Espírito Santo 6 - Romeu Bornelli

Irmãos. Vamos ler em Romanos cap. 8, versículo 1. Romanos 8:1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. 3 Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, 4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. 5 Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. 6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. 9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. 10 ¶ Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. 11 Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita. 12 Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. 13 Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. 14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. 16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 ¶ Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. 18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. 19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, 21 na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. 23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. 24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. 26 ¶ Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos. 28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 ¶ Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Irmãos. O capítulo 8 de Romanos, ele é a menção mais completa do Novo Testamento sobre o assunto do Espírito. Observe novamente aí na sua Bíblia que nós lemos 30 versos do cap 8 de Romanos. Desses 30 versos, 13 deles fazem referência ao Espírito Santo.13 de 30, é uma percentagem enorme, quase metade e dentre os trinta novamente, dezoito vezes aparece a palavra Espírito, se referindo ao Espírito de Deus, já que em uma ocasião aparece também a palavra Espírito se referindo ao nosso Espírito. O Espírito de Deus testifica com o nosso Espírito, que nós somos filhos de Deus. São dezoito vezes a palavra Espírito com letra maiúscula, embora, aí na sua Bíblia no seu versículo 15, recebeste o espírito de adoção, está em letras minúscula. Espírito de adoção. Isso é um erro, porque o Espírito de adoção, é o Espírito Santo. Não existe Espírito de adoção com letras minúsculas. Esse Espírito é referência ao Espírito Santo. Ele é o Espírito de adoção, que nós recebemos e que vivificou o nosso espírito e então essa expressão deveria estar em letra maiúscula, como está no original. Então são dezoito vezes a palavra Espírito Santo, ou Espírito de adoção, como está aí, termo que se refere ao Espírito Santo. Trinta versos, dezoito vezes. Veja que grande conteúdo. Então essa é uma menção bastante exaustiva sobre esse assunto Espírito Santo. Então nós vamos estudar um pouco este texto hoje e se o Senhor permitir em uma outra reunião, depois do final da semana, nós vamos compartilhar um pouquinho a respeito de avivamento espiritual, como eu disse para os irmãos que faríamos. Hoje então, nós vamos estudar possivelmente este último texto, digamos que doutrinário sobre esse assunto Espírito Santo, muito importante. Deixei esse texto para o final, propositalmente porque ele poderia ser estudado logo no início, porque é um texto cheio de conteúdo sobre esse assunto, vejam pelo próprio número de menções como eu já citei aqui. Dezoito vezes: Espírito, Espírito e Espírito. Tudo o que é que o Espírito faz. Irmão, no versículo 2 desse cap. 8, vá observando na sua Bíblia, já existe uma primeira menção importante a respeito de algo imensamente gracioso, da parte de Deus, dado a nós, com relação a essa ação do Espírito Santo. Veja que o verso 2 diz assim: A lei do Espírito da vida. Que expressão linda irmãos. Eu acho que talvez a melhor forma de ilustrar seja usando uma figura simples. Existem algumas leis que só podem ser contrariadas por outra lei. Elas não podem ser revogadas. Elas só podem ser contrariadas por outra lei, por exemplo, a lei da gravidade. Ela não pode ser revogada dentro da atmosfera terrestre. Tem que sair dela para você deixar de experimentar a gravidade. Mas a lei da gravidade pode ser superada, não revogada. Ela vai continuar agindo todo o tempo, vinte e quatro horas por dia, enquanto estivermos nessa atmosfera, mas ela pode ser contrariada por uma lei que de alguma forma possa superá-la. Então, por exemplo, o uso correto de uma outra lei da física, chamada lei da aerodinâmica, ela pode contrariar a da gravidade, não revogá-la, mas sobrepujá-la e por isso é claro que o avião pode sair do chão, com todo aquele peso, por causa de outra, a lei da aerodinâmica. Não anula a da gravidade, mas faz com que a lei da gravidade possa ser sobrepujada por uma lei maior, uma lei que a supere. Não é claro isso no mundo físico? A lei da aerodinâmica supera a lei da gravidade. Nenhum avião voaria sem a lei da aerodinâmica. Irmão, o que é que está dizendo no versículo 2 de Romanos 8? Exatamente isso. Duas leis. (2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.) A primeira vamos colocar como a lei aerodinâmica espiritual. Aí diz: A Lei do Espírito da vida. Veja essa expressão, Espírito da vida. Um pássaro, ele também, sobrepuja a lei da gravidade, não é? Se um pássaro estiver voando e morrer ele cai, mas enquanto ele tem vida, a vida inerente ao pássaro, faz com que ele também sobrepuje a lei da gravidade. Pode elevar o seu peso para cima. Nós não podemos fazer isso. O pássaro pode, não é assim? Então veja o que esse versículo dois está dizendo. Exatamente isso. Na segunda expressão desse versículo 2 fala sobre uma outra lei: lei do pecado e da morte. Veja que ela não pode ser anulada. Veja que ela vai permanecer conosco durante toda a nossa vida terrena. Paulo fala, olhe para cima um pouquinho no contexto, para quem saiba nós possamos entender melhor esse assunto tão importante. Olhe o versículo 22 do cap 7. