06 abril, 2012

Ressurreição III - Romeu Bornelli

Irmãos. Vamos abrir nossas Bíblias no Evangelho de João cap. 20, vamos ler os versos de 1 a 10. 1 NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA, MARIA MADALENA FOI AO SEPULCRO DE MADRUGADA, SENDO AINDA ESCURO, E VIU QUE A PEDRA ESTAVA REVOLVIDA. 2 ENTÃO, CORREU E FOI TER COM SIMÃO PEDRO E COM O OUTRO DISCÍPULO, A QUEM JESUS AMAVA, E DISSE-LHES: TIRARAM DO SEPULCRO O SENHOR, E NÃO SABEMOS ONDE O PUSERAM. 3 SAIU, POIS, PEDRO E O OUTRO DISCÍPULO E FORAM AO SEPULCRO. 4 AMBOS CORRIAM JUNTOS, MAS O OUTRO DISCÍPULO CORREU MAIS DEPRESSA DO QUE PEDRO E CHEGOU PRIMEIRO AO SEPULCRO; 5 E, ABAIXANDO-SE, VIU OS LENÇÓIS DE LINHO; TODAVIA, NÃO ENTROU. 6 ENTÃO, SIMÃO PEDRO, SEGUINDO-O, CHEGOU E ENTROU NO SEPULCRO. ELE TAMBÉM VIU OS LENÇÓIS, 7 E O LENÇO QUE ESTIVERA SOBRE A CABEÇA DE JESUS, E QUE NÃO ESTAVA COM OS LENÇÓIS, MAS DEIXADO NUM LUGAR À PARTE. 8 ENTÃO, ENTROU TAMBÉM O OUTRO DISCÍPULO, QUE CHEGARA PRIMEIRO AO SEPULCRO, E VIU, E CREU. 9 POIS AINDA NÃO TINHAM COMPREENDIDO A ESCRITURA, QUE ERA NECESSÁRIO RESSUSCITAR ELE DENTRE OS MORTOS. 10 E VOLTARAM OS DISCÍPULOS OUTRA VEZ PARA CASA.
"Pai, nós queremos colocar nas Tuas próprias mãos, a Tua palavra nessa noite. Pai, nós confiamos inteiramente em Ti. Abra o nosso entendimento para compreendermos as Escrituras; gera fé em nossos corações. A Tua palavra é Espírito e Vida. Pedimos ao Senhor que possa nutrir nossos corações com todo entendimento e plena convicção. Abra os nossos olhos para vermos algo mais da glória pessoal, da glória da obra do Senhor Jesus no Calvário. É o que Ti pedimos. Cobre-nos com o preciosos sangue do Teu querido Filho e ministra-nos ao coração. Em Cristo Jesus oramos. Amém."

Irmãos, nas reuniões anteriores, nós tomamos um tempo para falarmos sobre o conteúdo mais doutrinário, um conteúdo então teológico a respeito da ressurreição do nosso Senhor Jesus. E nós dissemos aos irmãos que, unicamente os cristãos, apenas os cristãos, amam, vivem, se relacionam com o seu
Senhor vivo. Nós não temos visto isto nas outras chamadas religiões. Em todas elas nós temos os seus profetas mortos, mas, o nosso Senhor Jesus, o Deus encarnado, Ele não podia ser retido pela morte, pois Ele tinha poder para entregar a sua própria vida, espontaneamente, sem que ninguém Dele a tirasse, e tinha poder para reavê-la, como Ele mesmo disse.
Um dos fatos, talvez mais impressionante, que comprovam isso, dentre tantos, é aquele em que o Senhor, orando no Getsêmani, registrado em João mesmo, no cap. 18, quando uma escolta de soldados é enviada ao jardim para prender o Senhor. Então o Senhor sendo um homem tão comum, humanamente falando, não pode ser por eles identificado. Então Judas que já o havia vendido e traído pelas suas moedas de prata, ele identificou o Senhor com aquele beijo no rosto e os guardas então se aproximaram Dele, e quando eles perguntaram então, antes daquela identificação definida de Judas, quando eles perguntaram quem era Jesus o Nazareno, Ele então se levanta diante deles, se destaca dos discípulos, e diz: “Eu o Sou”. O registro de João, no cap. 18 diz que os guardas então recuaram e caíram por terra. Irmãos. Essa é uma prova tão clara de que o simples fato de que da boca do Senhor saiu aquela identificação de quem Ele era, igualando-se então, porque é isso que Ele é, ao grande Deus Jeová, do Velho Testamento, o Deus imortal, o Deus único, o Deus eterno, Eu sou Iavé. Aquela palavra impronunciável no hebraico. Yhwh. A palavra impronunciável de quatro consoantes. Esse nome impronunciável de Deus: Yhwh. Esse Deus se revelou em Jesus encarnado. Então quando Jesus diz àqueles guardas: “Eu Sou’, a palavra então diz que eles recuaram e caíram por terra, porque eles estavam diante do próprio Deus feito carne. Ele já tinha dito aos seus discípulos no cap. 10, que Ele tinha autoridade para entregar a sua vida, e autoridade para reavê-la ou reassumi-la, e ninguém tiraria a sua vida Dele. Então irmão, o Senhor Jesus, Ele não é apenas um exemplo, Ele não foi apenas um líder, mas o Senhor Jesus é o próprio Deus feito carne. Isso faz toda a diferença na nossa Confissão, porque irmãos, mesmo que nós pudéssemos de alguma maneira experimentarmos alguma coisa da vida cristã até a nossa morte, isso seria pouco demais. Quando nós falamos do
conteúdo doutrinário, dessa verdade da ressurreição, usando o capítulo 15 de 1ª Coríntios, Paulo fala exatamente isso ali na 1ª Coríntios 15. Ele fala assim: 1 Coríntios 15:19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes (miseráveis) de todos os homens. Porque por melhor que pudéssemos viver em paz, em descanso, em alegria, de que o Senhor nos ama, nos relacionamos com Ele, de que pertencemos a Ele, irmãos, isso não seria nada, porque terminaríamos no túmulo, numa morte, numa aniquilação, num nada. Eu acho que nós faríamos bem, diante de uma doutrina dessas, aproveitarmos a vida da melhor maneira que entendêssemos, comendo e bebendo porque amanhã morreremos. Mas o nosso relacionamento com o nosso Senhor, é um relacionamento eterno. Nós vivemos em gozo Dele nesta vida e viveremos no gozo Dele por toda a eternidade. Apocalipse 22 diz que os seus servos o servirão porque