“Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.” (Hebreus 2:11-12)
À casa do Senhor convém a santidade (Salmo 93:5; 1Pe 1:15-16)
“E me farão um santuário, para que eu possa habitar (morar, cf.Jo 15:4) no meio deles.(Ex 25:8)
“Ali, virei aos filhos de Israel, para que, por minha glória, sejam santificados” (Ex 29:43)
“Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo.” (Lv 26:12)
Essa foi a promessa aos filhos de Israel, na dispensação da lei, mas agora cumprida na dispensação da graça (Jo 1:14), ao povo da nova aliança, a casa de Deus, “que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade.” (1 Tm 3:15)
“Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança.” (Hb 3:6)
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3:16)
*Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só*.
Jesus é o que santifica, nós somos os santificados. A razão por que Cristo tornou-se o líder de nossa salvação, a grande obra que fez por nós, o laço de união entre o Filho e os filhos de Deus, a prova de eles levarem sobre si Sua imagem e semelhança e a marca de sua real unidade é santidade.
A palavra "santo" é uma das palavras mais profundas nas Escrituras; significa muito mais do que "separado" ou "consagrado" para Deus. O Deus triúno é o Santo triúno: santidade é o mistério mais profundo de seu Ser, é a maravilhosa união de sua justiça e seu amor. Ser santo é estar em comunhão com Deus, ser possuído por ele. Portanto, o Espírito leva
especialmente o nome Santo porque ele é o portador do amor de Deus para nós, e sua obra especial é manter a comunhão divina. Jesus é o Santo de Deus, que nos torna santos ao encher-nos com seu Santo Espírito". A diferença entre Jesus e nós é grande - a unidade é ainda maior. Ele e nós viemos de Um só, juntos somos participantes da vida e da santidade de Deus. Apeguemo-nos com mais firmeza a tão grande salvação… Santificação, santidade, nada mais é do que uma vida em união com Jesus. Nada mais e nada menos. Aquele que santifica e os que são santificados, todos vêm de um só. Viver nessa unidade,
ter Jesus vivendo em nós, é o caminho para sermos santos…
União com Jesus pelo fato de ser nascido de Deus, por ser santo, em ser considerado por ele como Seu irmão! Que vida abençoada! Que salvação plena!...
Essa unidade é manifestada pelo fato de Jesus chamar-nos "irmão". "Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome".
O escritor mencionou nossa união interior com Jesus. Mas, que diferença na vida real, uma diferença tão profunda que o Senhor tem todas as razões para envergonhar-se de nós! Sim,
quão frequentemente seus santos o envergonharam diante de anjos e diante do mundo e lhe deram razão para envergonhar-se desse relacionamento! Mas - bendito seja o seu nome - o fato de ele ter-se tornado homem foi um ato de condescendência, originado no fato de ele saber de sua unidade conosco porque viemos de Um só; e teve sua força no amor de um irmão mais velho.” (ver Salmo 22:22; Isaías 8:17 e 18). Vemos que o Messias sofredor promete fazer conhecido o nome do Pai a seus irmãos. “Nesses textos, a comunhão de Jesus com todo o seu povo na vida de fé e confiança, bem como o lugar que ocupa na liderança daqueles que Deus lhe deu como filhos encontram expressão em tipos proféticos.
Que pensamentos maravilhosos! Nós, exatamente como Jesus, viemos de Deus! É sob a luz dessa verdade que Jesus olha para nós e nos ama e trata conosco! É sob a luz dessa verdade que devemos olhar para Jesus e amá-lo e relacionar-nos com ele. Devemos olhar para nós mesmos também sob a luz dessa verdade. Esta é a vida de fé: ver Jesus e a nós mesmos como ele nos vê, pensar como ele pensa, viver em seu coração.
Então será cumprida a promessa: "A meus irmãos declararei o teu nome"; "para que o amor com que me amaste esteja neles". À medida que nos inclinamos diante dele em humilde silêncio e aguardamos, a alma o ouvirá dizer: "Meu irmão, deixa-me revelar-te o Pai". O nome e o amor e a proximidade ao Pai são revestidos de novo significado quando eu posso afirmar: Jesus me chama irmão! Deus falou comigo em seu Filho!
Então entenderei que, para a fé, a incompreensível realidade da unidade com Jesus torna-se a experiência abençoada e consciente da alma em seu dia a dia.*
(*Andrew Murray)
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