17 outubro, 2022

O Valor Glorioso do Sangue de Cristo - Tomaz Germanovix


Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo. 1 Pedro 1:18-19.

Ao derramar o seu próprio sangue sobre a cruz, Cristo estava derramando sua vida a favor do pecador.

Andrew Murray afirmou que o derramamento do sangue foi o ponto culminante dos sofrimentos de nosso Senhor Jesus Cristo. A eficácia expiadora daqueles sofrimentos estava naquele sangue derramado. Sem dúvida nenhuma, o valor do sangue é muito maior do que podemos admitir.

 

O foco deste estudo evidencia a perfeita eficácia do sangue de Cristo em relação à nossa redenção. Ao derramar o seu próprio sangue sobre a cruz, Cristo estava derramando sua vida a favor do pecador. O resgate do pecador teve preço de sangue, o precioso sangue do Filho de Deus. Alguém poderia perguntar: Porque o sangue de Jesus tem tal poder? Encontramos a resposta em Levítico 17:11e14a, onde lemos: Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. Portanto, a vida de toda carne é o seu sangue. Segundo a Palavra de Deus, a alma ou a vida está no sangue. O poder redentor encontrava-se no sangue que era oferecido a Deus, sobre o altar. O valor do sangue corresponde ao valor da vida que nele há. No Velho Testamento, a lei exigia o derramamento do sangue de animais sobre o altar como oferta pelo pecado. Lemos, em Levítico 16:15-16a: Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho; aspergi-lo-á no propiciatório e também diante dele. Assim, fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados. Era tarefa exclusiva do sumo sacerdote, uma vez por ano, entrar nos Santo dos Santos, e ali oferecer o sangue do animal imolado sobre o propiciatório. O sangue do animal ofertado era aceito por Deus para a expiação do pecado. Quanto vale diante de Deus o sangue de um animal? Quanto vale diante de Deus a vida de um homem? Agora, quem pode calcular o valor ou o poder do sangue de Jesus? Neste sangue habitava a alma do Santo Filho de Deus. Alguém escreveu: A vida eterna da Divindade foi transportada naquele sangue. O poder daquele sangue nos seus diversos efeitos é nada menos do que o poder eterno do próprio Deus. O livro de Atos 20:28, registra: Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual Ele comprou com o seu próprio sangue. Na antiga aliança, nós temos apenas a sombra daquilo que estava por vir. Uma vez que os sacrifícios tinham que ser repetidos anualmente, estes se demonstravam ineficazes. Lemos, em Hebreus 10:1 e 4: Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. Segundo Murray, quando pensamos em sangue derramado, pensamos na morte; a morte se segue, quando o sangue ou a alma é derramado. A morte nos faz pensar no pecado, porque a morte é o castigo do pecado. E Deus estabeleceu o derramamento de sangue como único meio para a expiação do pecado. Em Hebreus 9:22b, está escrito: Sem derramamento de sangue, não há remissão. Isto significa que o sangue é uma exigência divina para que haja a redenção do pecador. Nada, absolutamente nada que o homem possa fazer, será aceito por Deus como oferta pelo pecado. Somente o sangue pode redimir o pecador. A Bíblia denuncia que todo homem é pecador e, sendo assim, precisa ser redimido pelo sangue. Lemos, em Romanos 3:9b: Pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado. Todos nós nascemos pecadores e estamos separados de Deus por causa das nossas iniqüidades. No livro de Isaías 59:2, lemos: Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. O que podemos oferecer a Deus para que Ele nos aceite? Nossas obras? Nossa religiosidade? Nossa boa moral? Não existe outra maneira de sermos aceitos por Deus, a não ser pelo sangue de Cristo, vertido na cruz. Somente o sangue pode satisfazer a justiça de Deus. Na velha dispensação, o sangue dos animais era derramado em cumprimento da lei, e em obediência a Deus. O pecado era tão inteiramente coberto e expiado, que já não era contado como sendo do transgressor. Este era perdoado. No entanto, todos estes sacrifícios e ofertas eram apenas prefigurações, eram como sombra, até que viesse o Senhor Jesus Cristo. O seu sangue era a realidade à qual estas prefigurações apontavam. Atentemos para as palavras de Murray: Seu sangue tinha em si mesmo valor infinito, por causa da maneira em que foi derramado. Em santa obediência à vontade do Pai, sujeitou-se à penalidade da lei quebrada, ao derramar a Sua alma na morte. Por aquela morte, não somente a penalidade foi suportada, como também a lei foi satisfeita, e o Pai glorificado. Seu sangue fez expiação pelo pecado, tornando-o desta forma, impotente. Tem poder maravilhoso para remover o pecado, e para abrir o céu para o pecador, a quem purifica, e santifica, e torna digno do céu.

 

É extrema arrogância o homem apresentar-se diante de Deus com suas ofertas e sacrifícios pessoais. É sinal de humilhação quando este homem apresenta-se a Deus baseado unicamente no sangue do Salvador. Como são diferentes as ofertas de Caim e Abel. Lemos, em Gênesis 4:3-5: Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira Caim, e descaiu-lhe o semblante. Caim buscava agradar a Deus através do seu próprio esforço e foi rejeitado. Porém, Abel não se apresentou diante de Deus com sua moralidade, justiça própria ou comportamento, mas com o sangue de um animal inocente. Por causa do sangue, Abel foi aceito por Deus. A experiência do fariseu e do publicano também mostra que o sangue derramado é a única oferta que Deus aceita para justificar o pecador. Lemos, em Lucas 18:11-14a: O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele. Com certeza, o fariseu era um homem digno, moral e religioso, mas apresentou-se diante de Deus com um balaio repleto de orgulho e, por isso, foi rejeitado. O clamor do publicano estava baseado no sangue derramado sobre o altar, e não sobre a sua própria justiça. Ele aceitava a eficácia do sangue como a única condição para ser aceito por Deus e, por isso, foi justificado.


Qual é o abrigo seguro que garante minha redenção? Minhas obras, moralidade, costumes religiosos? Não, estas coisas só me condenam ainda mais. Somente o glorioso sangue de Cristo me oferece uma eterna e segura redenção.

Por: Tomaz Germanovix 

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