contemplarão a sua face, e nas suas frontes estará escrito o nome Dele. Nós não adoramos um Deus desconhecido nem agora e muito menos o faremos na eternidade vindoura. Quando o Senhor Jesus ressuscitado apareceu aos seus discípulos, a Tomé especialmente os irmãos sabem, oito dias depois daquele Domingo da Páscoa, já que naquele Domingo da Páscoa Tomé não estava entre eles, o próximo, o Domingo seguinte, o Senhor se manifesta novamente aos discípulos oito dias depois, para que Tomé tivesse um testemunho individual, individualizado a respeito do Senhor, porque ele não creu e disse: “não. Eu não consigo crer nisso. Se eu não ver o seu lado, examinar as suas mãos, eu não crerei”. Então depois de oito dias, o Senhor se manifesta novamente naquele Cenáculo junto com os discípulos e quando Tomé toca nele, Tomé faz a sua verificação, sua prova histórica, ele comprova o fato - é o que nós vamos começar a ver hoje, fatos da ressurreição do Senhor - Tomé não era uma criança, um tolo, inocente, mas ele comprova o fato, ele toca no Senhor e ele se prostra e fala duas frases apenas: “Senhor Meu, e Deus Meu’. É assim que ele confessa o Senhor Jesus. Ninguém menos do que Deus. Irmãos. É isso que faz toda a diferença. Você quando é confrontado com o Senhor Jesus, você nunca pode ficar em cima do muro, porque você está diante de Deus. Não adianta
você apreciar Jesus, não adianta você achar que Ele foi o mestre dos mestres. Não adianta você achar que Ele é um, ou talvez o melhor, o mais iluminado de todos os guias espirituais, e der para Ele o nome que, quem sabe você está acostumando a ouvir por aí, o Krishna, ou Avatar, ou seja lá o que for. Isso tudo é nada. O Senhor Jesus é Deus feito carne. E unicamente Ele o é. O Verbo estava com Deus, o Verbo era Deus, e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade e vimos a sua glória, glória como unigênito do Pai. Isso João diz no Evangelho. Quando ele começa a sua epístola ele vai mais longe. Ele fala assim: o que as nossas mãos apalparam, o que os nossos olhos viram, o que nós contemplamos a respeito do Verbo da Vida, nós anunciamos, para que vós mantenhais comunhão conosco. Então irmãos, nós precisamos ver que a nossa fé tem fundamento histórico, porque se o sacrifício do Senhor Jesus ele não teve então lugar na história, no tempo, na vida humana, então ele não tem realidade redentora para nós. Nós não podíamos ser salvos pela morte de um anjo encarnado. Nós não podemos ser salvos por alguém que parecia homem mas não era homem, como havia uma heresia nos tempos da igreja primitiva que dizia isso, o chamado “docetismo” derivado da palavra grega doquesis. Docetismo. Significa aparência, como um fantasma. Jesus parecia homem, mas não era homem. Era um espírito que se manifestava naquele vulto humano, mas a Bíblia diz não. De jeito nenhum. Em tudo ele se fez semelhante aos irmãos, e participou de carne e sangue, para que pela sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte - a saber, o diabo - e fosse então o nosso perfeito representante porque é homem, não é uma alucinação. Não é um fantasma. Então o docetismo irmão, foi um engano, que assolou a igreja no início da sua história. Um deles, dentre tantos. Então como é importante que nós cristãos vejamos que a nossa fé tem fundamento histórico.
Irmãos, até pouco tempo atrás só havia testemunho literário de historiadores que são reconhecidos por todo mundo é claro, Filo, por exemplo e Flávio Josefo, historiador judeu da época de Cristo que viveu exatamente durante o período da vida humana do Senhor Jesus e possivelmente tinha nascido mais ou menos na época de Cristo e viveu até a época do cerco de
Jerusalém pelo general Tito, no ano 70, quando Jerusalém foi cercada e destruída, Flávio Josefo é um historiador famoso judeu, porque foi conselheiro do imperador Tito, imperador Romano, que destruiu Jerusalém no ano 70. Então Flávio Josefo fala muitas coisas sobre a questão histórica do Senhor Jesus. Claro, não poderia ser diferente. Mas, nós tínhamos apenas base literária que se referia a esse tempo da história e nós confiávamos, claro que naturalmente falando, nas bases literárias, mas irmão, que coisa impressionante quando nós vemos o que é o mover de Deus, a realidade da palavra de Deus, o que Deus faz, dessa introdução de Deus na história na pessoa humana, Divina e humana do Verbo, que é o Senhor Jesus. Há poucos anos atrás aí, cerca de uns trinta anos, foi encontrado em uma dessas escavações, na região ao norte de Jerusalém, um arqueólogo, se não me engano suíço, ele encontrou uma grande lápide, quase um metro e sessenta de tamanho, com uma inscrição. Essa inscrição daquela lápide era o seguinte: Pôncio Pilatos, governador da judéia, apresentou Tibério César, imperador Romano, ao povo de Cesaréia. Era uma inscrição inequívoca e provava que Pôncio Pilatos, todas as figuras, Tibério César, foram então pessoas que viveram naquele tempo, que estiveram ali exercendo o domínio, tanto na palestina quanto o império romano que dominava a palestina naquela época, então foi a primeira comprovação arqueológica da realidade dos fatos históricos. Mais uma comprovação, agora arqueológica, porque essa pedra foi encontrada.