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; O que a Bíblia chama de homem interior, é o nosso Espírito, é o que o versículo 15 do cap. 8 diz: o Espírito de Deus testifica com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus. Então essa palavra homem interior, ela é nada mais nada menos do que o nosso espírito. Então Paulo está dizendo, no tocante ao homem interior, ao meu espírito, eu tenho prazer na lei de Deus. Então essa é uma lei. Agora olhe o verso 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Mas vejo. Agora onde? Não no meu espírito, no meu homem interior, mas onde? Nos meus membros. Vejo o quê? Uma outra lei que guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Lei do pecado, no verso 23 do cap 7, a mesma que foi mencionada no cap. 8, versículo 2, acrescida da palavra morte, porque essas duas verdades são correspondentes. O salário do pecado é a morte. O pecado reinou pela morte, como Paulo falou em Romanos aí várias vezes. Então a lei do pecado e da morte, contra a lei do meu homem interior. Então veja a guerra, como Paulo usou a palavra. Guerra. Vejo outra lei guerreando. Então irmão, que assunto importante nós estamos tocando aqui, porque nesses dois mil anos de história da igreja, há muita coisa confusa foi falada sobre esse assunto, como eu até já mencionei, de leve, algumas coisas para os irmãos. Algumas pessoas pregaram, por exemplo, uma doutrina em que se dizia que na medida em que aquele que já nasceu de novo, aquele que já conhece o Senhor então, não o ímpio, não aquele que não conhece o Senhor Jesus como o seu pessoal Salvador, mas aquele que já nasceu de novo então, o Espírito Santo habita nele, na medida em que ele for desenvolvendo a sua salvação, o pecado vai ser erradicado da sua natureza, e isso não é um ensino Bíblico correto realmente, porque a Bíblia não ensina a erradicação do pecado. Esse é um dos versos que deixa muito claro. A lei do pecado e da morte, está na nossa carne. O que é nascido da carne é carne e vai permanecer carne, ou como que o Senhor trabalha em nós, nesse assunto de santificação, depois que nós nascemos de novo, Ele vai nos ensinar, na medida em que andamos em comunhão com Ele, a experimentar o poder, da Sua vida, do Senhor Jesus, ressurrecta. É o que a Bíblia chama de Lei do Espírito da vida. Se você quiser um outro nome para a Lei do Espírito da vida, pode dar esse nome. Você vai estar sendo profundamente bíblico. Lei do Espírito da vida, é o poder do Cristo ressurrecto vivendo em nós. Paulo em Gálatas 2 ele disse: Gálatas 2:20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. O quê que é Cristo vive em mim? É esse operar da Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus, como ele fala nesse capítulo. Em Gálatas ele usa uma outra fórmula para dizer que é a mesma coisa. Gálatas 5, quando ele fala assim: Gálatas 5:16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Os irmãos estão vendo? Os termos são todos os mesmos, paralelos. Lei do Espírito da vida, ou o próprio espírito, singular. Andar no Espírito, ou o poder da vida ressurrecta de Cristo em nós. É tudo a mesma coisa. Quem vem habitar em nós é o Espírito Santo. Esse habitar dele em nós, faz com que: agora vai entrar um “SE”, porque é condicional mesmo. Depende de algo, depende de um responder seu. A ação não é iniciada por você. Nem por você crente. E muito menos por aquele que não conhece o Senhor. Não é? A ação é sempre iniciada pelo Espírito Santo, mas de alguma forma, inexplicável sim, misteriosa, há um responder do nosso coração, como o livro de Hebreus diz: Hoje, como diz o Espírito Santo, hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vossos corações. Então há uma resposta nossa à graça. Mas a ação é sempre Dele, sempre é de Deus. Quando nós respondemos, o que é que nós experimentamos? O poder da vida ressurrecta de Cristo. A vitória Dele em nós. Quando nós não respondemos a essa convicção interior, esse falar do Espírito, o que João chama na epístola dele de “ensino da unção”. Lembra? 1ª João 2? A unção que Dele recebeste permanece em vós. Que unção é essa? O Espírito. Que unção é essa? É a própria pessoa de Cristo, pelo Espírito Dele, o Espírito de Cristo, que é o Espírito Santo, que é o mesmo Espírito, vivendo em nós. A unção, o Espírito, a lei do Espírito, Cristo em nós, é tudo a mesma coisa, com ênfase de colocações diferentes. Então se nós respondemos a esse ensino da unção, a esse testificar, a esse convencer do pecado, a essa direção interior, a essa intuição: “olhe não faça assim, não fale assim, reveja isso que você fez, disso que você falou, volte atrás nisso, peça perdão naquilo, e etc, tudo isso é ministério do Espírito. Graças a Deus, porque se dependesse de nós, como Paulo falou no cap 7, verso 24, “desventurado homem que eu sou”. Esse somos nós. Desventurado homem que eu sou. Sem esperança. Não é? Imagine irmão, se esse relato dessa tão gloriosa salvação de Deus, que Paulo registra em Romanos, acabasse aqui. Os irmãos já pensaram? Lá no comecinho, ele diz que nós já fomos justificados. Ser justificados é uma posição, é algo objetivo. Depois ele vai para o cap. 5 e 6, ele mostra que aqueles que estavam em Adão, eles foram colocados em Cristo, em união com Cristo, porque creram Nele, vivem em união com Ele, e isso também é muito maravilhoso, mas ainda é uma posição. Imagine se ela entrasse do cap. 6 para 7, e falasse sobre a lei e terminasse o livro de Romanos assim, no versículo 24 do cap. 7. Que coisa terrível. Nós íamos saber que nós fomos justificados, graças a Deus, nós íamos saber que nós estamos em Cristo, graças a Deus também, não vamos para o inferno, mas será que Salvação é só isso? Será que é só ser justificado e ponto final? Será que é só não ir para o inferno e ponto final? Será que é só estar em Cristo e ponto final? É muito mais do que isso. É estando em Cristo, tendo sido justificados em Cristo, poder ter Cristo em nós, e isso é o que cap. 8 de Romanos faz. Capítulo 8 de Romanos vai mudar o foco. Até o cap. 7, Paulo está enfocando o nós em Cristo. Nós em Cristo. O que Cristo fez. No oito ele vai começar a mostrar a verdade do lado contrário. Cristo em nós. Cristo em nós. Então ele termina o cap. 7 dizendo: Desventurado homem que eu sou, porque há uma lei nos meus membros, lei do pecado, que guerreia, contra a lei do meu homem interior. Ele chama aí de Lei na minha mente. Seu espírito que edificava a sua mente, tinha então