um grande número de membros cuja experiência corresponde
exatamente àquela descrita na epístola aos Hebreus e que seu ensinamento tenta corrigir. Quantos cristãos ainda há que, após professarem fé em Cristo, não avançam em sua fé.
"Apeguemo-nos com mais firmeza às verdades ouvidas", "deixemo-nos levar à perfeição", "esforcemo-nos, pois, para entrar naquele descanso", "corramos, com perseverança, a
carreira que nos está proposta" - são exatamente essas coisas que fazem tanta falta. Tantos há que estão descansados no fato de terem seus pecados perdoados e de estarem no caminho da vida, mas não têm qualquer conhecimento de Jesus como seu líder ou não experimentam uma fé que crê no invisível e anda
com Deus. Para muitos, tal situação é consequência da falta de
esperança decorrente dos repetidos fracassos em seus esforços
para viver essa vida que tanto desejam. Eles lutaram com
suas próprias forças; não conheciam Cristo como o segredo de sua força; desanimaram, retrocederam. Não negaram sua fé, mantêm seus hábitos religiosos, mas não há evidências de
que tenham entrado ou estejam tentando entrar no Santo dos
Santos a fim de lá habitar.
O poder do mundo, o espírito de sua literatura, as tentações dos negócios e dos prazeres, tudo se une para formar uma religião que busca combinar uma esperança confortável para o futuro com o mínimo sacrificio no presente. A Epístola aos
Hebreus, com suas advertências, é, de fato, um espelho no qual a igreja dos dias de hoje pode enxergar a si mesma.
Mas, graças a Deus, essa epístola é também um espelho no qual podemos ver a glória de Jesus assentado no trono do céu, tendo um poder capaz de tornar nossa vida e coração celestiais. O que os hebreus necessitavam é também o que
nós precisamos. A salvação não está em nós mesmos e em nossos esforços, está em Jesus. Precisamos vê-Lo, considerá-Lo, enxergá-Lo como ele agora está no céu; isso nos trará cura.(...)
Andrew Murray
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