Então o irmãos, isso para nós, com relação à nossa fé, isso de certa forma não acrescenta nada e nem tira nada, porque o Espírito de Deus, testifica com o nosso espírito, que nós somos filhos de Deus. E nós nos relacionamos com ele pelo nosso Deus, como Tomé falou com o Senhor Jesus: Senhor meu e Deus meu. Ele nos deu vida estando nós mortos em nossos delitos e pecados. Nós não usamos nenhuma prova, nós não precisamos de arqueologia, de epigrafia, de historiadores, de nada. Nós estávamos mortos e Ele nos deu vida. Agora irmãos, essas fontes são importantes, para que nós vejamos que crer é também pensar, e que a fé cristã, não é uma fé burra: é uma fé inteligente. Nós cremos em um Deus que mergulhou na história e que realizou uma obra histórica, e que nos salvou na
história dentro do tempo e que essa salvação tem um valor eterno porque ela não é apenas uma salvação histórica, é uma salvação de Deus na história, porque o nosso Deus é um Deus homem, o nosso Salvador é Deus homem e então nós vamos começar hoje, tocar um pouco a respeito desse fato histórico, muitos detalhes, espero que os irmãos tenham paciência e creio que, pelo menos aqueles que se interessam por isso, poderão ganhar alguma coisa para que a nossa fé seja realmente corroborada, como que eu já coloquei aqui nesse sentido, para que nós vejamos a importância de nós vermos os fatos históricos da ressurreição do Senhor. E é claro que irei aplicar isso com o seu conteúdo espiritual também, é óbvio. Eu não vou fazer o papel de historiador aqui. Eu quero mostrar para os irmãos como que os Evangelhos, os quatro Evangelhos, os quatro Evangelistas, registraram fatos históricos de uma importância tremenda para a nossa fé. Esse conteúdo histórico da nossa fé, como que ele é importante. Não é a toa que o Senhor separou quatro homens, o Espírito Santo: Mateus, Marcos, Lucas e João. Não um apenas, mas quatro, mas que nós tivéssemos quatro facetas históricas, quatro ângulos da mesma pessoa, quatro historiadores, usados pelo Espírito Santo, registrando o fato por ângulos diferentes, fazendo então uma firme base histórica.
Lucas, esse médico grego, é considerado pelos historiadores de todo o mundo, um dos maiores historiador de todos os tempos. Lucas é comparado a um historiador chamado Tucídides, como sendo os dois maiores historiadores de todos os tempos. Os irmãos vejam que Lucas está entre eles. Lucas não é propriamente um historiador. Ele é um médico, mas o Espírito Santo trabalhou aquele homem com aquela mente acurada que ele tinha, uma mente de investigação, de pesquisa, usando aquele homem para conduzi-lo de uma forma tão acurada, como ele diz quando ele começa o seu evangelho. Ele diz que ele fez uma acurada investigação. Você já viu esse termo em Lucas? Abra a sua Bíblia por favor em Lucas. Veja o que é que esse médico escreve. Lucas era um médico grego, nem judeu ele era, e no capítulo 1, veja o que ele diz no Evangelho. 1 ¶ Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos. Olhe que expressão maravilhosa. Nossa
fé uma fé em fatos. O nosso Senhor mergulho na história. O eterno Deus na pessoa do seu Filho se fez homem. Muitos empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, 2 conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares. Olhe a importância disso. Aquele doze, eram testemunhas oculares. Lembra que quando Judas traiu o Senhor, se suicidou, ele estavam aguardando ali segundo a palavra do Senhor a promessa do Espírito Santo em Pentecostes. Lembra que nós lemos na reunião passada que Pedro falou assim: Olha. A traição de Judas foi para que se cumprisse a profecia e agora é necessário que outro tome o seu encargo, como diz a palavra, e então vamos aqui eleger entre nós, um que tenha sido testemunha ocular da pessoa do Senhor, desde o início do seu ministério até a sua ascensão, e que ele pudesse então ser incluído naquele colégio apostólico, e então Matias foi incluído ali. Não é assim? Está lá em Atos cap. 1. Veja a importância desse ocular, e não apenas um, mas doze dos mais próximos, depois em uma outra reunião quando pudermos chegar lá, vamos gastar algum tempo com isso, os irmãos nós vamos ver a quantidade de testemunhas oculares. Paulo cita em 1ª Coríntios 15, que o Senhor apareceu de uma única vez a quinhentas pessoas e Paulo quando escreveu aos Coríntios (1 Coríntios 15:6 ) ele falou: dentre os quais a maioria sobrevive entre nós até hoje e é como Paulo estivesse falando aos Coríntios: “Vocês tem alguma dúvida de que Ele ressuscitou? Então vamos falar com essas testemunhas oculares, são quase quinhentas. A maioria sobrevive entre nós até hoje. Então irmãos, que coisa importante, tremenda. Essa é uma das evidências tremendas da ressurreição do Senhor. Uma tremenda evidência. As testemunhas oculares.
Mas eu queria hoje começar com você por outro lado. Nós não vamos falar de testemunhas hoje. Deixe esse é um assunto para mais tarde. Vamos falar de fatos, alguns fatos. Vamos falar um pouco do túmulo, vamos falar um pouco do sepultamento, vamos falar um pouco dos quatro evangelhos em torno de uma palavrinha que eu queria examinar ali, para nós começarmos a engatinhar sobre esse assunto até nós podermos progredir nas outras reuniões. Vamos ver o que Lucas fala aqui
primeiro. Aqueles que foram testemunhas oculares e ministros da palavra, agora aqui, versículo 3 igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação. Essa aqui é uma palavrinha de Lucas, específica de Lucas, e não aparece em lugar nenhum mais na Bíblia. Nenhum autor mais, porque é um termo médico. “Acurada investigação”. É como se hoje eu estivesse fazendo assim: eu fiz um exame, mas eu fiz um exame a fundo, porque ele era um perito nisso. Acurada investigação, e por isso Lucas é considerado um dos maiores historiadores de todos os tempos. Acurada investigação, um termo médico....... de tudo desde sua origem. Lucas também não era um tolo. Ele fez acurada investigação. Então veja a importância irmãos, dessa narração coordenada dos fatos, e nós então vermos quais são eles para que a nossa fé vá ganhando essa sustentação tão tremenda. Eu não sei como funciona em vocês, mas o Espírito do Senhor é o mesmo em todos nós. Para mim irmãos, a contemplação desses fatos são uma coisa magnífica. É como se a testificação do Espírito de Deus no nosso interior a respeito desse fato exclusivo desse fato da ressurreição, fosse sendo cada vez mais