uma lei, e agora os seus membros uma outra lei que o arrastava para fora desse eixo. Então Paulo falou dessa guerra e disse: que estado miserável é esse? Que estado miserável é esse? Esse estado de guerra contínua. Mas ele não parou aí. Ele prossegue imediatamente no verso 25 do cap. 7, que forma o contexto para o cap. 8. Olhe o que ele fala no verso 25: Se a história fosse miserável, no que concerne à salvação do Senhor, e acabasse no versículo 24, Paulo não poderia começar o vinte e cinco com graça. Graça pelo quê? Graça porque nós somos miseráveis? Graça porque nós somos desventurados? Graça porque nós vamos ficar guerreando a vida inteira? Não. Graça a Deus porque, por Jesus Cristo, embora a lei do pecado e da morte, continue atuando nos nossos membros, nós podemos ter e temos uma outra lei, - agora voltando na ilustração do avião ou do pássaro - nós temos em nós uma outra lei que não faz com que a primeira seja anulada. A primeira continua, operando na sua carne. Se você andar segundo a carne, você caminha para a morte, como Paulo fala aqui, pois o pendor da carne dá para a morte, versículo 6. O pendor da carne dá para a morte: é para nós, cristãos, nós que já nascemos de novo. Então essa lei do pecado e da morte, continua operando. Onde? Na carne. A lei do pecado e da morte opera na carne. O que é que é carne? Natureza humana pecaminosa. Carne é aquilo que nós somos desde o bercinho. Isso é carne. Rebelde, intolerantes, egoístas, birrentos, desobedientes, não é? E toda conseqüência do pecado. Angustiados. Aquele senso de perda de algo, frustração. Andamos, andamos e andamos e nunca chegamos a nada. Esse é o homem natural, desventurado. Isso é o que a Bíblia chama de carne. Esses são todos os homens que nasceram de mulher, todos filhos de Adão. Mas quando nós então, pela graças de Deus, somos colocados em Cristo pela fé, em união com Cristo, nós nascemos de novo. Não é reforma da carne. É Novo Nascimento, porque o nascido da carne é carne - Senhor falou para Nicodemos - mas, o que é nascido do Espírito é espírito. Não se admire de Eu te dizer: Nicodemos, o que importa é nascer de novo. Você não precisa apenas me ouvir como se eu fosse o mestre dos mestres. Nicodemos falou assim com o Senhor. Mestre, Rabi. Sabemos que és mestre em Israel. Ninguém pode fazer essas coisas que o Senhor faz se Deus não estiver com Ele. Você vê que a opinião que Nicodemos teve sobre Jesus muitos tem hoje em dia? “Jesus, ninguém pode ser colocado do lado Dele. Ele é singular. O Mestre dos Mestres” Irmão. Saiba que você vai para o inferno com essa convicção. Isso não vai te salvar em nada, porque a única convicção que salva é a respeito da vida do Filho de Deus, o Senhor Jesus, no que Ele é, sendo Filho de Deus, não Mestre de mestres, não o maior dos instrutores, o mais iluminado. Era isso o que Nicodemos disse. “És um Mestre vindo de Deus”. Nosso Senhor falou. Olha Nicodemos. Vamos esquecer essa história de mestre. Você não pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. Você não pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. Deixe para lá essa história de mestre, porque te importa nascer de novo. Então irmão, veja que ênfase preciosa esse capítulo 8 de Romanos vai nos dar. Ela vai nos ensinar, aos que nasceram de novo - esse ensino não é para o mundo e sim para a igreja - vai ensinar para os que nasceram de novo, como é que eles podem viver, triunfantemente. Como que eles podem viver triunfantemente? Será que nós nascendo de novo vamos continuar sendo os mesmos velhos? Pensando da mesma maneira velha, vivendo de uma maneira velha, os velhos hábitos, não é? Os velhos temores, as velhas frustrações, as velhas angústias. Alguns irmãos têm problema com relação a isso. Nem as angústias não mudam, porque nossa vida não cresce em Cristo. Pelo menos deveria mudar, ir para uma angústia nova. Mas às vezes nem as angústias não mudam, porque a nossa vida não desenvolve em Cristo. Nós estamos sempre no mesmo nível. Então irmãos, o cap. 8 de Romanos fala de vida triunfante, aqueles que já estão em Cristo, aqueles que estão na guerra, porque na sua carne opera uma lei que os arrasta para fora, lei do pecado e da morte, MAS, tem esse mas aí muito tremendo que é todo o assunto do cap. 8, os trinta versículos, esse MAS, é que há uma outra lei, há uma outra lei que é como a aerodinâmica, fazendo com que a lei do pecado e da morte não seja anulada mas seja contrariada, e essa outra lei possa vencer a lei do pecado e da morte. Como e por que ela pode vencer? Por que a lei do Espírito da Vida em Cristo pode vencer a lei do pecado e da morte? Porque Cristo se fez pecado por nós. Não comece com o Espírito. Comece com Cristo. Coríntios diz assim: 2 Coríntios 5:21 Aquele (Jesus) que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. Então porque Cristo foi feito pecado por nós a lei do pecado e da morte foi quebrada. Ela pode ser superada agora, pelo Espírito de Cristo que habita em nós, o mesmo Cristo que morreu na cruz. O irmão vê que não é uma coisa mística? O irmão vê com que cuidado a gente precisa abordar essa doutrina? Não está dizendo que o Espírito Santo é um Espírito tão poderoso que é capaz de operar qualquer vida e é capaz de levar essa vida a superar a lei do pecado. Não. Não é nada disso. Está dizendo que o Espírito Santo está aplicando em nós tudo o que o Filho de Deus fez, e que no Espírito Santo não poderia aplicar anda em nós se Cristo não tivesse feito tudo o que Ele fez. Então, porque que a lei do Espírito da vida, pode nos levar a uma vida triunfante? Porque a lei do pecado e da morte foi quebrada pelo Senhor Jesus na cruz. Aquele que não conheceu pecado Deus o fez pecado. O irmão vê? O Senhor falou exatamente isso sobre o Espírito Santo, que ele iria habitar - João 14, 15 e 16 que nós já estudamos - que Ele viria habitar na igreja, nos discípulos, que iria levá-los ao conhecimento de toda a verdade, que iria falar sobre Cristo - Ele me glorificará - não é? Ele iria falar sobre tudo o que Cristo fez. O ensino do Espírito tem o foco em Cristo. O Espírito Santo não é o Espírito do