Cruz venceu o velho homem.


Deixe-me usar uma ilustração do nosso irmão Watchman Nee. Ele cresceu na família Chang, e em sua juventude ficou apaixonado por uma moça chamada Charity. Eles fizeram um acordo mútuo, um entendimento que se casariam; no entanto, Watchman Nee se converteu. E, depois de salvo, ficou preocupado com o seu relacionamento com Charity, tentando conduzi-la a Cristo, porém não logrou êxito naquele momento.


Aqui temos duas visões em choque, a “Celestial” e a “Terrena”. A terrena são aquelas que trazem a semelhança ou natureza de Adão. A visão celestial são daqueles que trazem a semelhança de Cristo. A palavra que veio a Watchman Nee, foi: Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Salmos 73:25. Assim, ele seguiu a visão celestial.


Deste dia em diante, ele estava apto para seguir o Senhor. Alguns anos depois, Charity nasceu de novo e finalmente eles se tornaram marido e mulher. Assim como o apóstolo Paulo não desobedeceu a visão celestial, ou seja, ele não foi desobediente a Cristo, assim foi também com Watchman Nee.


Nós nunca podemos obedecer a Deus por nós mesmos. Mas graças a Deus hoje há a possibilidade, há o potencial, porque na própria vida que recebemos de nosso Senhor Jesus quando cremos n’Ele há obediência. É somente por aquela vida, a vida de Cristo que Paulo disse: não fui desobediente à visão celestial. Porque não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim. Amém!


Stephen Kaung


10 abril, 2024

A Autoridade Decrescente de Cristo nas Igrejas

Este é o fardo em meu coração e embora não reivindique para mim mesmo qualquer inspiração especial, sinto porém que este é tam­bém o fardo do Espírito.

Se conheço meu próprio coração é apenas o amor que me leva a escrever isto. O que deixo aqui por escrito não é o fermento ácido de alguém agitado por contendas com companheiros cristãos. Não houve conflitos. Não fui abusado, maltratado ou atacado por nin­guém. Essas observações também não são fruto de experiências de­sagradáveis que tenha lido em minha associação com outros. Minha convivência com a igreja que freqüento assim como cristãos de outras denominações sempre foram amigáveis, corteses e satisfatórias. Minha tristeza resulta simplesmente de uma condição que acredito achar-se quase  universalmente  presente  nas  igrejas.

Penso que devo também reconhecer que eu também me encon­tro bastante envolvido na situação que deploro aqui. Como Esdras em sua poderosa oração intercessória incluiu-se entre os malfeitores, faço o mesmo. “Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para le­vantar a ti a minha face, meu Deus: porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa cresceu até os  céus”  (Ed  9:13).

Qualquer crítica feita aqui a outros deve voltar-se contra mim. Eu também sou culpado. Isto está sendo escrito na esperança de que possamos todos voltar-nos para o Senhor nosso Deus e não pecar mais contra Ele.

Permita que declare a causa do meu fardo: Jesus Cristo não tem hoje quase nenhuma autoridade entre os grupos que se chamam pelo seu nome. Não estou me referindo aqui aos católico-romanos, nem aos liberais, nem sequer aos cultos quase-cristãos. Refiro-me às igrejas protestantes em geral e incluo aquelas que protestam mais alto que não se acham num declive espiritual, afastando-se de nosso Senhor e seus apóstolos, a saber, os “evangelicais”.

Trata-se de uma doutrina básica do Novo Testamento que após a sua ressurreição o Homem Jesus foi declarado por Deus como sen­do Senhor e Cristo, e que Ele foi investido pelo Pai com absoluta soberania sobre a igreja que é o seu Corpo. Ele possui toda a auto­ridade no céu e na terra. Na hora oportuna Ele irá exercê-la plena­mente, mas durante este período na história Ele permite que esta autoridade seja desafiada ou ignorada. E justamente agora ela está sendo desafiada pelo mundo e ignorada pela igreja.