dilatado, dilatado. O nosso Senhor venceu os grilhões da morte. O nosso Senhor deixou aquele túmulo vazio. O Senhor deixou aquela mortalha – nós vamos ver - aquela mortalha como era chamado, aquele traje que o morto era vestido depois de ser lavado e depois era enfaixado com faixas de linho, misturada com mirra e aloés. A mirra é uma substância vegetal pegajosa, o aloé um pó de madeira perfumado. A mirra misturada com aloé, aquilo fazia um cimento e o corpo era enfaixado sobre a mortalha, faixa, faixa, faixa, até as axilas, começando no pé. Eles enfaixavam até as axilas. Depois abaixavam os braços e enfaixavam os braços. Depois punham uma faixa separada na cabeça. O texto que nós acabamos de ler de João 20, diz que esses dois discípulos entraram no túmulo e viram algo que eles nunca mais puderam esquecer. Eles viram uma mortalha, como que uma múmia ali, aquelas faixas duras, porque aquilo endurece. A mirra e mais o aloés, aquilo endurece, fazendo um cimento. Quando eles olharam para aquilo, com o túmulo aberto, eles viram como que um casulo vazio. Vocês já viram quando a larva vai se transformar em borboleta, e passa pela fase da crisálida? Olha
aquele casulo pendurado na folha, não é? O casulo está perfeitinho, mas quando você olha, já saiu a borboleta. Não tem nada ali. Quando eles entraram no túmulo eles viram aquela mortalha oca e João faz essa narrativa, ele viu. Então ele disse assim: “e o lenço que estava sobre a sua cabeça, não estava junto, mas estava colocado em um lugar à parte”. Irmão, mais do que o túmulo vazio, o que impressionou a aqueles discípulos foi aquela mortalha, vazia. Sabe por que? Porque quem sabe ele pudessem ter entrado no túmulo errado, não é? quem sabe? Quem sabe eles entraram no túmulo errado? Essa era uma das doutrinas, entre aspas, que circulou na época em que Jesus ressuscitou. Todo mundo estava enganado. A guarda romana estava enganada, Pôncio Pilatos estava enganado, os sacerdotes estavam enganados. Todo mundo. Uma alucinação coletiva. E o túmulo estava errado. Eles erraram o túmulo e por isso é que eles não viram o corpo lá. Então mais do que um túmulo vazio, a mortalha vazia, foi o que impressionou João. Então os irmãos vejam que ele termina aquele relato do capítulo 20, veja como ele termina. Abra de novo a sua Bíblia. João 20:7 e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, com as faixas de linho, aquilo que enrolava o corpo dele, mas deixado num lugar à parte. 8 Então, entrou também o outro discípulo(que é João), que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. Olhem essa expressão. Porque irmão, como é que aquele casulo ia estar completamente perfeito sem ninguém dentro. Mais do que um túmulo aberto, João ficou impressionado com aquele casulo vazio, e então ele testifica assim: e viu, e creu. Ele coloca o seu testemunho no seu Evangelho de uma forma muito clara. Então, que fatos tremendos irmãos, à medida em que nós vamos dissecando esses detalhes.
Eu queria tentar começar do início com vocês. Eu queria dizer para os irmãos que a morte do Senhor Jesus ela foi de tal forma conduzida pelas mãos de Deus, pelo trabalhar do Espírito Santo que nada poderia deixar dúvida, nem com relação à sua morte, nem com relação à sua ressurreição. Então irmãos, o próprio fato, dando um passinho para trás, o próprio fato da morte do Senhor ter sido como foi, é para que ficasse claro que a ressurreição foi como foi. O Senhor Jesus foi
crucificado, Ele não foi morto de outra forma qualquer, Ele foi morto com o tipo de morte que seria então absolutamente inquestionável. Ele foi pendurado em uma cruz a sofrer; a morte de cruz era executada de uma tal forma que não houvesse nem 0,0001% de chance de alguém sair vivo, não havia nenhuma possibilidade, e por isso a morte de cruz foi instituída; os relatos sobre a morte de cruz nos Evangelhos são muito claros, específicos; queria que você pensasse um pouquinho sobre alguns detalhes que eu vou dar, porque algumas pessoas tem sentido dificuldades com algumas questões, por exemplo, o fato do Senhor ter sido pregado na cruz. Até 1938 um professor - essas pessoas são muito arrogantes – de Harvard, ele disse que essa questão de Jesus ter sido pregado na cruz, isso era um engano dos Evangelhos, porque não há nenhuma evidência histórica de que os criminosos da cruz eram pregados, mas todas as evidências históricas até 1938, é que eles eram amarrados à cruz, e não pregados. E a poucos dias atrás, um sacerdote católico, conversando com um irmã aqui da comunidade, vejam a coincidência, e é exatamente como nós estamos tocando nesse assunto, essa irmã me relatou, que um sacerdote católico disse para ela que o Senhor não foi pregado com pregos na cruz e que isso é realmente é um erro do relato dos Evangelhos. Mas aí Ele foi amarrado então – disse o sacerdote. E ele perguntou a ela se ela havia ficado triste com isso, com a notícia. Abalou a sua fé? Preocupa não, pois é tudo a mesma coisa. Ele morreu mesmo, ressuscitou mesmo, mas não foi pregado e sim amarrado. Então há um erro no registro histórico. Irmãos. Se há um erro, um erro, a palavra de Deus, não é confiável. Ela não é de Deus, porque há erro. Os Evangelistas dizem que Ele foi pregado. Mas irmãos, esse sacerdote católico, ele está desatualizado, porque em 1968, foram feitas escavações ali na região de Jerusalém, por arqueólogos, e eles encontraram quinze túmulos. Em um desses túmulos, isso é dado arqueológico e então inquestionável - um desses túmulos, que eles chamam de mortuário, eles entraram em um deles, e encontraram quinze cadáveres, no mesmo ossário. Inclusive um de um homem, e esse homem examinado, eles chegaram à conclusão absoluta, claro, de que ele havia sido morto por