misticismo, Espírito da extravagância. Ele é o Espírito que revela Jesus, e só, porque nós não precisamos de nada mais do que conhecer o Senhor Jesus. Mais, mais e mais. As riquezas insondáveis de Cristo. Então irmão, você vê que tem tanto assunto nesses trinta versículos que nós precisávamos não é de um dia aqui não, e sim de um mês, mas eu quero colocar mais uma coisa sobre esse versículo 2 e depois você, por favor medite nesses trinta versículos de Romanos 8. Leia várias vezes e marque aí quais os itens a respeito do ministério do Espírito, o que é que o Espírito faz em nós, e você vai ver quantas verdades em trinta versículos em dezoito menções. O Espírito que nos glorifica, o Espírito que intercede, que geme e etc e etc. Muita verdade nesses trinta versículos todos sobre o Espírito Santo. Mas eu queria ficar em um foco aqui, para que não seja diluído demais e você não leve nada para casa. Queria que você levasse, mesmo que poucas sementes, mas concretas. Então pense comigo. Como é que você prega o Evangelho? Como? Quando você por exemplo, você convida pessoas para virem à uma reunião da igreja, qual é, o que é que você pensa sobre isso? Ou quando você conversa lá no bar, com alguém sobre o Evangelho, como é que você prega? Você prega que ele precisa melhorar, que ele está sofrendo muito, que ele precisa levar uma ajuda. Você acha que o Evangelho é ajuda? Você acha que o Evangelho é reforma? É melhora? Irmão. Se você quiser ter mais poder na pregação do Evangelho, pregue a nulidade do velho homem, pregue a falência do homem natural e aí você estará pregando o Evangelho de Cristo. Pregue que aquela pessoa que você está conversando, que o Senhor te deu aquela oportunidade, que se abriu com você, tem mostrado o seu coração para você, é uma pessoa i r r e m e d i á v e l m e n t e perdida. Não fique falando com ela que ela já tem uma bagagem, que ela está quase lá, está quase chegando, faltando pouco, apenas um empurrão. Quem sabe que se ela for a uma reunião da igreja um milagre vai acontecer. Mostre para ela que ela está i r r e m e d i á v e l m e n t e perdida, porque a lei do pecado e da morte é uma lei e lei não pode ser mudada. A única chance dessa pessoa é ela nascer de novo. Quem não nascer de novo não pode ver o Reino. Eu digo isso porque você sabe muito bem, tanto quanto teu, que auto ajuda está na moda hoje. Irmão. O que é que significa auto-ajuda? Significa você ajudar a você mesmo. Mas auto ajuda é o contrário da ajuda do Espírito. Então você deve tomar muito cuidado nesse caminho da auto-ajuda. Está cheio de best-sellers sobre auto-ajuda nas livrarias evangélicas. Tome cuidado, porque a esmagadora maioria vai falar para você como é que o seu ego pode funcionar melhor, enquanto a Bíblia diz que o seu ego tem que morrer. Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, suas paixões, concupiscências. O processo do Senhor é matar o ego. Não é incentivá-lo. O Senhor usa as provações, as aflições, os temores, as angústias, as frustrações porque Ele quer sufocar o ego, porque Ele sabe que o nosso Velho Homem está clamando por ressuscitar, por viver de novo, e vamos lá, e vamos tentar. Mais um voto, mais uma promessa. Agora vai dar certo. Então o cap. 7 e 8 de Romanos, se você conhece bem o cap. 7 de Romanos, você vai terminar no verso 24: desventurado, sem esperança. Irmão, não fuja dessa linha. Se você pregar o Evangelho de outra maneira, você vai produzir convencidos. Mas não convertidos. Convencidos. Convencidos de que Jesus é isso, de que Jesus é aquilo, de que Jesus é mais aquilo. Muito convencidos, mas não convertidos. Não aqueles que viram quem realmente são, sua falência, sua nulidade, sua miséria. Você não vai produzir adoradores para esse Evangelho misturado, porque eles vão adorar quem? Eles vão adorar a si mesmos, porque eles se ajudaram, eles deram o passo, eles descobriram o caminho ou modo, não é? Eles descobriram quais são os passos que devem ser dados. Então tome cuidado irmão, porque o cap. 8 de Romanos vem colocar um machado na raiz da árvore e vem dizer que na nossa carne só opera uma lei: a lei do pecado e da morte, que não pode ser anulada. Só há uma maneira de não andar segundo ela, tendo uma outra lei, a Lei do Espírito da Vida. Como é que nós podemos tê-la? Em Cristo Jesus. Então se essa pessoa não estiver em Cristo Jesus, ela não tem a Lei do Espírito da vida. Ela pode ter instrução, ela conhece a Bíblia, sabe que o Evangelho é isso, que Jesus, que Maria, que a encarnação, a Trindade, mas ela não tem a lei do Espírito da vida operando nela. Ela pode até ensinar a outros, mas não sabe o que está falando. E não tem poder para viver essa vida de verdade: fruto de arrependimento, vida de serviço, um trabalho constante do Espírito de Deus na mente, nos corações, nas emoções. Isso é prova de Novo Nascimento. Não é? Então irmão, a primeira coisa que eu queria colocar é a tão importante, e principalmente nos nossos dias, nós não estamos vivendo a cem anos atrás. A cem anos atrás não precisa se colocar as coisas assim, mas hoje precisamos. Hoje precisamos porque há um outro Evangelho. Tenho falado tanto isso aqui. Um Evangelho sem cruz e sem sangue. Um Evangelho que não precisa de encarnação e nem de morte. É um Evangelho que diz que Deus quer ajudar pessoas e as pessoas precisam de Deus para ajudar. Isso é uma pregação espúria, porque isso não é o Evangelho. Evangelho diz que Deus realizou uma obra por meio de seu Filho naquela cruz, que fez com que as pessoas vissem que elas são ineptas, completamente inadequadas, e que só podem ser salvas por ver o Cordeiro, contemplá-lo, se entregar a Ele. Isso é fé na Bíblia. Entrega. E u n ã o p o s s o. Isso é salvação. E u n ã o t e n h o. Isso é salvação. E u n a o m e a r r u m o. Isso é salvação. Mas é claro que não é só esse passo. É vendo Cristo. Então você se lança sobre Ele. Eu não me arrumo. Senhor, obrigado pela Tua salvação. Senhor, eu não posso. Mas poder o quê? O Senhor já fez tudo. Então irmão, esse é o único Evangelho. Não há outra alternativa para o Evangelho. Não tente ajudar as pessoas com a Bíblia, com o Evangelho de incentivo do ego. Mostre para as pessoas que elas estão perdidas, condenadas. Só há uma esperança, Paulo fala em Efésios. Sem esperança e sem Deus no mundo, mas Cristo derrubou aquele muro de separação e Ele é a nossa paz. Ele reconciliou tanto judeus quanto gentios, em um só corpo com Deus. Ele, Ele e Ele. Não é você e uma maneira nova, uma técnica nova, um passo novo, uma coisa qualquer, um livro novo, uma ajuda nova. Não . Não é. Cuidado com esse Evangelho entre aspas. Esse não é o Evangelho. O cap. 8 deixa isso tão claro. Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte. O versículo 3 só vai lançar mais luz nesse assunto. Tão lindo esse versículo, não é irmão? O que fora impossível para a lei, usando as palavras de Hebreus agora, lá no cap. 9, também fala sobre a lei. O início do 10 também. O autor de Hebreus, o mesmo Espírito, o Espírito Santo, diz assim: Hebreus 7:19 (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus. É a resposta de para esse Versículo 3 de Romanos 8. O que é que foi impossível para a lei, salvar o homem? Aperfeiçoar o homem. A lei moral de Deus: não matarás, não cobiçaras, não dirás falso testemunho, amarás o Senhor teu Deus de todo o seu coração, amarás o teu próximo como a ti mesmo. Você pode? Você podia? Então diz assim: Impossível para a lei, porque a lei fazia as ordenanças, mas ela não gerava poder interior para fazer nada. A lei é como o marido exigente de uma mulher falida. Nós somos a mulher falida e a lei é o marido exigente. “Vamos lá mulher!!!”. E a mulher está lá desesperada o dia inteiro, fazendo das tripas o coração, para agradar a esse miserável. Não é? E ela não consegue agradar, porque a Lei é perfeita. Já pensou viver com uma pessoa perfeita? Que coisa terrível!! Não é? Porque nós somos imperfeitos. Então Romanos 7 diz que a lei de Deus é boa, a Lei de Deus é espiritual, a Lei de Deus é santa e a lei de Deus é justa. São quatro palavras. Está no cap. 7. Significa que a lei de Deus é perfeita, e é o nosso marido. Que marido terrível. Nós estávamos casados com ele. Porque essa lei foi dada por Deus, por meio de Moisés. Ou obedecemos ou morremos. Que chance que nós temos? Nenhuma. Irmão. Esse é o ensino de Paulo no livro inteiro de Romanos. Paulo fala isso do começo ao fim. Paulo fala assim: Vocês judeus, acham que tem alguma vantagem sobre os gentios? Se nós formos analisar mais nua e cruamente, vocês estão em um estado pior do que os gentios. Porque os gentios não tem lei, e vocês tem lei. Então, quando vocês que tem lei, procedem contrariamente à lei, vocês mostram o quanto vocês são malditos, porque vocês não tem capacidade de obedecer a lei. Homem nenhum tem. É o que Paulo fala em Romanos irmão. Será que esse é o nosso Evangelho? Você vê que esse é o Evangelho da graça, você vê que esse é o único Evangelho que salva, e se você não pregar esse Evangelho, não há outro Evangelho. Então irmão, esse é o marido, terrível, perfeito, exigente. Você não podia falar: Você exige tudo de mim, mas você também não faz o que você manda. Não. Porque ele é impecável esse marido. Irrepreensível. Ele é perfeito, e ai de nós, porque nós estamos casados com ele. Esse é o ensino de Paulo em Romanos 7. Início do cap. 7. Você quer ver que lindo? O início do cap. 7, que ver que lindo? Olhe lá. Romanos 7:1 Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Preste atenção. A lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Agora ele entra com a analogia, analogia do casamento. A lei é o marido, como eu falei, e nós somos a mulher. Olhem lá a analogia no versículo 2. 2 Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. Mas que marido terrível esse que é a lei, porque esse marido não morre nunca: é a lei de Deus, é lei eterna. Casar com um marido perfeito já seria um inferno. Marido perfeito não morre, é um inferno terrível. Um marido perfeito e eterno: a lei. “Vamos lá gente. Vamos lá. Quem sabe vocês conseguem?” E nos desesperados, e não conseguimos, e quanto mais tentamos fazer, mais condenados ficamos e quanto mais a lei diz: Não cobiçarás, mais eu cobiço. E me desespero. Desventurado homem que eu sou. Então Paulo está falando que essa é a nossa história, inicial, natural, antes de termos Cristo. Não é? Então ele diz assim: 2 Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer (quem morrer aqui? O marido), desobrigada ficará da lei conjugal. Se o marido morrer ela ficou desabrigada da lei conjugal. Está certo isso? Ela ficou viúva. Mas qual que é o problema com relação à lei? A lei não morre. A lei é a lei de Deus, é eterna. O que é que nós vamos fazer? O que é que foi feito irmão. Esse texto fala. Adianta aí um pouquinho, se você conhece. Nós é que morrermos. Nós é que deixamos a nossa lei, o nosso marido, viúvo. Nós é que morrermos. A lei não morre. Quando é que nós morremos? Se você voltar um capítulo, Romanos 6, Paulo fala o quê? Foi crucificado com Cristo o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja tornado sem efeito. Está vendo o que é que Deus fez? Deus nos colocou em Cristo. Em Cristo se nós já estamos mortos, essa é uma verdade em Cristo e na medida em que andamos segundo o Espírito, nós experimentamos o poder da sua morte. Lembra que Paulo fala isso em Filipenses? Para experimentar o poder da sua morte e o poder da sua ressurreição. Comunhão no seu sofrimento, conformando-me com Ele na sua morte. Lembra que ele fala isso? (Filipenses 3:10 para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;) Porque a morte de Jesus, foi uma morte inclusiva. A morte Dele, intrinsecamente falando não era Dele, porque Ele não tem pecado e se Ele não tem pecado Ele não pode morrer. Ele não tem dívida nenhuma com relação à morte. Ele é santo. Ele morreu a nossa morte. A morte de Cristo é inclusiva e por isso que Paulo ensina em Romanos 6. Ele fala: Vocês não sabem que quando vocês foram batizados em Cristo Jesus foram batizados na sua morte? Foram sepultados com ele na morte pelo batismo? Para que assim como Cristo ressuscitou dentre os mortos, você andem em nova vida, em novidade de vida. Viu? Esse é o segredo. Pela