A posição atual de Cristo nas igrejas evangélicas pode ser com parada à de um rei numa monarquia limitada, constitucional. O rei (algumas vezes despersonalizado pelo termo “a Coroa”) não passa em tal país de um símbolo agradável de unidade e lealdade, tal como uma bandeira ou hino nacional. Ele é louvado, festejado e sustenta­do, mas sua autoridade como rei é insignificante. De maneira nomi­nal lidera a todos, mas nas horas de crise alguém mais toma as de­cisões. Nas ocasiões solenes aparece em suas roupagens reais a fim de pronunciar o discurso insípido, incolor, colocado em seus lábios pelos verdadeiros senhores do país. Toda a situação pode não passar de um faz-de-conta inócuo, mas tem suas raízes no passado e nin­guém quer desistir dele.

Entre as igrejas evangélicas, Cristo não passa hoje de um Sim­ples símbolo, muito amado. “Todos Louvem o Poder do Nome de Jesus” é o hino nacional da igreja e a cruz sua bandeira oficial. Mas nos serviços semanais da igreja e na conduta diária de seus membros,  alguém  mais, e  não  Cristo,  toma  as  decisões.   Nas  ocasiões adequadas, permite-se que Cristo diga: ”Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados” ou “Não se turbe o vosso coração”, mas no momento em que termina o sermão alguém toma a dianteira. Os que têm autoridade decidem quais devem ser os pa­drões morais da igreja, assim como todos os objetivos e métodos empregados para alcançá-los. Devido a uma organização longa e meticulosa, o jovem pastor recém-saído do seminário exerce hoje muitas vezes mais autoridade sobre a  igreja do que  Jesus Cristo.

Este artigo foi publicado pela primeira vez no “The Alliance Witness” a 15 de maio de 1963, apenas dois dias após a morte do Dr. Tozer. Ele foi, de certa forma, o seu discurso de despedida, pois expressava a preocupa­ção que ia em seu íntimo.

Cristo não só tem agora menos ou nenhuma autoridade, Ele tam­bém está perdendo cada vez mais a sua influência. Não diria que ela é inexistente, mas sim que é pequena e está diminuindo. Uma com­paração justa seria com a influência de Abraão Lincoln sobre o povo norte-americano. O honesto Abe continua sendo o ídolo do país. Seu rosto bondoso, austero, tão comum que chega a ser belo, aparece em toda parte. É fácil sentir os olhos cheios de lágrimas quando pensa­mos nele. As crianças crescem aprendendo histórias a respeito dseu amor. honestidade e humildade.

Mas depois de termos controlado nossas emoções, o que nos resta? Nada mais que um bom exemplo, o qual, à medida que re­trocede no passado se torna cada vez mais irreal e exerce uma influên­cia cada vez menor. Qualquer patife está disposto a vestir o casaco de Lincoln, preto e comprido. A luz fria dos fatos políticos nos Estados Unidos, o constante apelo a Lincoln por parte dos políticos não passa de uma piada cínica.

A soberania de Jesus não está de todo esquecida entre os cris­tãos. mas foi relegada ao hinário, onde toda responsabilidade em relação a ela pode ser confortavelmente descarregada num brilho de agradável emoção religiosa. No caso de ser ensinada como uma teo­ria na sala de aula, ela é raramente aplicada na vida diária. A idéia de que o Homem Cristo Jesus possui autoridade final e absoluta sobre toda a igreja e todos os seus membros cm cada detalhe de suas vidas é simplesmente posta de lado hoje como não sendo ver­dadeira pelos cristãos evangélicos de modo geral.

O que fazemos é o seguinte: aceitamos o cristianismo de nosso grupo como sendo idêntico ao de Cristo e seus apóstolos. As crenças, práticas, ética e atividades de nosso grupo são equacionadas com o cristianismo do Novo Testamento. O que quer que o grupo pense diga ou faça é bíblico, sem que façam perguntas. Presume-se que tudo que o Senhor nos pede é para ocupar-nos com todas as ativida­des do grupo; e, agindo assim, estamos cumprindo os mandamentos de Cristo.

No sentido de evitar a dura necessidade de obedecer ou rejeitar as claras instruções do Senhor no Novo Testamento, nos refugiamos na interpretação liberal das mesmas. A casuística não e propriedade exclusiva dos teólogos católico-romanos. Os evangélicos também sa­bem perfeitamente fugir das arestas aguçadas da obediência por meio de explicações sutis e complexas. Estas são feitas sob medida para a carne. Eles desculpam a desobediência, acomodam a carnalidade e neutralizam as palavras de Cristo. A essência de tudo é simplesmente que Cristo não poderia ter pretendido dizer o que disse. Seus ensi­nos, mesmo em teoria, são aceitos apenas depois de terem sido diluídos pela interpretação.

