Um outro aspecto da tentação de que estamos tratando é que, muitos crentes gostam de ter um líder. Jeremias 5:31 diz: “...os sacerdotes dominam pelas mãos deles [pelas próprias forças], e o Meu Povo assim o deseja...” (VRC). Conforme vimos anteriormente, as pessoas confiam em seus sentidos físicos. Portanto, uma cabeça humana, ou um líder, é uma coisa maravilhosa para elas. Podem vê-lo, ouvi-lo e obedecê-lo. Esta é uma tendência natural da humanidade. Desde a queda de Adão e Eva, tem sido sempre assim. Seguir alguém invisível é um pouco difícil. Seguir um líder humano é muito mais fácil.
Então, é muito comum tais pessoas procurarem e olharem para aqueles que têm um relacionamento com Jesus. Elas estabelecem um tipo de intermediário, que recebe de Deus e lhes passa as instruções. O “intermediário” procura por Deus, em vez delas fazerem isso, e lhes dá conselhos, cuida de seus problemas e até mesmo faz os seus casamentos e funerais.
Assim, em vez de aprender a conhecer e a seguir a Jesus, esses homens e mulheres se ligam a uma outra cabeça. Sua dependência se fixa em uma outra pessoa. Seu foco está em algum tipo de líder para o qual eles olham, buscando alimento espiritual e direção. Esse não é o plano de Deus. Essa não é a Sua Noiva. Essa não é a Sua casa. Esse não é o Seu corpo. É um substituto humano para todas as maravilhosas coisas espirituais que Jesus tem em Seu coração.
Estas duas tendências trabalham juntas para criar uma situação espiritual doentia: alguém com alguma vida espiritual querendo ajudar aos outros porém faltando revelação; e o fato de que o ser humano prefere depender de algo tangível.
Em vez de realmente ajudar os outros, podemos estar impedindo o seu crescimento. Sem uma profunda compreensão de como construir, é possível construir algo que bloqueie o trabalho de Deus em vez de adiantá-lo. Pode até ser que o que pensamos ser um grande trabalho para o Senhor seja realmente um substituto para aquilo que Ele gostaria de fazer. Vamos examinar mais adiante esta possibilidade.
O pensamento de Deus é estabelecer um relacionamento íntimo com cada crente, a fim de que cada um possa sentir Sua liderança e segui-la em cada aspecto de sua vida. Portanto, quando queremos ministrar a outros, esta também deve ser a nossa meta. Nosso objetivo deve ser expor e eliminar da vida de cada crente tudo o que está impedindo o seu relacionamento com Jesus.
Além disso, precisamos encorajá-los, de todos os modos, a obedecer-Lhe, a conhecê-Lo e a amá-Lo. Precisamos lhes incentivar a buscar uma total e inteira consagração à Sua vontade e à Sua obra. Precisamos constantemente orar e considerar como lhes encorajar a buscar Sua face mais e mais. É nosso privilégio exibir, por meio de de nossas vidas, palavras e obras, a natureza de Jesus, de tal maneira que isso levará outros também a uma intimidade com o Senhor. Esse é o verdadeiro ministério.
(David W. Dyer)
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