morte de Cristo nós morremos para o velho homem, e nós morremos para a lei. As duas coisas. São coisas diferentes. Mas, congruentes. Morremos par ao velho homem, ele não tem mais domínio sobre nós, e morremos para a lei. A lei de Deus não faz mais exigências para nós, para nós sermos justificados por ela. Esse marido já era. Não porque ele morreu, mas porque nós morremos e agora aquela aliança com o primeiro marido foi quebrada, pela morte. Nós morremos, ele ficou viúvo, mas agora nós estamos unidos a outro marido. O primeiro marido era a lei, terrível. O segundo marido é Cristo. Não faz exigências menores do que a lei, porque a lei é um reflexo dele mesmo, mas as exigências dele são tão grandes quanto as da lei, e até maiores. Se você ler o Sermão do Monte, você vai ver quais são as exigências de Cristo. Sabe qual a diferença entre Cristo e a lei? A lei exige e nada dá, e nada faz. Cristo exige e Ele mesmo cumpre em nós. Andai no Espírito e jamais satisfareis a concupiscência da carne. Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim, para satisfazer as exigências que Ele mesmo faz. Então não é legalismo, então não é religião, então não é um caminho de penitências para tentar andar por obras, agradar a Deus por obra. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Sem mim, nada podeis fazer. Não foi o que o Senhor falou? (João 15:5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.) Irmão, você vê como que esse Evangelho da graça é da graça mesmo? Não é meia graça não. E nem da graça sem graça? É o Evangelho da graça. É uma graça total. É graça para justificação, é graça para santificação. A mesma graça. Não é justificação pela graça e santificação pelas obras. Não. É pela graça também. É pelo Espírito também, é por habitar em Cristo também. Só por Ele. Esse é o ensino de Paulo em Romanos 8. A lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus - e é só assim, a única maneira - te livrou do pecado e da morte. Então, os irmãos vejam que o Evangelho tem caráter radical. E é tão importante que eu e você compreendamos, você não acha? Quanto da sua história com o Senhor até hoje, quem sabe, foi passada em aflição, em sofrimento, em promessa, em votos. “Agora vai dar.... Senhor me ajude. Me ajude que eu consigo” Não é? Mas quão importante é nós chegarmos a essa plena convicção que: “eu de mim mesmo”, como Paulo disse, “nada sou”. Mas, Cristo é tudo. Ele fala em Colossenses. Então esse em o foco desse versículo 2. o que foi impossível para a lei nos salvar. É o marido velho. Olhe lá no cap. 7, onde nós estávamos lendo 7. Então está dizendo no versículo 2 que se o marido morrer a mulher fica desobrigada, mas esse marido - que é a lei - é eterno não morre, e então o verso 3 diz: 3 De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias. Você vê que até aqui a ênfase da morte está sendo dada ao marido. Se morrer o marido....já falou duas vezes aí. Agora, olhe agora o versículo 4 o que é que fala. Não é o marido que morreu. Paulo está dizendo: 4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes. Importante essa palavrinha aí. O marido continua vivo, mas nós morremos. Vós morrestes relativamente à lei. Significa: vocês morreram com relação à necessidade de ter que cumprir a lei para ser aceito por Deus. Vocês morreram relativamente à lei. Você foram aceitos pela graça, por meio da fé, porque Cristo cumpriu a lei por vocês, e vocês foram unidos a Ele. Então, vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo para pertencer a outro. Você está vendo que o marido continua vivo? Tanto o primeiro quanto o segundo? Quem morre é o vós. Paulo está falando: é a igreja. Não é? A mulher e não o marido. Vós morrestes, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro. Quem será que é esse outro? Ele vai dizer aí. A saber: Aquele que ressuscitou dentre os mortos. Quem é que é esse? Cristo. E deste modo, de que modo? Pertencendo a Cristo, frutifiquemos para Deus. A única maneira de nós frutificarmos para Deus, em outras palavras, agradarmos a Deus, fruto é isso, fruto serve para comer, para se deliciar, frutificar para Deus é agradar a Deus, a única maneira de nós darmos fruto para Deus é pertencer a Cristo. Quem pertence a lei, desonra a Deus. Por que é que Jesus foi tão duro com os fariseus? Porque eles pertenciam à lei e eles ainda queriam se gloriar nela. “Nós fazemos tudo o que a lei manda, damos o dízimo de tudo, nós praticamos todos os preceitos da lei, sabemos de cor e ensinamos para os outros”. Queriam se gloriar na lei e o Senhor falou: Vocês são uma raça de víboras, sepulcros caiados. Eles estavam tão cegos que não conheciam a própria escravidão. É isso que a lei faz irmão. A lei é terrível, a religião é horrorosa, porque ela mostra para o homem que tem um caminho nele mesmo. Você precisa descobrir o que é que vai dar mais certo para você, mas dentro de você tem um potencial. Irmão, isso é uma ofensa direta à cruz de Cristo. Tem potencial nenhum aí não. Só tem potencial para ir para o inferno. Cristo cumpriu plena salvação na cruz do Calvário por nós. Romanos 8:3. O que fora impossível para a lei, nos salvar, nos aperfeiçoar, porque ela estava enferma pela carne, isso fez Deus. Olhe essa palavrinha: isso fez Deus, porque era impossível para a Lei, porque ela está enferma pela carne e a lei do pecado e da morte, ela está agindo na carne. A lei não tem como ser revogada. É terrível o nosso estado natural. Isso fez Deus, enviando o seu próprio filho. Você vê como que é uma ofensa à cruz qualquer outro Evangelho? Você está ofendendo o Senhor e à sua cruz, porque se há outro caminho, porque que Ele precisa morrer? Se há outro caminho, porque é que Ele vai à cruz e: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? Por que ele sua gostas de sangue no Getsêmani. Você acha que isso é uma brincadeira irmão? Se nós podemos nos auto-ajudar, isso é uma ofensa ao Calvário. Deus enviou o seu Filho, porque o homem não pode nada. Isso fez Deus enviando o seu Filho, em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado. E com efeito, quer dizer, realmente, condenou Deus, na carne de Cristo, santa, o pecado. Você vê que beleza de versículo 3? 