Cristo é porém consultado por um número cada vez maior de pessoas com “problemas” e buscado pelos que desejam paz de mente. Ele é largamente recomendado como uma espécie de psiquiatra espi­ritual com poderes notáveis para esclarecer os que estão confusos. Jesus é capaz de livrá-los de seus complexos de culpa e ajudá-los a evitar graves traumas psíquicos através de um ajuste suave e fácil à sociedade e a seu próprio id. Este Cristo estranho não tem natu­ralmente qualquer ligação com o Cristo do Novo Testamento. O ver­dadeiro Cristo é também Senhor, mas este Cristo tolerante não passa de um servo do povo um pouco mais graduado.

Suponho, todavia, que devo oferecer alguma prova concreta para apoiar minha acusação de que Cristo tem pouca ou nenhuma autori­dade hoje entre as igrejas. Vou fazer então algumas perguntas e a resposta às mesmas será a evidência.

Qual a diretoria da igreja que consulta as palavras do Senhor para decidir os assuntos em discussão? Quem estiver lendo isto e que já tenha feito parte de um quadro diretor, procure lembrar-se das vezes em que qualquer membro lesse as Escrituras para estabe­lecer um ponto, ou que qualquer presidente da reunião sugerisse aos irmãos que procurassem as instruções que o Senhor poderia dar-lhes num determinado assunto. As reuniões administrativas são geral­mente iniciadas com uma oração formal; depois disso o Cabeça da Igreja fica respeitosamente em silêncio enquanto os verdadeiros go­vernantes passam a agir. Quem quiser negar isto apresente evidência em contrário. Ficarei muito contente se isso acontecer.

Que comitê da Escola Dominica! pesquisa a Escritura pedindo orientação? Não é verdade que os membros invariavelmente julgam que sabem tudo o que precisam fazer e que o único problema é descobrir meios eficazes para pôr seu plano em prática? Planos, re­gras, “operações” e novas técnicas metodológicas absorvem todo o seu tempo e atenção. A oração antes da reunião é no sentido de pedir ajuda divina para seus planos. A idéia de que o Senhor possa ter algumas  instruções  para  dar-lhes  nem  sequer  lhes  cruza  a  mente.

Quem se lembra de um presidente de assembléia ter levado a Bíblia para a mesa com ele a fim de realmente usá-la? Minutas, re­gulamentos, regras da ordem, etc., sim. Os mandamentos sagrados do Senhor, não. Existe uma absoluta diferença entre o período devocional e a sessão de negócios. O primeiro não tem relação alguma com o segundo,

Qual a entidade missionária no estrangeiro que realmente bus­ca seguir a orientação do Senhor como provida pela sua Palavra e seu Espírito? Todas pensam que fazem isso, mas na verdade apenas presumem que seus objetivos são bíblicos e pedem a seguir auxílio para alcançá-los. Podem até mesmo orar a noite inteira a Deus, a fim de que seus empreendimentos tenham êxito, mas Cristo é dese­jado como ajudante e não como Senhor. Os recursos humanos são projetados para alcançar fins tidos como divinos, A seguir estes se transformam em regras fixas e daí por diante o Senhor não tem sequer o direito de votar a favor ou contra.

Na organização do culto público onde se acha a autoridade de Cristo? A verdade é que o Senhor raramente controla um ser­viço hoje em dia, e sua influência é bem insignificante. Cantamos a respeito dE!e e pregamos sobre Ele, mas não permitimos que Ele interfira; adoramos à nossa moda, e esta deve estar certa porque sempre fizemos isso. como as outras igrejas em nosso grupo.

Qual o cristão que vai diretamente ao Sermão do Monte ou outra passagem do Novo Testamento para obter uma resposta com autoridade ao enfrentar um problema moral? Quem aceita as pala­vras de Cristo como finais com relação à coleta, controle da natali­dade, criação dos filhos, hábitos pessoais, dízimo, diversões, vendas. compras, e outros  assuntos  importantes?