crucificação, transfixado com pregos, porque ele estava perfurado na junção entre a mão e o antebraço, e era nesse ponto que eles perfuravam, e não na palma da mão, senão ele se rasgaria e ele cairia da cruz, e eles perfuravam nesse ponto, entre o braço e a mão, e eles colocavam as duas pernas juntas, viradas para o lado, as pernas quebradas viradas para o lado, exatamente sobrepostos, e fixavam um prego, segundo esse morto que foi examinado, um prego de 20 centímetros, transfixou os dois calcanhares, colocando um pé sobre o outro, exatamente, e fixando um prego de vinte centímetros, vazando os dois calcanhares ao mesmo tempo, e a cruz então, antes que o criminoso chegasse lá, ele carregava uma trave, chamada de patíbulo, vem da palavra latina patei(patibulus), que significa abrir, aquela peça de madeira que seguravam as portas nas casas antigas, a soleira da porta, de madeira, e eles colocavam depois de açoitar aquela pessoa, quase rasgá-lo, como os evangelhos registram, e a história mostra, eles suavam um chicote de cabo duro, chamado “Flagrum”, um cabo inflexível, e várias tiras de couro trançadas com pedaços de chumbo e osso, pequenos pedaços de chumbo e osso, e eles trançavam aquelas cordinhas, tranças de couro, e na haste de madeira. Ele açoitavam o criminoso até que ele sangrasse até no nível muscular. Os historiadores descrevem a crucificação, e a medida que os açoites eram aplicados aquelas bolinhas, primeiro causando contusões, hematomas e depois elas rasgavam a pele, e o sangue jorrava da pele, depois rasgavam o músculo, iam mais fundo e o sangue jorrava dos músculos e as costas daquele açoitado ficam como que uma massa disforme de carne sangrando. Eles rasgavam aquela pessoa com aquele chicote chamado “Flagrum”. Era o chicote para se açoitar os crucificados, e a palavra diz então que o Senhor foi assim então açoitado e os guardas o vestiram com aquele manto de púrpura, colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça, os espinhos tinham aí possivelmente em torno de 2 a 3 centímetros de uma planta chamada “Coroa de Cristo”, comum naquela região em Jerusalém. Eles teceram aquela coroa, a cravaram na sua cabeça, vestiram aquele manto púrpuro, colocaram um caniço na sua mão, e zombavam dele: “Salve o Rei dos Judeus, Salve o Rei dos Judeus”. E depois tomaram aquela cana que deram
como cetro nas mão Dele, e bateram nele com aquela vara, e depois colocaram essa peça chamada “patibulum”, a trave da cruz, colocaram sobre os seus ombros, e então ele era amarrado naquele patíbulo, e era obrigado a carregar o patíbulo - fazia parte da pena do criminoso – mas era muito pesado e o Senhor estava muito fraco. Ele não conseguiu chegar até o Calvário, carregando aquele patíbulo. Ele foi ajudado, nós sabemos, por aquele homem que vinha do campo, foi convidado para carregar, obrigado a carregar aquele patíbulo, aquela trave, na qual estava amarrado agora, e então ele carregava até o lugar da crucificação. E naquele lugar da crucificação, eles colocavam uma trave vertical, pegavam aquele patíbulo que era a trave horizontal, pregavam a trave horizontal em cima da vertical, faziam a cruz no chão, pregavam o criminoso, nos pés pelo calcanhar, os pregos pelo braço como já expliquei, colocavam um pequeno banco chamado “sedécula”, uma pequena sede, ou assento, onde o crucificado podia apoiar o seu quadril como se fosse um banquinho e então a cruz, nessa travessa vertical tinha um banquinho pregado, uma travessa de madeira, e o crucificado apoiava o quadril, ele se assentava. Para quê? Não era para que ele ficasse mais confortável não. Era para que ele pudesse sofrer mais, porque na medida em que ele fosse se asfixiando para morrer porque estava pregado nessa posição, ele ia sofrendo asfixia, porque havia pressão sobre o seu músculo respiratório, e na medida em que ele fosse mover, ele fazia um esforço final em cima do seu quadril e ele podia respirar um pouco de ar, e então ele não morria. Ele evitava a asfixia e sobrevivia mais, e mais. E ali entrava toda aquela história do crucificado, que em termos médicos, fisiológicos, a maioria de nós já conhece. Então aquela “sedécula” fazia parte da tortura, para que ele pudesse levantar um pouquinho, respirar um pouco de ar, ia sofrer mais, sofrer mais, até a morte. Então irmãos quando por algum motivo eles queriam aliviar esse sofrimento, eles pegavam um grande porrete, chegavam diante da cruz, quebravam a perna abaixo do joelho, para que então o criminoso não pudesse mais fazer esse movimento de levantar o corpo, porque aí as pernas estavam quebradas. E ele morria rápido. Ele se asfixiava. Esse quebrar as pernas então era o golpe de misericórdia para que o
crucificado então morresse. Mas os irmãos sabem que quando esses guardas chegaram para fazer isso com o Senhor a Bíblia relata que ele já tinha morrido. Não lhe quebraram as pernas. Era o costume comum para que se cumprisse a profecia do Salmo 22, que nenhum dos seus ossos lhe seria quebrado(Salmos 34:20 Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado.). Então irmãos, o criminoso, condenado à crucificação, ele era morto de tal forma que nenhuma chance de vida ele pudesse ter. Os evangelistas, todos eles, narram a vida do Senhor, a morte do Senhor, o sepultamento do Senhor passo a passo.
Hoje eu vou examinar, alguma coisa com os irmãos, a respeito do corpo do Senhor após a morte. Anteriormente a isso, eu já coloquei aqui que ele passou por todos esses sofrimentos, para que a sua morte fosse algo realmente, definitiva. Irmãos uma pessoa assim, não tinha condição de ser solta por aí, e sobreviver. Era um morto vivo, o crucificado. Era um homem completamente rasgado, dilacerado, na mão daqueles guardas. Agora, o Espírito Santo, de tal forma, ordenou os detalhes não só da morte, mas do sepultamento, a preparação do corpo, a inclusão no túmulo, os detalhes para que nós tivéssemos clareza histórica dos fatos, sobre a morte, sobre a ressurreição do Senhor. Então a gente vai andar um pouquinho, e começar a examinar.
A primeira coisa que eu queria ver com os irmãos - abra de novo a sua Bíblia em João 20, onde nós lemos o texto - vamos falar sobre o túmulo primeiro. Os irmãos sabem que esses túmulos eram escavados na rocha. A história mostra, a arqueologia mostra, a Bíblia mostra. A grande maioria era escavado na rocha. A Bíblia diz, desde a profecia de Isaías 53, que o Senhor estaria com o rico na sua morte. Lembra? Embora ele tenha sido contado com os transgressores, com o rico ele esteve na sua morte. Por que? Porque o rico José de Arimatéia, pediu a Pilatos o corpo do Senhor, um homem rico, um homem que tinha um túmulo lá naquele jardim. Ele pediu a Pilatos o corpo do Senhor, porque ele era um discípulo do Senhor. Se você ler o Evangelho de João, você vai ver que José de Arimatéia era um discípulo oculto. E quando ele pede o corpo do Senhor e prepara aquele corpo, lava o corpo, usa a
mirra, usa o aloés, ele está mostrando reconhecimento, não de um criminoso qualquer, mas do seu Salvador, do seu Senhor. Então ele mesmo prepara o corpo do Senhor para o seu túmulo.