3 Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, Tão claro o Evangelho da graça. Aí no versículo 4 Ele vai chamar a lei de novo e eu queria que a gente não passasse despercebido desse ponto. 4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. A fim de que: essa expressão está ligando ao verso 3. Então Deus enviou o seu Filho, Ele condenou o pecado na carne de seu Filho, lá na cruz, aquela gloriosa redenção do Calvário, para que? A fim de que? A fim de que o preceito, os mandamento da lei - amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, ao próximo como a ti mesmo, não matarás.... tudo o que a lei, que é perfeita exige. Ele está dizendo que vai se cumprir em nós. Vai se cumprir. Como? Porque nós vamos tentar fazer até conseguir? Não. Porque nós andamos segundo o Espírito. Está vendo? Santificação pelo Espírito. E não santificação pelas obras. O mesmo caminho que nós fomos justificados irmãos, é o mesmo caminho no qual nós seremos santificados. É pelo mesmo Cristo e pela mesma fé. Os Gálatas estavam sendo confundidos nesse ensino. Você vê o quanto é importante aquela carta séria de Paulo aos Gálatas? Os irmãos estavam sendo confundidos. Eles creram em Cristo. Paulo falou que se colocou no meio das igrejas da Galácia, e pregou o Evangelho para eles tão claro, que ele fala assim que Cristo foi exposto aos olhos deles, como se estivesse sido crucificado naquele momento. Ele fala assim: ante cujos olhos foi Cristo exposto como crucificado. Paulo falou para os Gálatas: Vocês não viram quem é Cristo? Vocês não viram a cruz? Vocês não viram porque é que Ele verteu sangue? Vocês não viram que Ele fez redenção? Ele falou assim: Como agora irmãos, que vocês começaram bem, começaram pelo Espírito, começaram vendo Cristo, e agora querem se santificar pela obra. Agora você quer guardar dia? “Esse dia é sagrado, tem que ser guardado. Essa lua nova também; essa festa também. É preciso circuncidar. Jesus é muito bom para justificação. Jesus é muito bom para salvação, mas, se eu quero mesmo ser perfeito, maduro, completo, eu preciso circuncidar, eu preciso obedecer a lei. A circuncisão é muito importante. Então ai de mim se não circuncidar”. Eles começaram a misturar lei com Evangelho, uma coisa monstruosa. Então Paulo escreveu a carta aos Gálatas e disse: jogue isso fora. Ainda que venha um anjo do céu e vos pregue um outro Evangelho, reprova o anjo porque o anjo está errado. Só tem um Evangelho, Paulo falou. Esse Evangelho eu conheço, não porque algum homem me falou, mas porque Cristo, pessoalmente, particularmente, me ensinou. Autoridade apostólica de Paulo. Aprouve a Deus revelar o seu Filho em mim, para que eu O pregasse (Gálatas 1:15 Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve 16 revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue,) Então Paulo se preocupava muito sim, com esse outro Evangelho e a igreja hoje não tem se preocupado e por isso está vivendo em um estado tão lastimável de modo geral. As pessoas não vencem as suas lutas, as pessoas não vencem os seus temores, as pessoas não vencem as suas angústias, as pessoas não vencem os seus pecados, as pessoas não vencem os seus hábitos, porque não estão aprendendo a permanecer em Cristo, a andar no Espírito, desfrutar o poder da vida ressurrecta de Cristo. Por que será que não estão? Estão sendo confundidas. A outra forma, a outra maneira, outra técnica, uma ajuda de cá, um passo daqui, muleta de tudo quanto é lado. Não é? Então irmão, o Evangelho é radical. O Senhor Jesus nunca teve receio de pregá-lo assim. Nem João Batista, quando foi anunciar o Senhor. Já tinha gente vindo falar coisa de tudo quanto é jeito quando João apareceu: a filosofia grega; aquele bando de mestres. Falaram tudo. Quando João veio ele disse: eu trouxe o meu machado. E o meu machado está posto na raiz das árvores. João veio mostrar que o Evangelho tinha um caráter radical. Não era questão de colocar adubo na árvore para ver se elas perdem os bichos, os fungos, e ela começa a dar um fruto melhor. Mas é para matar essa árvore que se chama eu, ego. Para que nós fôssemos enxertados em uma outra árvore, que se chama Cristo. Cristo em vós, a esperança da glória, que Paulo fala em Colossenses. Você vê irmão? Se você não for radical na sua compreensão, você não cresce espiritualmente. Não vence as suas lutas. Vai ficar colocando uma muleta atrás da outra e quanto mais você se apóia na muletinha nova que você conseguiu, mais rápido ela quebra, porque ela não agüenta o seu peso. O ego é pesado demais. É um homem gordo, que está sendo alimentado durante anos. Duzentos e cinqüenta quilos. Não tem muleta nenhuma que agüente esse homem. Quanto mais se apoiar, mais rápido ela vai quebrar e você vai ficar sem nada, até que você veja bem a Cristo. Cristo para justificação; Cristo para santificação. O mesmo Cristo. A lei do Espírito da Vida em Cristo, te livra da lei do pecado e da morte. Então esse é o caráter radical do Evangelho. Irmão, primeiro compreenda essa radicalidade por você mesmo e depois pregue esse Evangelho. Quando Paulo se colocou entre os Coríntios, ele sabia que pregar essa mensagem era ser tido como um ignorante. Você sabia disso? Sabia irmão? Atos 17, Paulo no Areópago em Atenas, quando ele prega para aqueles filósofos gregos, você lembra que eles falam assim, primeiro Lucas, o narrador de Atos, ele diz que aqueles atenienses eram muito engraçados. Eram como mulheres fofoqueiras. Lucas diz que eles não faziam outra coisa senão ouvir as últimas novidades. Eram os atenienses. Está em Atos 17, se você quiser conferir. Então quando eles começaram a ouvir Paulo pregar, assim de leve, porque Paulo apareceu, estava pregando e eles não sabiam direito do que estava se tratando, e eles disseram que iriam ouvir o que estava dizendo aquele tagarela. Vocês se lembram dessa expressão? (Atos 17:18 E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que quer dizer esse tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição.) Sabe o que é que significa essa palavra