Qual a escola de teologia, a partir do instituto bíblico mais humilde, que continuaria a funcionar se fizesse Cristo Senhor de todos os seus regulamentos? Pode ser que haja alguma, e oro nesse sentido, mas creio estar certo quando digo que a maioria das escolas a fim de poderem manter-se são forçadas a adotar procedimentos que não encontram justificativa na Bíblia que professam ensinar. Vemo-nos então diante de uma estranha anomalia: a autoridade de Cristo é ignorada a fim de manter uma entidade que ensina entre outras coi­sas a autoridade de Cristo,

As causas que produziram o declínio da autoridade do Senhor são várias. Vou citar apenas duas.

Uma delas é o poder do costume, precedente e tradição nos grupos religiosos mais antigos. Como a lei da gravitação, essas coisas afetam cada elemento da prática religiosa dentro do grupo, exercen­do uma pressão firme e constante em uma direção. Essa direção. como é natural, é a da conformidade com o estado de coisas, o “status quo”. O costume e não Cristo é senhor nesta situação. E a mesma condição foi transmitida (talvez num grau um pouco menor) a outras igrejas, tais como os tabernáculos, as “holiness churches”. as igrejas pentecostais e fundamentais e as muitas igrejas indepen­dentes e não-denominacionais que se vêem por toda parte.

A segunda causa é o reavivamento do intelectualismo entre os “evangelicais”. Se posso julgar corretamente a situação, não se trata tanto de sede de aprender como do desejo de adquirir uma repu­tação de intelectual. Por causa disso, homens bons que deveriam ter-se apercebido da situação, estão sendo usados para colaborar com o inimigo. Vou explicar.

Nossa fé evangélica (que acredito ser a verdadeira fé possuída por Cristo e seus apóstolos) está sendo hoje atacada de muitas di­reções diferentes. No mundo ocidental o inimigo repudiou a violên­cia, ele não vem a nós com a espada e o porrete; vem agora sorrin­do, trazendo presentes. Eleva os olhos para o céu e jura que crê também na fé possuída por nossos pais, mas seu verdadeiro propó­sito é destruir essa fé, ou pelo menos modificá-la até o ponto de não mais conter o elemento sobrenatural que antes continha. Ele vem em nome da filosofia, psicologia ou antropologia, e com uma atitude mansa e razoável insiste em que repensemos a nossa posição histó­rica, que sejamos menos rígidos, mais tolerantes, mais compreensivos.

Ele fala no jargão sagrado das escolas e muitos de nossos evan­gélicos semi-educados correm para render-lhe culto. Ele atira diplomas acadêmicos aos filhos dos profetas, como Rockefeller fazia com os filhos dos camponeses. Os “evangelicais” que foram acusados, mais ou menos justamente, de não possuírem uma escolaridade de nível superior, agora procuram agarrar esses símbolos de posição com os olhos brilhando, e quando os obtêm mal conseguem crer na sua boa sorte.

Para o verdadeiro cristão, o teste supremo de tudo quanto se refere à religião é o lugar que o Senhor ocupa. Ele é Senhor ou símbolo? Acha-se no controle do projeto ou não passa de um simples ajudante? Decide as coisas ou apenas colabora na execução dos pla­nos de outros? Todas as atividades religiosas, desde o ato mais sim­ples de um único cristão até as operações cansativas e dispendiosas de toda uma denominação, podem ser testadas de acordo com a resposta dada à pergunta: Jesus Cristo é Senhor neste ato? O fato           de nossas obras provarem ser de madeira, palha e mato em lugar             de ouro, prata e pedras preciosas naquele grande dia, vai depender da resposta certa a essa pergunta.

Que fazer então? Cada um de nós deve decidir, e existem três escolhas possíveis. Uma delas é indignar-se e acusar-me de uma ati­tude irresponsável. Outra é concordar de maneira geral com o que escrevi, mas consolar-se com a idéia de que existem exceções e esta­mos entre estas. A terceira ê prostrar-se humildemente e confessar que entristecemos o Espírito e desonramos o Senhor, deixando de dar-lhe a posição que o Pai lhe conferiu como Cabeça e Senhor da Igreja.

A primeira e a segunda não farão senão confirmar o erro. Mas a terceira, se levada até a sua execução final, poderá remover a maldição. A decisão é nossa.