Agora irmão, eu queria falar agora um pouquinho sobre esse túmulo na rocha. Eu queria mostrar para vocês um fato impressionante nos quatro Evangelhos. Esse túmulo era escavado na rocha de tal forma, uma grande rocha, e a parte central dessa câmara mortuária, ela tinha como que um corredor, um corredor no qual uma pessoa poderia ficar de pé - é como você entrar em um túnel. Então no centro desse túmulo, havia um corredor chamado câmara mortuária. Nessa câmara, um homem poderia ficar de pé, talvez tivesse um metro e noventa, dois metros de altura. Nas laterais, havia como que nichos. Eram chamados de “lócule” no latim. Seria hoje como uma caminha de alvenaria. Então nesses nichos, eram colocados os corpos, depois de terem sido enfaixados, lavados, preparados. Era a câmara mortuária. O detalhe interessante sobre o túmulo de José de Arimatéia e muitos outros, é que a pedra que fechava esse túmulo para não ser violado, era uma pedra, que não podia ser facilmente removida, senão o túmulo seria facilmente violado. Então quando os irmãos olham quando os Evangelistas narram, os irmãos vão ver exatamente essa precisão. Marcos por exemplo, quando Maria Madalena usa a palavra que a pedra era muito grande, e nós vamos ver, ela usa uma palavra que se refere exatamente a isso. Era como se ela estivesse dizendo que a pedra era enorme, era imensa. Esses túmulos irmãos, eles tinham nesse relato aqui ele já caracterizou alguma coisinha, e como eu disse a arqueologia vai mostrar, eles tinham um metro e vinte de entrada, até um metro e meio. Era uma porta baixinha. Não era uma porta alta - não se entrava em pé. Então você vê nesse relato duas coisas: olhe que interessante. João 20:5. Veja como que João escreve. Eles correram para o túmulo depois que Maria Madalena disse que a pedra estava mexida, revolvida. Eles correm para o túmulo: João 20: 4 Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; 5 e, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia, não entrou. Vejam o detalhe: e abaixando-se, viram os
lençóis de linho; todavia, não entrou. Viram que detalhe minucioso, interessante? Abaixando-se. Por que eles tiveram que se abaixar? Porque eles iriam bater a cabeça. Eles eram de estatura normal. Eles tiveram que se abaixar porque os túmulos eram assim. Agora vamos ver o versículo 11: 11 ¶ Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, e olhou para dentro do túmulo. Olhem o detalhe. Abaixou-se e olhou para dentro do túmulo. Vejam como que o Espírito Santo é cuidadoso no registro dos fatos. Tinham que se abaixar. Porque a história mostra que os túmulos eram todos de porta baixas. Um metro e vinte e no máximo um metro e cinquenta de altura. Não é? O primeiro detalhe interessante aí. Agora, eu queria mostrar um mais significativo para os irmãos. Vamos acompanhar uma palavra que eu falei sobre ela aqui, citei o fato, mas não havíamos chegado nele. Abram por favor em Mateus. Vamos acompanhar uma palavrinha nos quatro evangelhos. Olhem com atenção agora. Prestem bem a atenção. Uma palavrinha narrada em Mateus, Marcos, Lucas e João, os quatro, só que de forma diferente que vão montando para nós um quadro muito interessante, muito lindo, a respeito da pedra que fechava a boca do túmulo. E aí a gente fala um pouquinho mais sobre o túmulo, e você vai saber do registro histórico interessante que o Espírito Santo deixou aqui. Irmão, no versículo 60 de Mateus 27, dê uma olhadinha na sua Bíblia. Vamos ler o 57, para nós vermos o contexto. 57 ¶ Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. 58 Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue. 59 E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho 60 e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; Vamos focar a nossa atenção no túmulo por enquanto. Vamos ver o detalhe do túmulo, como eu comecei a colocar aqui. e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou. Túmulo novo que fizera abrir ou cavar na rocha, porque era assim que eles faziam um túmulo novo. Agora olhem só essa palavrinha. E – o que é que está escrito aí agora? Rolando. Essa é palavra que a gente vai examinar. A palavra grega se você a for estudar, é Kulio. Essa é a palavra usada aqui: rolando. Uma grande
pedra - vejam o detalhe. Uma grande pedra, para a entrada do túmulo, se retirou. Então como que esse túmulo era feito, depois nós vamos mostrar para os irmãos as outras palavras mas vamos ver o quadro primeiro para a gente entender. Como funcionava esse túmulo? Se era uma pedra deste tamanho que a gente vai mostrar para os irmãos que quase vinte homens não podiam remover, como é que José fechou o túmulo dele, com o corpo do Senhor lá dentro? Porque os túmulos eram feitos de tal forma e isso também a arqueologia vai mostrar, era cavado uma canaleta na entrada do túmulo, de tal forma que essa pedra ficasse na parte alta da canaleta, e o túmulo cavado um pouco abaixo do nível da pedra, na rocha. Aquele povo não era bobo não. E a entrada do túmulo ficava abaixo do nível da pedra. Então, se você queria fechar o túmulo, era muito simples. Era só você tirar o calço da pedra, a pedra rolava na canaleta, e caía na porta do túmulo. Uma pequena canaleta, colocada do lado da porta. A canaleta na rocha. Você tira o calço, a pedra rola, e fecha o túmulo. Simples. Então diz que José de Arimatéia fechou o túmulo, porque ele rolou uma grande pedra para a entrada do sepulcro e se retirou. Não é? Então ele está lacrado, até certo ponto. Na outra reunião nós vamos ver um pouco sobre a guarda romana e o selo romano. Vamos ver que o selo romano lacrou o túmulo, e você vai ver a importância disso irmão. O selo romano e a guarda romana, porque esse túmulo poderia ser violado de alguma maneira. Vamos chamar vinte homens aqui, amarrar algumas cordas em uns cavalos aqui, arrancar essa pedra, sumir com esse corpo, mas havia ali um selo romano e uma guarda romana, e ninguém podia fazer isso. Por isso os guardas tiveram que mentir sobre o fato da ressurreição. Foram subornados. Então são fatos muito importantes que a gente vai chegar lá. Então, o que é que o José de Arimatéia fez aqui? Ele rolou. Agora, eu queria que você guardasse que essa palavrinha usada pelo Espírito Santo, é Kulio, no grego. Agora vamos lá para Marcos então, para você entender por que eu estou usando essa palavra. Marcos cap. 16. Abra lá agora. Vamos ler de 1 a 4. 1 ¶ Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. Aí você poderia pensar assim: mas como é que elas iam chegar lá perto