no original? Tagarela significa um colhedor de migalhas. Eles viram que Paulo estava ali fazendo um sincretismo, significado dessa palavra. “Ele está pregando um misto de coisas esquisitas, coisas que nunca ouvimos.” Como se Paulo fosse um caçador de tudo o que tinha sido ensinado até então. Ele veio reunir migalhas de tudo quanto é lado, um sincretista. O quê quer dizer esse tagarela? Chamaram o tagarela lá, para pregar para ele lá no Areópago. E você se lembra o que é que Paulo falou. Ele falou sobre o único Deus, os gregos não criam nisso, pois estes acreditavam em um monte de deuses: deus do amor, deus da tormenta, não sei mais o quê, deus para tudo o quanto é lado. Paulo foi pregar no Areópago, o único Deus, criador e sustentador de tudo o que criou, porque os gregos eram deistas – criam que esses deuses que criavam, eles criavam igual um relojoeiro fabrica um relógio. Depois ele dá corda e o relógio funciona por si mesmo. Não precisa do relojoeiro. Só na hora em que estragar. Então Deus criou o mundo, mas o mundo vive como viver. Deus está fora do mundo, não tem nada a ver com o mundo. É o deismo. E Paulo falou: não. É o único Deus que criou o mundo e é o único que sustenta tudo que Ele criou. Tudo. E aí ele vai pregando esse Deus e no final ele fala assim: e agora ele não levou em conta o tempo da ignorância de vocês. Aquele bando de filósofos, cheios de poses, assentados no areópago, e Paulo junta todo mundo e chama todo mundo de ignorante, ao mesmo tempo. Ele fala: Deus não levou o tempo da vossa ignorância. Mas Ele ordena que já, todos se arrependam, porque Ele designou um tempo em que há de julgar o mundo por meio do Seu varão que Ele acreditou, Jesus, ressuscitando-o dentre os mortos. Olhe o Evangelho que Paulo pregou. Não é ? Muito radical. Sem medo de ser chamado de bobo. “Mas esse homem, no berço da sabedoria grega, vem falar de Jesus, de cruz. Que história é essa?” Não é? Você não tenha dúvida irmão, o texto diz: eles falaram que o escutariam em outra oportunidade sobre esse assunto. Eles descartaram Paulo. Da mesma forma irmãos, você corre esse risco, entre aspas, de quando pregar o Evangelho real, você também ser descartado. “Não tem outra maneira, um modo mais fácil. É preciso mesmo disso? Cruz? Eu não valho nada mesmo? Não tem nada bom em mim? Não adianta eu tentar mais? Não tem esperança? Estou sem Deus no mundo. Vou para o inferno, estou separado de Deus? Esse Evangelho ofende, porque ele mostra o homem como ele é, a impotência, a nulidade, o vazio. Esse Evangelho é o Evangelho da glória, porque ele mostra que Deus nos amou. Os impotentes, inválidos e miseráveis. São amados. Amados, eleitos em Cristo antes da fundação do mundo. Não é? Então irmãos, nós precisamos rever o nosso Evangelho e pregar esse único Evangelho. “Decidi nada saber entre vós, senão Cristo e este crucificado”. Não tem meio termo. Então eu vou encerrar aqui, o cap. 8 de Romanos. Ele foi escrito exatamente para que nós compreendamos que esse caráter radical do Evangelho da ação do Espírito de Deus em nós, ele é derivado do caráter radical do Evangelho. Nós só podemos ter alguma compreensão da lei do Espírito e da vida, se nós conhecemos a lei do pecado e da morte, o significado dela, a nossa condenação, a nossa perdição, a nossa miserabilidade, a falta de capacidade total em nós. Se não Romanos 8 não significa nada para nós. Não é? Então examine por você mesmo os outros versículos deste capítulo para que você veja a beleza desse capítulo, quanta provisão irmão, eu e você já temos. É completa. Provisão para a paz. O pendor do Espírito dá para quê? Para a vida e paz. Nosso pendor, os desejos da carne, dão para a morte. Sempre vai ser assim. Não é? Mas então o Senhor nos deu uma salvação tal que em Cristo somos justificados e pelo Espírito podemos andar triunfantemente. Graças a Deus, senão seria um meio Evangelho. Não é? Então você vai ler Romanos 8 aí e vai ficar impressionado de ver as palavras. Esse Espírito que ressuscitou a Jesus habita em nós, ele vai vivificar os nossos corpos mortais, Ele é o Espírito de adoção que testifica que nós somos filhos. Quanta benção irmão, quanta verdade, em um capítulo só, sobre o Espírito Santo. Vou deixar que você mesmo estude esse texto, porque em uma outra oportunidade que tivermos nós vamos partilhar sobre Avivamento Espiritual, mas não perca a oportunidade de estudar esse capítulo, de colher aí esse ensino sobre o Espírito Santo, dentro desse capítulo 8 de Romanos. Amém. Vamos orar. Ó Pai. Nós somos agradecidos ao Senhor, porque o Senhor realizou para nós e por nós, uma obra completa, perfeita no Calvário. Pedimos Senhor pela tua bondade, pelo Teu amor, que nós não lancemos nenhuma névoa sobre a grandiosidade dessa obra consumada. Nós não lancemos nenhuma injúria sobre a cruz Senhor, nenhum desvalor. Mas Senhor permita que pelo revelar do Espírito do Senhor em nós, que essa cruz brilhe aos nossos olhos. E nós vejamos a nossa imensa salvação que o Senhor proveu. Ajude-nos a contemplar melhor e nos ajude a experimentar essa vida no Espírito, de forma mais plena, tendo as palavras do Senhor permanecendo em nós, tendo o nosso relacionamento de amor com o Senhor mais forte mais robusto e experimentando Senhor, crescentemente essa vida de triunfo. Agradecemos a ti porque em Cristo o Senhor sempre nos conduz em triunfo, que por meio de nós o Senhor verdadeiramente possa manifestar, em todo lugar, a fragrância do Teu conhecimento. Ajude-nos Senhor a agasalhar o verdadeiro e único Evangelho e prega-lo com todas as forças do nosso coração para que aqueles que foram escolhidos em Ti, sejam chamados à fé. Dá-nos intrepidez, alegria, coragem ousadia, para anunciarmos o Senhor e a sua cruz e para andarmos no Senhor assim como recebemos ao Senhor, arraigados, edificados em Ti, confirmados na fé. Pedimos que o Senhor nos esclareça mais, em nome de Jesus. Amém. ___________________________________________________________________________________________ Extraído de uma série de estudos com o tema "FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO"(Romeu Bornelli)