 A.W.Tozer

fonte: https://cristonasnacoes.wordpress.com/2015/08/18/a-autoridade-decrescente-de-cristo-nas-igrejas/

06 abril, 2024

ATUALIZAÇÃO DO BLOG

Amados irmãos (as), graça e paz!

Permitam-me usar este espaço para expor nesta breve nota algo que pesava em meu coração durante algum tempo e que agora o Senhor me concedeu graça de livrar-me dessa carga.

Refiro-me especificamente ao ‘desencargo de consciência’ por usar materiais de terceiros (livros/ebooks, artigos, hinos, mensagens etc…) publicando-os em nossos blogs e canais sem pedir a devida autorização àqueles que possuem e/ou reivindicam os direitos autorais de suas respectivas obras. Conquanto o Senhor nos tenha guardado de obter ganho material com isso (Graças a sua imensa bondade e misericórdia), durante algum tempo usamos a internet como um meio de divulgar e compartilhar esses materiais, não obstante o termos feito por ignorância às relativas constituições que regem esse contexto, pressupondo-se estar cooperando de alguma maneira como um meio de evangelismo e/ou pregação da Palavra - o Senhor sabe todas as coisas e conhece as intenções do coração. Após tomar conhecimento dessas leis que regulam os direitos autorais das múltiplas obras existentes nessa esfera virtual e também física, e realizando uma pesquisa rápida, mesmo tênue sobre essa questão, senti-me constrangido em meu íntimo em tomar a decisão de excluir todos esses registros dos nossos blogs e canais (salvo aquilo que temos recebido gratuitamente pela graça do Senhor e aquilo que alguns irmãos em Cristo liberalmente concedeu-nos a liberdade para divulgá-los livremente, ‘visando tão somente a glória de nosso bendito Deus’ - Que o Senhor recompense ricamente esses amados irmãos [as]. Desejamos respeitar a liberdade e o direito de cada um sem qualquer prejuízo alheio. Que o Senhor nos ajude!  

Embora aqui, através deste canal, não seja possível abranger a todos quantos desejaríamos que tomasse conhecimento desta nota, todavia, se porventura houver aqui, entre os irmãos (as) alguém que foi afetado de alguma maneira, direta ou indiretamente, no tocante a esse particular, peço-lhe o seu perdão, em nome do Senhor Jesus Cristo. Declaramos que já demos início ao processo de exclusão desses registros, embora possa levar ainda algum tempo para sua finalização pela grande quantidade de informações registradas ao longo do tempo. 

O que desejamos é - no resto do tempo aqui na terra - correr a carreira que nos está proposta desimpedidamente de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos segue de perto, avançando conforme a soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Claro que cremos que nossa conduta cristã aqui em nossa peregrinação tem grandes relevâncias e nossas obras praticadas serão avaliadas e terão implicações futuras em relação ao Reino milenar (cf. 2 Co 5:10). E acreditamos que, até mesmo essa questão de ‘direitos autorais’, se, de alguma forma, compromete a liberdade e avanço do Evangelho no tempo presente, será tratado pelo Senhor, se não agora, em Seu reino porvir, certamente. Que Deus nos ajude neste particular!

Amados, tendo isso em foco, que apliquemos a nós a seguinte exortação emitida através do apóstolo Paulo: 

“Não estou afirmando que já alcancei tudo isso (contexto), nem que atingi a perfeição. Mas continuo seguindo em frente, buscando atingir aquele objetivo para o qual Cristo Jesus me atingiu. Meus irmãos, mesmo agora não acho que já o atingi plenamente. Mas realmente concentro-me nisto: esqueço tudo o que fica para trás e, estendendo as mãos para o que está adiante, sigo em frente, rumo ao alvo - minha recompensa, a honra de meu sublime chamado de Deus em Cristo” - Meu desfrute agora e eternamente.” (Fp 3:12-14 - JBP).  Amém!

Sem mais delongas, agradeço-lhes profundamente por suportar-me até essa linha final. Que Deus vos abençoe! O Senhor seja convosco.

Pelos laços eternos do Calvário;

Vosso irmão e conservo no Senhor;

Levi Cândido


O Novo Homem Sob o Reinado da Graça

*A graça que reina pela justiça* “Primeiramente o pecado reinou sobre todos os homens e os levou à morte, mas agora reina em seu lugar a gra...