do corpo de Jesus, se tinha selo romano e guarda romano lá na porta? Mas, se você ler o Evangelho com cuidado, você vai ver que essas mulheres não tinham conhecimento, nem do selo romano, nem da guarda romana na porta, porque elas não viram nada disso. Esse foi um assunto decidido em secreto, entre as autoridades judaicas e Pilatos. Elas não sabiam nada disso. Eles não estavam preocupadas com selo romano e guarda romana, porque elas não sabiam que tinha isso lá. Elas estavam preocupadas com a pedra. Você já leu o relato? Elas foram para o túmulo pensando assim: “Quem é que vai remover aquela pedra para nós?” Era o problema delas. Elas levaram o aroma. 2 E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. 3 Diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo? Para elas, esse era o problema. Não é? Elas não sabiam ainda do selo e da guarda, e como falei, nós vamos ver em outra reunião. 4 E, olhando, viram que a pedra já estava removida. Agora olhem aqui uma expressão muito importante: pois era muito grande. A expressão é assim enfática, no original. Por isso foi traduzido assim. Não era uma pedrinha não. Era muito grande, e então, algumas pessoas aí - existem estudo para tudo - tiveram lá no túmulo, estudando o tipo de rocha, geólogos, para se calcular a densidade daquela rocha e poder fazer um cálculo em peso, de quantos quilos deveria ter essa pedra para fechar uma abertura de um metro e vinte, ou um metro e oitenta de altura, de acordo com aquele tipo de rocha. E concluíram que aquela pedra deveria pesar duas toneladas, mais ou menos e poderia ser movida por algo aí por vinte homens, mais ou menos. É um detalhe importante. Os evangelistas registram sem esses detalhes, é claro, apenas dizendo que era muito grande. Agora eu quero que você veja aqui, essa palavrinha “removida”. 4. E olhando, viram que a pedra já estava removida. Uma palavra muito interessante irmão. É aquela “Kulio” que vem lá de Mateus, que eu já citei, e que significa rolar, só que é acrescentada de uma preposição. Aquilo que foi traduzida como revolvida, a preposição “ana” no grego: anakulio. É a palavra aqui usada por Marcos, pelo Espírito Santo, no original. Sabem o que significa anakulio? Ir para a porta do túmulo? Agora não. Agora, contra a gravidade, ela voltou para o lugar
dela. Rolada para cima. Rolar para baixo é fácil. José de Arimatéia rolou sozinho. Mas agora ela foi rolada para cima. Uma pedra de quase duas toneladas, que só podia ser movida por vinte homens. Se alguém quisesse violar aquele túmulo, será que ele seria tão tonto a ponto de rolar a pedra para cima da canaleta? Por que é que ele não puxou para frente? Por que é que não jogou para o lado? Então Marcos registra que a pedra foi rolada para cima. Anakulio. Nós não podemos desconsiderar essa palavra, porque o Espírito Santo a deixou registrada aí. Rolada para cima. Rolada para trás, para a posição de origem, contra a gravidade.
Tem mais sobre essa pedra. Vamos para Lucas agora, o próximo evangelista. Lucas 24:1. Todos eles registram a ressurreição. Não é isso? 1 ¶ Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas – quem são elas? Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e Salomé, não é isso? - ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. 2 E encontraram a pedra removida do sepulcro; No nosso português, eles mudaram um pouquinho assim, não é? Lá em Marcos está revolvida. Aqui em Lucas está removida. Essa diferença aí, é porque no original não é a mesma palavra. Vamos tentar mudar. Para nós é a mesma coisa no português. Vai fazer diferença é no grego. A palavrinha removida aqui é a mesma Kulio, que vem de Mateus, que significa rolar - José de Arimatéia rolou a pedra, tirou o calço e a pedra rolou - Marcos como eu já mostrei no início, ela foi “anakulio”, ou seja, rolada para cima, e agora Lucas vai além e ele usa a palavrinha “apokulio” Você acha que é à toa irmão? Por que é que ele não usou a mesma palavra? Por que é que ele usa outra? Porque ele quer dizer que a pedra foi rolada, não só para cima, como Marcos registrou e ele vai além de Marcos, e depois João vai além de Lucas como nós vamos ver. Ele vai dizer que ela foi rolada não só para cima, mas que ela foi rolada para longe. Isso significa que ela saiu da canaleta. Apokulio. Esse Apo, essa preposição no grego significa distante de, apo. Longe. A pedra foi posta longe da entrada do túmulo. Essa foi a palavra que o Espírito Santo usou aí. Os irmãos estão vendo por que é que aconteceu assim? Quem que rolou essa pedra? A Bíblia diz quem. Quem foi? Um anjo. Não é? Então os irmãos vejam o que ele fez por ordenação do Senhor. Ele rolou aquela
pedra de tal forma que ficasse inequívoco que ninguém mexeu nela, porque seria até um ato de burrice mexer nela dessa forma. Se a finalidade era entrar no túmulo, era só afastar a pedra. Não precisa a pedra subir na canaleta, não precisa empurrar a pedra para quem sabe, dez metros da porta. Não é? Não precisa. Para quê?. Agora João vai além.
Vamos lá em João, na palavra de João. João cap. 20; De novo, a narrativa da ressurreição. 1 ¶ No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida. Agora o que é que diz aqui, na última palavra aqui que interessa para nós. A pedra estava revolvida. Parece tudo igual, não parece? Todos, porém, estão falando coisas diferentes. A palavra usada pelo Espírito de Deus é diferente. A palavra que João usa aqui, pelo Espírito é Airo. Uma outra palavra grega. Sabe o que é que significa Airo no grego? Levantar e levar para longe. Levantar. O anjo não apenas arrastou a pedra, mas ele levantou. Ele tirou a pedra de lugar, a levantou e a levou para longe, em outro lugar. Airo. Essa foi a descrição. Foi assim que João descreveu. Aquela pedra não estava na canaleta, no lugar de origem só, mas ela não estava apenas distante do túmulo, mas ela foi tirada e levada para longe do túmulo, para que ficasse claro que homem nenhum mexeu naquela pedra, como aquele anjo disse àquelas mulheres, que elas estavam buscando entre os mortos, ao que vive. Ele não estava ali. Ressuscitou. Então vejam um detalhe que o Espírito Santo conservou nessas quatro palavras. Interessante. Muito interessante, porque Ele poderia ter usado a mesma palavra, mas não o fez, para que ficasse claro nesse registro. Então esse detalhe do túmulo é um detalhe importante. Agora, hoje, já como esgotou o tempo, eu queria só citar para você, repetir para você, porque não vou voltar nisso, porque vamos prosseguir falando sobre o selo e a guarda, eu queria lembrar você sobre esse processo - citar só mais alguns detalhes para encerramos - da preparação do corpo. O corpo depois de tirado da cruz, ele recebia um banho de água morna em uma mesa. José de Arimatéia preparou esse corpo. Então era um mandamento judaico, e a tradição judaica tinha feito todo um ritual de preparação do corpo, coisa deles lá, dos judeus. Eles davam um banho de água morna no corpo,
cobriam primeiro o corpo com um lençol, depois umedecia aquilo com uma água morna, lavava todo o corpo, virava do lado direito primeiro. Tinha uma ordem. Não podia ser lavado por menos de duas pessoas. Primeiro virava do lado direito, lavava o lado esquerdo e as costas, depois virava para o lado esquerdo e lavava o lado direito, aquela parte das costas; depois virava de costas, depois vestia a mortalha, aquele primeiro traje, um traje de linho, branco, fino, sem mancha, limpinho, vestia o morto daquela mortalha, o primeiro traje, e depois pegava uma facha de linho, misturando as substâncias que eu já falei: a mirra, que é uma substância vegetal pegajosa para fazer uma cola, e o pó de madeira que é o aloés, uma madeira perfumada, por causa da degeneração, para que o morto não ficasse exalando odor. Eles usavam a mirra e o aloés, que eram perfumados. E à medida em que iam passando a faixa assim, começando dos pés eles iam colocando aquele composto. Punham a faixa e fechavam a faixa. E vai como que embalsamando. Então as pessoas que estudam isso, dizem que um corpo desse, preparado para o sepultamento, só desse equipamento, de mortalha, de mirra e a faixa, etc, pesava em torno de cinquenta e quatro quilos, essa mortalha. E essa substância ela endurecia como um cimento, e aquele corpo ficava estático ali dentro, como que engessado. O Senhor Jesus foi embalsamado assim, preparado assim. Então na narrativa que João que nós lemos, quando os discípulos chegam lá e olham para dentro do túmulo, eles ficam, como eu disse, mais impressionados ainda com aquilo que eles vêem dentro do túmulo, do que aquilo que eles viram fora, a pedra revolvida. João no cap. 20, como eu falei, ele usa a palavra airo, para dizer que a pedra estava longe, e ele já se impressionou com isso. A pedra estava longe da entrada do túmulo. Então ele entra, abaixa a cabeça, olha, entra no túmulo e lá então ele diz que ele viu os lençóis certinhos, como se tivessem sido enrolados naquele corpo, e viu o lenço que estava sobre a cabeça, não junto, mas à parte. Um detalhe interessante irmão. Sugestivo. A impressão que temos é que o Senhor então, é claro, ressuscitou com o mesmo corpo que morreu, Tomé fez um exame no corpo dele - olhem as minhas mãos, olhem os meus pés, sou Eu mesmo. Apalparam o meu lado, Ele disse para
Tomé, verificai - palavrinha verificai significa para fazer um exame. Examina Tomé. Preste atenção aqui, se não sou eu mesmo, com o meu corpo. O Espírito não tem carne, nem ossos, como vede que Eu tenho. Não é? A gente vai chegar lá, na importância disso, da ressurreição física, corporal, do Senhor. Então a impressão que nos dá é que o Senhor, corporalmente, sai de dentro daquela mortalha, daquele casulo engessado, Ele então desenrola essa faixa da sua cabeça, e põe assim, em um lugar à parte. Interessante ter sido colocado em um lugar à parte. Ele podia até deixar aquele invólucro. Poderia sair de lá, mas João registra que Ele deixou à parte. Interessante registro, porque nós temos que fazer uma pergunta. Quem que mexeu aquele corpo? Então os irmãos vejam o valor histórico desses fatos, a importância desses fatos.
Irmãos a ressurreição do Senhor, um irmão disse algo certa vez que eu achei muito interessante, escrevendo. A ressurreição do Senhor Jesus ela tem sido nesses dois mil anos, mexida e remexida, mexida e remexida. A coisa que os céticos mais gostariam era apresentar uma prova que eles pudessem, qualquer, que pudesse contrariar a narrativa Bíblica. Mas, quanto mais eles escarafuncham, pesquisam e estudam, mais eles confirmam os relatos Bíblicos. Eles estão trabalhando para nós. Tomara que mais e mais professores de Havard se interessem por esse assunto. Eles vão trabalhar para nós. Eles vão pesquisar à fundo a ressurreição do Senhor. E quando eles derem os resultados, nós vamos usar para pregar, porque eles só vão poder provar o fato, que o Espírito Santo quis deixar claro o fato da ressurreição. Não é para que nossa fé se apoie na história, mas para que a nossa fé seja fortalecida no conteúdo histórico, além do seu conteúdo espiritual, ela tem também esse pesado conteúdo histórico. Irmãos, examinar essas coisas é de alto valor para nós, como cristãos, porque como eu disse a fé cristã é uma fé inteligente, é uma fé em fatos, é uma fé em história. O nosso Senhor andou entre nós e João faz questão de registrar isso: nós apalpamos, tocamos, contemplamos. Ninguém falou para nós que ele é majestoso. Nós estivemos com ele no monte santo e aquela glória excelsa nós ouvimos aquela voz do céu: Este é o Meu Filho amado, meu
eleito. A Ele ouvi. Então veja a importância da história, com relação à nossa fé. O Senhor possa ter edificado você. Amém.
Vamos orar.
Ó Pai. Agradecemos ao Senhor porque o Senhor lançou para nós o firme fundamento da nossa fé. Muito obrigado Senhor, porque nós cremos, pelo testificar do Teu Espírito no nosso espírito que nós somos filhos de Deus, e que em nós habita o Senhor e obrigado porque pela ação do Teu Espírito, da Tua palavra, nós temos crido e conhecido que realmente o Senhor se fez carne, habitou entre nós, foi visto, apalpado, contemplado como Verbo da vida, e o Senhor morreu por nós, uma morte real. O Senhor ressuscitou por nós, uma ressurreição real, e nós estamos então, pelo poder da sua ressurreição, estamos justificados. O Senhor ressuscitou por causa da nossa justificação, e justificados pois, mediante a fé, temos paz com Deus. Ó Senhor, queremos que o Senhor possa, o Senhor mesmo, esclarecer para nós esses fatos históricos e robustecer a nossa fé, para que nós também sejamos testemunhas ousadas dessa gloriosa ressurreição. Ajuda-nos Senhor no prosseguimento do estudo da Tua palavra nesse assunto. Assiste-nos Senhor, ministra a nós. Fala-nos profundamente ao coração. Te pedimos e agradecemos no nome de Jesus. Amém.
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Extraído de uma série de estudos com o tema "FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO"(Romeu Bornelli)

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